sexta-feira, agosto 26, 2011


O PAÍS DO PRESENTE

Pronto! Chegou o dia. Pode se enrolar na bandeira e sair pelas ruas, com muito orgulho e com muito amor. É hora de enterrar essa conversa complexada sobre nosso atraso, nossos vícios, nossos problemas. Chega! O mundo inteiro agora sabe que somos vanguarda, estamos na linha de frente, o país do presente. Ou será que você não percebeu os sinais?Recentemente, reescrevemos as leis internacionais e demos uma aula de diplomacia no caso Battisti. Exibindo nossa vocação pioneira, concedemos liberdade a um criminoso condenado à prisão perpétua na Itália. 

Produzimos uma nova reforma gramatical ao transformar “assassino” em “ativista político”. Afinal, não é porque o cara matou quatro pessoas “por ideologia”, num período em que seu país vivia sob regime democrático, que os italianos vão nos dizer o que fazer (essa prerrogativa só os cubanos têm).Mas nosso grande momento chegou no meio da semana, com a brilhante aprovação da Medida Provisória que esconde os valores de obras para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. 
Mais um golpe genial dos nossos representantes, novamente com um bônus gramatical. 
À legalização da malandragem, deu-se o nome de “flexibilização de licitações”.Eu sei, já se esperava que fosse assim. Mas é preciso aplaudir. Nossa Câmara dos Deputados se distinguiu ao produzir uma situação inédita, única. Gastos públicos não são mais públicos, a Constituição não vale nada. A chamada “indústria do esporte” fará o preço, nós pagaremos e os órgãos de fiscalização saberão apenas do que for “conveniente”. Bernard Madoff está enciumado.Ficou mais fácil entender por que organismos sérios (e de imagem inabalável) como a FIFA e o COI escolheram o Brasil para sediar os dois principais eventos esportivos do mundo. Um país com políticos capazes de legitimar a corrupção deve ser um lugar especial. Vamos para lá, então. Na história da Copa do Mundo, jamais houve uma declaração de amor tão avassaladora quanto a frase do deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara: “Temerário é não ter a Copa”. 

Não há limites para nossa disposição, estamos fáceis, fáceis.Claro que a aprovação da MP não agradou a todos. Sempre há aqueles que não gostam de nada e criticam tudo. Aqueles chatos que se posicionaram contra a realização desses eventos maravilhosos no Brasil, que acham que construir escolas é mais importante do que levantar estádios, que um hospital vale mais do que um velódromo. Os mesmos chatos que não acreditam em nossos excelentes dirigentes esportivos, heróis nacionais. Chatos que se escandalizaram só porque os Jogos Panamericanos de 2007 ficaram 800% mais caros do que o previsto. Não percebem que se as licitações fossem flexibilizadas à época, e os orçamentos secretos, todo mundo ficaria feliz. Antipatriotas, queixosos da vida.


Chega de reclamar. Vamos viver essa energia, essa paixão. Agora ninguém nos olha de cima para baixo. Vá buscar sua bandeira, pinte seu rosto, sorria. Celebre a recuperação de sua auto-estima, seu trouxa.

por André Kfouri em 19.jun.2011

sábado, agosto 20, 2011

GOOGLE BRASIL: Juiz bloqueia 225.000 reais


GOOGLE BRASIL: Juiz bloqueia 225.000 reais









O juiz Augusto Cezar de Luna Cordeiro Silva, da 1ª Vara da Comarca da cidade de Várzea Alegre, no Ceará, bloqueou 225.000 reais das contas do Google Brasil. A empresa também foi condenada a pagar multa no valor de 5.000 reais por descumprir outras duas medidas judiciais adotadas em fevereiro deste ano por outro juiz da comarca. Ainda cabe recurso da decisão.

Sentindo-se incomodado com três blogs hospedados pelo Google, o prefeito de Várzea Alegre, José Helder Máximo de Carvalho, acionou a empresa na Justiça para que os mesmos fossem retirados da internet. De acordo com o prefeito, os sites denigrem a imagem dele por meio de textos anônimos, que o acusam de corrupção e desvio de verbas. Helder alegou que os responsáveis pela alimentação dos blogs são ocultados pelo provedor.

Em fevereiro, o juiz titular da comarca, Gustavo Henrique Cardoso Cavalcante, havia determinado que a Google Brasil removesse as páginas e fornecesse dados dos responsáveis pelas mesmas. A decisão não foi cumprida. De acordo com os autos do processo, ao contestar a decisão, a empresa requereu a improcedência da ação e alegou o direito constitucional da informação. Ainda segundo os autos, a Google Brasil argumentou que não haveria a menor possibilidade de fornecer dados pessoais dos criadores dos blogs.

Em maio, o magistrado proferiu nova decisão e aplicou multa diária no valor de 5.000 reais em caso de novo descumprimento. E novamente, a medida não foi acolhida pela Google Brasil. Em virtude do não cumprimento, o juiz Augusto Cezar de Luna decidiu pelo bloqueio de 225.000 reais das contas da Google e homologou multa de 5.000 reais. “O descumprimento é uma afronta aos poderes legalmente constituídos pela nossa Carta da República", afirmou.

Os autos do processo não nomeiam os blogs. Apenas dois dos três foram revelados: o “Várzea Alegre Real” e o “Compare e Comprove”, ambos de autoria desconhecida. Os dois continuam disponíveis, mas não estão sendo atualizados.

(Com Agência Estado)



Pode-se imaginar que a medida seja uma "forma de censura". A verdade é que nesta página (http://www.tcm.ce.gov.br/servicos/sap.php/pessoasproc/show/cd_pessoa_pe/98838) do tribunal de contas dos municípios do Ceará, o nome do prefeito aparece desde 1997!!!. Não tive a paciência de abrir cada link, mas me parece que o prefeito não é assim uma brastemp!. 

segunda-feira, agosto 15, 2011

PAULISTAS ESTÃO SALVOS; GRAÇAS AOS SEUS NOBRES DEPUTADOS






São Paulo, como o restante do pais, não tem nenhum problema grave. 
Não há desemprego; a segurança é excelente; a educação pronta para formar futuros prêmios nobel e a saúde é digna de primeiríssimo mundo. 
E já que vivemos um momento ímpar na história deste país, como nunca antes - diria um certo filósofo botequiniano - os nobres deputados paulistas resolveram salvar seus conterrâneos de uma enorme ameaça: " a invasão de bolinhos de queijo e sardela que costuma atacar o cidadão paulista sempre que ele senta para almoçar em alguma churrascaria". As cracolândias não são uma ameaça; as gangues de adolescentes sequer chegam a ser um problema; os latrocínios e os roubos de automóveis nada representam: o problema gravíssimo são essa iguarias, esses petiscos comparáveis em malefícios ao Talibã, à Al Qaeda... 
"Paulistas, seus problemas se acabaram-se". O estupendo deputado André Soares (filho do Missionário RR.Soares, dilmista de coração e lulista por vocação), autor do grandioso e salvador projeto de lei é enfático ao afirmar: 
- "...a maioria dos estabelecimentos oferece o serviço sem qualquer questionamento, sem perguntar se o cliente deseja aquele serviço, chegando ao ponto de invadir a mesa com os petiscos".
Agora só falta o Governador Alckmin sancionar essa salvadora lei, um marco histórico na história Paulista. 
Os paulistas agradecem ao deputado André Soares (dem-sp) e seus restos mortais certamente repousarão no panteão dos heróis paulistas. Obrigado caro (muito caro) deputado.

domingo, agosto 14, 2011

DIA DO SENHOR, DIA DOS PAIS













Que pai seria capaz de sacrificar um filho para que todos os outros fossem salvos?

Confesso, sinto-me um inútil diante dessa pergunta. Um filho é um ser especial, por mais materialista que sejamos, por mais erros que tenhamos cometido ao longo de nossas vidas; sacrificá-lo seria impensável.

Quando esses filhos e filhas foram concebidos com todo o amor, sentimo-nos como deuses que criaram uma vida; erroneamente pensamos que somos tal qual o próprio Deus. Ainda assim, dispor dessas vidas é-nos impossível.

Quando enfim conhecemos um pai que foi capaz de salvar muitos, sacrificando o seu filho tão amado, sentimo-nos pequenos, incapazes e só assim temos a visão perfeita de que nada somos, de que temos muito o que aprender.

Nesse dia dos pais, que todos esses seres especiais, se sintam homenageados e que jamais se esqueçam desse pai superior - o único -, tantas vezes por nós relegado a um segundo plano.
Esse pai que nos perdoa sempre, seja qual for nosso erro, por mais hediondo que seja; que nos consola quando nos sentimos impotentes. Esse pai merece hoje e todos os dias a nossa homenagem.

"Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16).

sábado, agosto 13, 2011

WAGNER ROSSI: 8 TONELADAS DE BONS SERVIÇOS ?






Veja deste sábado(13/08/2011) traz novas denúncias contra o ainda Ministro da Agricultura Wagner Rossi. No final 2007, Rossi presidia a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, vinculada ao ministério da Agricultura, e doou 100 toneladas de feijão para a prefeitura de João Pessoa, comandada por Ricardo Coutinho. O feijão deveria ser distribuído entre famílias de baixa renda, mas como havia uma eleição municipal em 2008, Ricardo decidiu guardar parte do estoque, afirma a Revista.
Walter Bastos de Moura, funcionário da Conab há 25 anos, descobriu a irregularidade e a denunciou diretamente a Wagner Rossi, em abril de 2008. Rossi prometeu tomar providências; o que evidentemente não fez.

A matéria da Revista Veja na Integra:
Wagner Rossi, o colecionador de problemas
O ministro Wagner Rossi, da Agricultura, gastou a semana passada tentando convencer a presidente Dilma Rousseff e o Brasil inteiro de que não tinha ligações com as interferências do lobista Júlio Fróes nos negócios da pasta que comanda, como havia sido revelado por VEJA. Apesar da demissão de Milton Ortolan, segundo na hierarquia e seu braço direito há 25 anos, e das provas de que Fróes tinha sala dentro da Comissão de Licitações da Agricultura, Rossi posava de marido traído. Chamado ao Congresso para dar explicações, disse que Ortolan era ingênuo, e que ele, como ministro, não podia controlar a portaria do ministério para impedir a entrada de Fróes. Sobreviveu uma semana, mas vai precisar de muito mais do que frases de efeito se quiser continuar na cadeira de ministro.
A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado mostra que Wagner Rossi, paulistano de 68 anos, é um colecionador de problemas, um daqueles políticos que costumam deixar um rastro de histórias esquisitas por onde passam.
A primeira história relatada por VEJA remonta ao tempo em que Rossi presidia a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, vinculada ao ministério da Agricultura. No final de 2007, a estatal doou 100 toneladas de feijão para a prefeitura de João Pessoa, então comandada por Ricardo Coutinho, do PSB, hoje governador da Paraíba. O feijão deveria ser distribuído entre famílias de baixa renda, mas como havia uma eleição municipal em 2008, o prefeito decidiu guardar parte do estoque. Funcionário da Conab há 25 anos, Walter Bastos de Moura descobriu a irregularidade e a denunciou diretamente a Wagner Rossi, em abril de 2008. Rossi prometeu tomar providências.
Como nada aconteceu, Walter Bastos passou a vigiar a mercadoria estocada. Em setembro, a poucos dias eleição, ele recebeu a informação de que o feijão seria enfim distribuído e acionou a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral. Para evitar o flagrante, diz ele, a prefeitura decidiu sumir com as provas e despejou 8 toneladas de feijão no aterro sanitário de João Pessoa. 

A história chegou a ser explorada como denúncia contra o prefeito, mas era muito mais grave: tratava-se de um flagrante do uso político da Conab para favorecer aliados do governo federal. Num acesso de sinceridade, o ex-presidente da empresa Alexandre Magno Franco de Aguiar, que sucedeu Rossi na empresa e hoje é seu assessor especial no ministério, confessou a VEJA que o próprio Rossi usou o expediente de distribuir alimentos para conseguir votos, inclusive para favorecer eleitoralmente o filho, Baleia Rossi, deputado estadual e presidente do diretório do PMDB de São Paulo.

Já no cargo de ministro da Agricultura, para o qual foi nomeado em março de 2010 por Lula, Rossi não tardou a implantar seu método de lidar com a coisa pública. Em 8 de dezembro do ano passado, a Comissão de Licitação do Ministério da Agricultura estava reunida para abrir as propostas técnicas de quatro empresas que disputavam um contrato para prestar serviços de comunicação à pasta. Um dos representantes de empresas ali presente fez uma denúncia grave. Disse, em alto e bom som, que aquilo era um jogo de cartas marcadas e que já estava acertado um “pagamento de 2 milhões de reais ao oitavo andar”. No oitavo andar, fica o gabinete do ministro.
O presidente da Comissão de Licitação, Israel Leonardo Batista, disse que registraria a acusação em ata e a encaminharia à Polícia Federal. Não demorou para que fosse chamado à sala da então coordenadora de logística do ministério, Karla Carvalho, onde recebeu a ordem de não tomar nenhuma atitude. Karla já era, na época, figura de confiança de Rossi. De lá para cá, só subiu na hierarquia da pasta. Até a semana passada, era a poderosa secretária-executiva do ministério. Trabalhava diretamente com Milton Ortolan, demitido horas após a última edição de VEJA chegar às bancas com as revelações sobre Júlio Fróes.
Não bastassem as suspeitas que rondam seu gabinete na Agricultura, o ministro ainda deve esclarecimentos sobre sua atuação na Companhia Docas de São Paulo (Codesp), cargo ao qual chegou também pelas mãos do amigo Michel Temer. Quando presidia a Codesp, uma estatal, Rossi descobriu que empresas contratadas pelo Porto de Santos deviam 126 milhões de reais à Previdência. Em vez de exigir que acertassem as contas, decidiu pagar ele mesmo a fatura – com dinheiro público da Codesp, é claro. A lista de beneficiários do dinheiro público inclui 99 empresas privadas que jamais quitaram os débitos assumidos pela estatal. Em 2005, seis anos depois do acordo, apenas 20.000 reais haviam sido ressarcidos à empresa.
Amigo há 50 anos e leal servidor do vice-presidente Michel Temer, Wagner Rossi entrou para a política em 1982, quando concorreu pela primeira-vez a deputado federal. Até então, levava uma vida modesta de professor universitário. Morava em uma casa de classe média em Ribeirão Preto, tinha uma Kombi, uma Belina e um Fusca Laranja, com o qual fez a campanha. “Ele não tinha dinheiro nem para bancar os santinhos”, lembra João Gilberto Sampaio, ex-prefeito de Ribeirão Preto. Depois de dois mandatos como deputado estadual, dois como deputado federal, a presidência da Codesp, da Conab e dois anos como ministro (funções cujo salário máximo é de 26 mil reais), sua ascensão patrimonial impressiona.
O homem do fusca laranja e sua família são, hoje, proprietários de empresas, emissoras de rádios, casas e fazendas. Wagner Rossi mora numa das casas mais espetaculares de Ribeirão Preto, no alto de uma colina, cercada por um bosque luxuriante, numa área de 400 mil metros quadrados. Adquirida em 1996, quando ele era deputado, a mansão é avaliada hoje em 9 milhões de reais. Tudo, nas palavras do ministro, conquistado com o esforço de 50 anos de trabalho e uma herança recebida.

IGREJA FAZ HOTEL PARA ROMEIRO, MAS QUEM PAGA SOMOS NÓS


IGREJA FAZ HOTEL PARA ROMEIRO, MAS QUEM PAGA SOMOS NÓS









Estou pensando em fazer algumas reformas na minha casa. Ela fica mais próxima do Itaquerão do que o Santuário de Aparecida. Perguntar não ofende: O BNDES vai financiar a reforma?


O Santuário Nacional Nossa Senhora Aparecida, instituição ligada à Igreja Católica que administra a basílica da cidade de Aparecida (168km da capital), no interior de São Paulo, vai receber R$ 32,5 milhões de empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a construção do hotel popular "Cidade dos Romeiros", que deverá ser inaugurado em setembro do ano que vem. O dinheiro virá do programa "BNDES ProCopa Turismo", linha de financiamento de R$ 1 bilhão com condições especiais de juros e pagamento para projetos hoteleiros a serem construídos para atender à demanda turística gerada pela Copa do Mundo de 2014.



O hotel, voltado para os visitantes do templo católico (o segundo maior do mundo), é um empreendimento voltado para as classes C e D, público em nada parecido com o tradicional turista da Copa.
De acordo com o administrador do Santuário Nacional, padre Luiz Cláudio Alves de Macedo, o empreendimento, que tem custo total de R$ 56,6 milhões, terá 330 quartos, sendo 18 para portadores de necessidades especiais, com duas camas em cada um, e 312 habitações com capacidade para três camas. Assim, ao todo, o hotel terá vaga para 972 viajantes, em quartos duplos e triplos.
O financiamento junto ao banco estatal está aprovado e a 1ª parcela será liberada ainda neste mês. Toda estrutura de concreto será finalizada em 30 dias, de acordo com padre Macedo. Estão em execução as alvenarias, instalações elétricas, hidráulicas e de ar condicionado. Atualmente a obra encontra-se com uma evolução física de 35%.
Questionado a respeito da conveniência de receber um financiamento em condições especiais que deveria ser voltado a empreendimentos turísticos ligados à Copa do Mundo, o padre afirma que "o programa de financiamento para a Copa 2014 foi posterior à entrada do processo do Santuário Nacional junto ao BNDES. O financiamento para o hotel foi aprovado na linha 'Programa de Incentivo ao Turismo', produto regular do banco". 

A informação é confirmada pelo BNDES. O banco estatal, que divulgou o financiamento desde o momento em que fechou o negócio, em abril deste ano, afirma que transferiu o contrato de "sua linha de prateleira" para o ProCopa Turismo porque isso reduziria o custo para o cliente, que teria um projeto que se enquadra no que o BNDES entende ser um investimento que tem ligação com a Copa do Mundo.
Pelo entendimento da instituição estatal, a construção de um hotel entre as duas maiores cidades do país (Aparecida localiza-se às margens da Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro), próximo a um dos santuários religiosos mais conhecidos do mundo, pode muito bem ser utilizado por turistas nacionais ou estrangeiros que estejam em trânsito pela região.



O banco lembra, ainda, que a linha ProCopa Turismo prevê investimentos em cidades que sejam próximas às sedes da Copa, desde que haja potencial turístico na localidade, como seria o caso de Aparecida, e que ampliar o conhecimento e a infraestrutura de destinos turísticos variados do Brasil é um dos objetivos não só do BNDES, mas do governo brasileiro. Finalmente, o BNDES afirma que a linha ProCopa Turismo tem R$ 1 bilhão disponível para empréstimos, dos quais, até agora, apenas R$ 348 milhões estão contratados. Assim, o hotel da Igreja não estaria disputando verbas com outros empreendimentos com maior afinidade com a Copa do Mundo.   Fonte: Vinicius Segalla




sexta-feira, agosto 12, 2011







RIO - A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal, de 47 anos, foi assassinada no início da madrugada desta sexta-feira quando acabava de chegar em casa na Rua dos Corais, em Piratininga, Região Oceânica de Niterói. Segundo testemunhas, homens encapuzados que estavam em dois carros e duas motos efetuaram os disparos antes mesmo que ela saísse do seu carro, um Fiat Idea. Única a julgar processos de homicídios em São Gonçalo, a juíza era conhecida por uma atuação rigorosa contra a ação de grupos de extermínio naquela região do estado.
Câmeras da guarita do condomínio onde a juíza morava flagraram a movimentação de duas motocicletas e de dois carros que estariam envolvidos na execução. Um dos veículos foi colocado na entrada da garagem para impedir o acesso da juíza.
A Delegacia de Homicídios (DH) do Rio já recebeu o carro da magistrada e o computador com as imagens do circuito de câmeras. Apesar de haver uma Delegacia de Homicídios em Niterói, a DH do Rio assumiu as investigações a pedido da chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos, que esteve no local do crime, afirmou que admite a hipótese de a juíza Patrícia Acioli ter sido assassinada em consequência de sua atuação rigorosa contra grupos de extermínio formado por policiais militares.
A juíza Patrícia Acioli, de 44 anos, foi morta ao chegar em casa em Piratininga - Foto: Reprodução internet
- Ela já havia recebido ameaças - disse o desembargador, na presidência desde janeiro deste ano.
O desembargador reconheceu que não se recorda de nenhum atentado ou execução de magistrados no Rio nos últimos 30 anos, mas não vê semelhança entre o assassinato de Patrícia e o planejamento de atentados contra magistrados por facção criminosa no interior de São Paulo.
O presidente da seção de Niterói da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Antônio José Barbosa da Silva, pediu uma apuração rigorosa para se chegar aos criminosos que executaram a juíza Patrícia Acioli.
- O crime foi feito por profissionais. O que chama atenção é o fato de uma magistrada, que julgou centenas de criminosos de alta periculosidade, não contar com segurança policial. Juízes criminais não devem ficar expostos. Ao contrário das pessoas de bem, bandidos não têm o que perder. O assassinato lembra os crimes cometidos pela máfia - disse o presidente da OAB.
Patrícia estava há três anos sem escolta por determinação do ex-presidente do Tribunal de Justiça Luiz Zveiter, segundo informou o jornalista Humberto Nascimento, primo da vítima. De acordo com ele, a juíza já recebeu pelo menos quatro ameaças graves num período de cinco anos. Quando era defensora pública na Baixada, já tinha sofrido um atentado.
A perícia recolheu 16 cápsulas de pistola de dois calibres. Segundo a perícia, os tiros foram bem direcionados de baixo para cima.

Em janeiro deste ano, a juíza decretou a prisão preventiva de seis policiais do 7º BPM, acusados de forjar um auto de resistência (morte em confronto com a polícia), em outubro do ano passado, em São Gonçalo.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/08/12/juiza-executada-em-emboscada-em-niteroi-925119611.asp#ixzz1UoYKPzkH © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. 

segunda-feira, agosto 08, 2011

PEDESTRE UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO


PEDESTRE: UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO


Começam hoje (08/08) as multas por desrespeito à faixa de pedestre na região central de São Paulo. 90,3% dos motoristas continuam desrespeitando a faixa, mesmo após três meses de campanha educativa. A partir de hoje a arrecadação municipal com multas de trânsito aumentarão certamente e, não caberá a velha desculpa da "indústria de multas". É sabido que se houvessem mais "marronzinhos" que trabalhassem de verdade durante todo o dia e não apenas em horários de pico, o número de multas aplicadas seria enorme; basta verificar nos principais cruzamentos da cidade a quantidade de motoristas que falam ao celular; andam sem o cinto de segurança (incluindo os táxis com referência ao passageiro); motociclistas que não respeitam quase nenhuma norma, etc. 
Caberiam também multas por excesso de volume nos aparelhos sonoros instalados nos veículos e que executam músicas de qualidade duvidosa: os ouvidos paulistanos agradeceriam.

PS - O título Pedestre uma espécie em extinção, não se refere ao  grande número deles que passam a ser motoristas, mas  ao número deles que vem morrendo, todos os  dias, vítimas de motoristas embriagados, como por exemplo a morte de Victor Gurman, atropelado pela nutricionista Gabriella Guerrero Pereira, no último dia 23, na Rua Natingui.

Fotos: estadão e Ig

quinta-feira, agosto 04, 2011

BURLE MARX


BURLE MARX


Roberto Burle Marx, nasceu em São Paulo em 4 de agosto de 1909 e faleceu no Rio de Janeiro em 4 de junho de 1994. Filho de  Cecília Burle e e de Wilhelm Marx. A mãe, exímia pianista e cantora, despertou nos filhos o amor pela música e pelas plantas. Roberto a acompanhava, desde muito pequeno, nos cuidados diários com as rosas, begônias, antúrios, gladíolos, tinhorões e muitas outras espécies que plantava no seu jardim. Com a ama Ana Piascek aprendeu a preparar os canteiros e a observar a germinação das sementes do jardim e da horta.

O pai era um homem culto, amante da música erudita e da literatura europeia, preocupado com a educação dos filhos, aos quais ensinou alemão, embora se dedicasse aos negócios, como comerciante de couros, num curtume que mantinha em São Paulo.

Aos 19 anos, Burle Marx teve um problema nos olhos e a família se mudou para Alemanha em busca de tratamento. Permaneceram na Alemanha de 1928 a 1929, onde Burle Marx entrou em contato com as vanguardas artísticas. Lá conheceu um Jardim Botânico com uma estufa mantendo vegetação brasileira, pela qual ficou fascinado.
As diversas exposições que visitou e, dentre as mais importantes, a de PicassoMatissePaul Klee e Van Gogh, lhe causaram grande impressão, levando-o à decisão de estudar pintura.
Durante a estada na Alemanha, Burle Marx estudou pintura no ateliê de Degner Klemn. De volta ao Rio de Janeiro, em 1930Lucio Costa, que era seu amigo e vizinho do Leme, o incentivou a ingressar na Escola Nacional de Belas Artes, atual Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Burle Marx conviveu na universidade com aqueles que se tornariam reconhecidos na arquitetura moderna brasileira:Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa e Milton Roberto, entre outros.
O primeiro projeto de jardim público idealizado por Burle Marx foi a Praça de Casa Forte, no Recife, em 1934. 

Sua participação na definição da Arquitetura Moderna Brasileira foi fundamental, tendo atuado nas equipes responsáveis por diversos projetos célebres. O terraço-jardim que projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro. Definido por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e no mundo.
A partir daí, Burle Marx passou a trabalhar com uma linguagem bastante orgânica e evolutiva, identificando-a muito com vanguardas artísticas como a arte abstrata, o concretismo, o construtivismo, entre outras. As plantas baixas de seus projetos lembram em muitas vezes telas abstratas, nas quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos de vegetação nativa.


Fonte: Wikipédia, imagem: homenagem do Google ao 102º aniversário de Roberto Burle Marx

quarta-feira, agosto 03, 2011

JUSTIÇA EM FRANGALHOS


JUSTIÇA EM FRANGALHOS



Até quando seremos obrigados a ver cenas tão deprimentes como essa? Até quando criminosos zombarão das leis? Até quando essas leis continuarão premiando criminosos perigosos? Até quando o personagem Zóio ficará preso? O dia dos pais se aproxima e, de repente ele estará, como dezenas de milhares, solto e pronto para continuar cometendo mais crimes. 
O pessoal da Marcha da Maconha concorda com o Zóio?