sábado, março 31, 2012

31 de Março simplesmente.






Eu era uma criança (embora eu mesmo não acredite nisso) mas sempre gostei de ouvir o radio. Lembro-me que fiquei atento ao noticiário dessa época conturbada e, exatamente desse 31 de março de 1964. Recordo-me de um certo Leonel Brizola falando muito (acho que pela Radio Guaíba), já com o palácio do governo gaúcho cercado por tropas do exército.Acreditem os mais jovens: tínhamos Exército naquele tempo.

Mas - como o provou o tempo - nada parece ser sério nesse nosso Brasil, nem mesmo naqueles tempos e hoje, até já duvido se ainda somos co-proprietários desse pais.



Os Falsos

Um latifundiário JOAO GOULART empunhava a bandeira da esquerda. Um aprendiz de ditador – Leonel Brizola – clamou contra aquilo que ele e a esquerda whisky-on-the-rocks chamou sempre de ditadura. Até o fim dos seus dias Brizola falou muito contra os Generais, mas viajou com um novilho de sua fazenda, para um rega-bofe com o Presidente Figueiredo.

A Musica

Vandré cantava que “um militar morria pela pátria e vivia sem razão”. Vandré está aposentado por uma estatal e sempre foi defendido por um dos que apoiaram o que os esquerdopatas chamam de “golpe” e eu e os portadores de neurônios sadios chamamos de Contra Revolução.

Gilberto Gil e Caetano se insurgiam contra o “sistema” e juntos partiram para o exílio, no fumacê Londrino; entendam isso da forma que quiserem. Hoje Gil é servido pelo “sistema”, já foi ministro da cultura e a sua primeira providencia enquanto ministro foi reformar o gabinete: Reforma também é Cultura, ora pois. Gil não recebe elogios nem de seu companheiro de fog londrino, o Caetano.

Caetano andou ensaiando descer a lenha no governo mas a mãe zeloza chamou-lhe a atenção e o fez lembrar que o mano era funcionário do governo e não fica bem ser servido com dinheiro publico e ter um traíra na família. Caetano voltou atrás e hoje é capaz de cantar sem nenhuma dor na consciência Soy loco por ti... Stella.

Chico Buarque de Havana, digo, Hollanda – de tão lindas canções, mal sabia que essas composições seriam tão atuais para o governo que ele ajudou a eleger, reeleger e dar continuidade; hoje vive do passado, virou um comunista de verdade - com apartamento em Paris, como convém a qualquer comuna que se preza - mas continua firme nos elogios ao genocida Fidel.

As melhorias pós governos militares.

Já não existem desigualdades sociais no Brasil; agora a briga é para ver quem consegue juntar o primeiro bilhão (milhão é coisa para fracos).Não existe censura; o governo paga para que não se publiquem coisas desagradáveis, o que realmente é um avanço. Não se quebra o sigilo do cidadão - embora o caseiro Francenildo não concorde muito com essa afirmação -. O crescimento econômico é comparável ao das potências (o Haiti por exemplo). Empregos? O governo atual vem transformando cada cidadão desempregado pela concorrência desleal da China em comerciantes dos próprios produtos chineses: ninguém no mundo havia pensado numa solução tão incrível e experta!!!.

Temos que concordar num ponto: se houvessem desigualdades, censura e miséria, certamente os nossos bravíssimos compositores estariam deitando falação contra o governo. A coisa está tão boa que eles já se aposentaram; só fazem shows com incentivos fiscais que são outra grande novidade para combater as desagradáveis - possíveis - músicas de protesto. 

Os militares já não morrem pela pátria; quem deveria morrer já está morto. O “rei da brincadeira e  da confusão”, como dizia Gil, é hoje ocupante perpétuo do Planalto; uma espécie de consultor full time para quaisquer assuntos, desta forma descansa enquanto um preposto ocupa a vaga de presidente que ele pretende ocupar novamente.

Ninguém mais “caminha sem lenço e sem documento”, hoje caminha-se com cartão de crédito estourado e documento nem serve mais para coisa alguma: afinal quando se perde o caráter a identidade já foi para o ralo há tempos.

Mas hoje, “apesar da presidente, dos quase 40 ministros, dos congressistas aliados e alienados, dos mensalões, da falta de vergonha e da falta de oposição...amanhã vai ser outro dia”. Hoje, a petralhada é quem manda; falou tá falado, não tem discussão. Essa gente que inventou o pecado, já esqueceu que inventamos o perdão.

Não existe um mau eterno; a história nos mostra isso. É claro que se ficarmos à toa na vida, vendo a Banda passar, as coisas demoram mais, mas uma coisa é certa e eu quero ver  alguém “tentar esconder nossa enorme euforia”, quando a Banda Petralha passar e ser enterrada na história.

31 de Março

Saudade dos governos militares? Nem um pouco. É claro que podíamos andar pelas ruas sem maiores sustos. Ao contrario da petralhada e dos comunistoides de plantão, detesto qualquer ditadura; de esquerda ou de direita; de cima ou de baixo. Bashar, Chávez ou os irmãos Castro, são tão perniciosos  quanto foram  Stalin, Lênin, Getulio ou Pol Pot: são ou foram todos estúpidos. 

Os militares erraram na lei de anistia?. O tempo tem dito que sim, mas enfim...Todos, de um lado e do outro, deveriam responder pelos seus atos. Hoje não teríamos, no governo e na mídia, gente que se tornou “bom moço”, apesar de terem roubado, sequestrado, matado e torturado. E pior, ainda recebem aposentadoria e indenizações milionárias.

31 de Março? Nada a comemorar; a não ser o meu muito obrigado às pessoas de bem que nos livraram do comunismo: já é o bastante. Mas se os esquerdopatas de plantão odeiam o 31 de março eu - e muitos - odeio muito mais o 1º de janeiro de 2003, que nos mergulhou num mar de lama, nunca dantes navegado.

Nenhum comentário: