domingo, maio 27, 2012

O inferno nunca sai da alma.




Câmara de Execução em Aushwitz

por Clovis Rossi – Impressões sobre uma visita à máquina de matar nazista construída em Auschwitz-Birkenau.

CRACÓVIA – Uma placa no Museu Judaico de Cracóvia registra um diálogo imaginário entre mãe e filha em que a menina diz: “Mamãe, quando eles nos matarem, vai doer?”. A mãe responde: “Não, queridíssima, não vai doer, vai levar só um minuto”. Comentário abaixo do diálogo: “Pode ter levado só um minuto, mas foi o suficiente para nos manter despertos até o fim dos tempos”.

Profético. A dor pelo assassinato de 1,1 milhão de judeus, só no complexo Auschwitz-Birkenau, perto de Cracóvia, perdura até hoje na alma dos judeus, como deveria perdurar na alma da humanidade. Não foi um crime só contra os judeus, o que já seria intolerável, mas contra a condição humana.

Não apenas porque em Auschwitz-Birkenau morreram também entre 140 mil e 150 mil poloneses, 23 mil ciganos, 15 mil prisioneiros de guerra soviéticos e 25 mil pessoas de outras etnias. Mas principalmente porque uma máquina meticulosa de matar despojou da condição humana todas essas pessoas e milhões mais em outros pontos da Europa.

Quando a mãe e a menina do diálogo imaginário foram levadas para a câmara de gás de Birkenau, já estavam mortas. Elas, como todos os judeus trazidos de toda a Europa para os 30 km² que abrigavam o complexo de Auschwitz, já haviam perdido suas casas, seus trabalhos, seus objetos pessoais, suas posses, seus seres queridos, rigorosamente tudo o que possuíam.

“Quem perde tudo muitas vezes perde a si mesmo”, escreveu Primo Levi, judeu italiano, prisioneiro de Auschwitz, um sobrevivente que é talvez o mais completo narrador dos horrores do campo. Levi escreveu também que quem esteve em Auschwitz nunca conseguirá sair e quem não esteve nunca conseguirá entrar.

É tanto verdade que se suicidou em 1987, mais de 40 anos depois de deixar o inferno. Dele diria o Prêmio Nobel da Paz (1986) Elie Wiesel, outro sobrevivente de Auschwitz: “Primo Levi morreu em Auschwitz 40 anos depois”. De fato, eu confesso que, como parte de um grupo de jornalistas que o Congresso Judaico Latino-Americano trouxe para uma visita-aula aos locais emblemáticos do Holocausto na Polônia, saio com mil perguntas e quase nenhuma resposta.

Principal pergunta: por que construir uma indústria da morte se ela não servia para derrotar os Exércitos inimigos, se não servia para ocupar territórios? (a Polônia já fora ocupada no início da guerra, em 1939, antes portanto da entrada em operação da máquina de matar). O que assusta, entre tantos horrores, é que permanece a tentação em muitas partes do mundo, mesmo na Europa, de eliminar o “outro”, o supostamente diferente, seja judeu, cigano, hutu ou tutsi (em Ruanda), muçulmano.

Nada, é claro, teve, antes como depois do Holocausto, a dimensão do que se fez em Auschwitz e outros campos e guetos. Mas direitos humanos, direito à vida, não podem ser medidos por quilo. Por isso, vale a frase do filósofo espanhol Jorge de Santayana y Borrás (mais conhecido como George Santayana), gravada na entrada do “Bloco 4″ de Auschwitz: “Quem não relembra a História está condenado a vivê-la de novo”.

Clovis Rossi – crossi@uol.com.br
Artigo publicado originalmente na Folha de SP

sexta-feira, maio 25, 2012

Os bons companheiros.




por Demétrio Magnoli

De “caçador de marajás”, Fernando Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas.

Na CPI do Cachoeira, seu alvo é Policarpo Jr., da revista VEJA, a quem acusa de associar-se ao contraventor “para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem”. Collor calunia, covardemente protegido pela cápsula da imunidade parlamentar.

Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas ─ e quase tudo se encontra na internet. Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira. A relação entre os dois era, exclusivamente, de jornalista e fonte ─ algo, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações.

Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público. Criminosos passam informações ─ verdadeiras ou falsas ─ com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos.

Critérios de ética jornalística rigorosamente seguidos

O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei. Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo se sua divulgação é do interesse circunstancial de uma facção criminosa.

Os áudios em circulação comprovam que Policarpo Jr. seguiu rigorosamente os critérios da ética jornalística. Informações vazadas por fontes diversas, inclusive a quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal. Dilma Rousseff demitiu ministros com base naquelas notícias, atendendo ao interesse público. A revista na qual trabalha o jornalista foi a primeira a publicar as notícias sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira ─ uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte.

Depois da renúncia com desonra, Collor, agora porta-voz de Dirceu, quer vingança

Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da mola da vingança: duas décadas depois da renúncia desonrosa, pretende ferir a imprensa que revelou à sociedade a podridão de seu governo.

A vingança, porém, não é tudo. O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo. Na CPI, opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista. Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como “chefe da quadrilha”, engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa ─ e, com ela, as informações que o incriminam.

O mensalão, porém, não é tudo. A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula justamente após a crise que abalou seu primeiro mandato. Franklin Martins foi alçado à chefia do Ministério das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o edifício do “controle social da mídia”.

Jornalismo financiado por estatais

Contudo, a sucessão representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao ensaio de cerceamento da imprensa. Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais. Policarpo Jr. ocupa, no momento, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar.

No jogo da calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela revista Carta Capital. A publicação noticiou falsamente que Policarpo Jr. teria feito “200 ligações” telefônicas para Cachoeira. Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos.

Entretanto, por si mesmo, o número cumpria a função de arar o terreno da suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor. Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas, não duzentas, ligações com sua fonte.

Durante a ditadura, um capitulo sombrio do jornalismo brasileiro

A revista não se circunscreveu à mentira factual. Um editorial, assinado por Mino Carta, classificou a suposta “parceria Cachoeira-Policarpo Jr.” como “bandidagem em comum”.

Editoriais de Mino Carta formam um capítulo sombrio do jornalismo brasileiro.

Nos anos seguintes ao AI-5, o atual diretor de redação de Carta Capital ocupava o cargo de editor de VEJA, a publicação na qual hoje trabalha o alvo de suas falsas denúncias.

Os editoriais com a sua assinatura eram peças de louvação da ditadura militar e da guerra suja conduzida nos calabouços. Um deles, de 4 de fevereiro de 1970, consagrava-se ao elogio da “eficiência” da Operação Bandeirante (Oban), braço paramilitar do aparelho de inteligência e tortura do regime, cuja atuação “tranquilizava o povo”.

O material documental está disponível no blog do jornalista Fábio Pannunzio, sob a rubrica “Quem foi quem na ditadura”.

Na VEJA de então, sob a orientação de Carta, trabalhava o editor de Economia Paulo Henrique Amorim.

Patrocínio estatal da calúnia

A cooperação entre os cortesãos do regime militar renovou-se, décadas depois, pela adesão de ambos ao lulismo.

Hoje, Amorim faz de seu blog uma caixa de ressonância da calúnia de Carta dirigida a Policarpo Jr.

O fato teria apenas relevância jurídica se o blog não fosse financiado por empresas estatais: nos últimos três anos, tais fontes públicas transferiram bem mais de um milhão de reais para a página eletrônica, distribuídos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 833 mil), o Banco do Brasil (R$ 147 mil), os Correios (R$ 120 mil) e a Petrobras (que, violando a Lei da Transparência, se recusa a prestar a informação).

Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa organizada no segundo mandato de Lula. Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo ─ ao menos no que concerne aos interesses vitais de Dirceu.

A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.

* Demétrio Magnoli, sociólogo e doutor em Geografia. Artigo originalmente publicado em O Globo de 24/05/2012

quarta-feira, maio 23, 2012

Os verdadeiros amigos de Israel.




por Deborah Srour –

Duas semanas atrás, o congressista americano Joe Walsh publicou um artigo no Washington Times pedindo à Israel e aos Estados Unidos para abandonarem a idéia do modelo de dois estados. Depois de listar a corrupção, duplicidade, terrorismo e má-fé palestina, ele disse que “Israel deve adotar a única solução para trazer a verdadeira paz para o Oriente Médio: um só estado israelense do Jordão ao Mediterrâneo. Israel é o único país da região dedicado à paz e o único capaz de governar com estabilidade, justiça e democracia”.

As provas do fracasso deste modelo são devastadoras. A rejeição dos palestinos de um estado em 2000 optando pelo terrorismo mostrou que não havia mudança de sua posição de 1947. O mesmo ocorreu com a eleição do Hamas em 2006 e as barragens de mísseis lançados de Gaza após a saída do último judeu em 2005. Estas ações provam que os palestinos não estão interessados em um estado ou dividir a terra com judeus mas continuam focados na aniquilação de Israel.

De verdade, nunca houve qualquer chance para este modelo dar certo. Nem um só lider palestino jamais reconheceu o direito de Israel de existir. Se um estado palestino fosse estabelecido hoje na Judeia e Samária, ele estaria em estado de guerra com Israel e todo o seu território seria usado para lançar ataques ao estado judeu. O fracasso deste modelo deixa claro que apesar das complicações, extender a soberania de Israel na Judéia e Samária, é uma alternativa melhor do que render estas áreas ao inimigo.

Ao abandonarem as negociações e pedir para a ONU a declaração do estado palestino no ano passado, os palestinos de fato cancelaram os tratados de Oslo que proibem ações unilaterais. Hoje Israel está livre para tomar suas próprias ações unilaterais, incluindo anexar a Judeia e Samaria como o fez com o altos do Golan e Jerusalém.

O que é preocupante é que Walsh tem sofrido ataques desenfreados da esquerda judaica Americana. Eles o acusam de ser igual àqueles que querem destruir o estado judeu pois ao seu ver, Israel não poderá manter uma maioria judaica ao longo prazo. Ele também está sendo criticado severamente por dizer que os palestinos que não quiserem viver em Israel, poderiam se mudar para a Jordânia que é de fato um estado palestino. Walsh foi chamado de racista e contrário aos ideais americanos.

Esta esquerda hoje está trabalhando duro para que o congressista não seja reeleito nas eleições de novembro. Fica difícil entender este ataque por judeus americanos a um dos maiores defensores de Israel simplesmente porque ele teve a temeridade de reconhecer a realidade.

Para criar um novo estado palestino na Judéia e Samária o modelo exige que ele seja etnicamente limpo de judeus antes de ser estabelecido. Enquanto a esquerda tem problema com a idéia de palestinos se mudarem voluntariamente para a Jordânia aonde 80% da população é palestina, eles não têm qualquer problema com a idéia de expulsar a força 675 mil judeus de suas casas na Judéia, Samária e Jerusalém do leste simplesmente porque serem judeus.

Tirando esta hipocrisia perniciosa e cegueira moral, o que estes ataques mostram é que esta esquerda não vê diferença entre Walsh e os inimigos de Israel.

Eles vivem repetindo o incorreto argumento de que em 2015 haverá uma maioria demografica árabe do lado oeste do Jordão. Se hoje Israel anexasse a Judéia e Samária, 2/3 da população ainda seria judaica e 1/3 árabe. A curva demográfica mostra que os judeus estão tendo mais filhos e a imigração é constante. Os árabes, por sua vez, estão diminuíndo o número de filhos e têm índices negativos de imigração. De acordo com um estudo recente do pesquisador Yoram Ettinger, em 2030, os judeus serão 80% da população de Israel, Judéia e Samária.

Este debate também mostra outra coisa: como a esquerda judaica Americana está viciada na fábula dos dois estados. O vício à esta fábula – que diz que após um século da devoção palestina à aniquilação de Israel, os palestinos repentinamente irão abraçar seus vizinhos – é o que impulsiona estes ativistas a atacar qualquer um que lhes mostra a realidade e aponta para outras soluções. Sem falar que este modelo coloca todo o fardo nas costas de Israel.

Se os palestinos querem paz, então Israel deve fazer a paz. E se os palestinos exigem um estado judenrein, então Israel deve arrancar 675 mil judeus de suas casas. A tragédia é que estes judeus americanos acreditam neste conto de fadas e que no processo, ele se tornou política oficial do governo de Israel nos últimos 19 anos.

Não importa que os palestinos rejeitaram um estado duas vezes. Ou que receberam Gaza judenrein e usam este território para lançar mísseis diários contra a população civil de Israel. E o fato de Abbas falar abertamente na destruição do estado judeu, não impede que os líderes em Israel continuem neste jogo. Para manter este modelo, temos que ignorar não só os últimos 100 anos de história mas o que se passa agora. Hoje mesmo as forças de segurança de Israel prenderam 9 terroristas de Ramallah que tentaram sequestrar israelenses.

Ano após ano pesquisas mostram que cada vez menos israelenses acreditam na solução de dois estados ou que se um estado palestino for criado, irá viver em paz com Israel. E ainda assim, por causa do sequestro do discurso pelos grupos de esquerda, não é dado ao povo de Israel outra opção. Eles foram simplesmente informados que a única alternativa é abdicar de seus direitos, terra e segurança.

Felizmente, nem todo o mundo é cego. Estão havendo tentativas de legislação na Knesset sobre a aplicação da soberânia Israelense na Judéia e Samária. E nos Estados Unidos, temos que admirar a determinação de Walsh e os outros 44 congressistas que patrocinaram a resolução pois estão batendo de frente com o que é tido como consenso hoje.

Eu nunca deixo de me espantar com pessoas que recusam aceitar o fato que nenhum primeiro ministro israelense pode fazer a paz com uma entidade que não abdica de seu objetivo de erradicar o estado judeu. Enquanto isso, os europeus e a esquerda do mundo continuam a vilificar Israel e os verdadeiros malfeitores são vistos como soldados de libertação. Neste Yom Yerushalaim, dia da libertação e reunificação de Jerusalem pelos judeus, vamos parar e dizer a verdade. Israel representa a liberdade e a democracia e é do lado dela que nós também devemos ficar.

segunda-feira, maio 21, 2012

A mãe que não abortou seu filho doente e cego.

A mãe que não abortou seu filho doente e cego.


por Luis Dufaur


Lacey Buchanan, de Woodbury, estado de Tennessee, EUA, conta a história de seu filho Christian, reproduzida pela agência LifeSiteNews.

É uma história comovedora que mostra a felicidade de situação da mãe que deu a luz seu filho doente como Deus pede aos bons pais nessas circunstancias difíceis. Ela mesma a contou num vídeo feito em sua casa.

A criança nasceu com uma complicação extremamente rara, um tipo de fissura lábio-palatina que lhe impedia fechar a boca. Além do mais não tinha olhos…

É um caso como só há 50 no mundo todo.

Lacey Buchanan e Christian

Disseram para ela de abortar. Ela recusou. “Este vídeo é sobre meu filho Christian e minha decisão de dar-lhe a vida quando outros queriam que eu abortasse”.

Um dia enquanto ela lanchava sentou-se e escreveu as mensagens em folhas de papel tiradas de uma agenda.

-“A ideia girava em minha cabeça o dia todo. Quando voltei a casa aquela noite eu sentei diante do computador e comecei a treinar. Por fim, gravei meu vídeo e postei”.



Na primeira noite em YouTube ele atingiu 600 visualizações. Em GodTube foi visto 20.000 vezes até meia-noite.

No sábado 12 de maio atingiu os 6 milhões de hits.

-“Quando eu sai do hospital pediátrico Vanderbilt há 14 meses eu achava que minha vida estava acabada”, escreveu Lacey. “Mas logo depois percebi que era apenas o começo”.

-“Eu estava de tal maneira tomada por meus próprios problemas que não conseguia perceber que Deus estava agindo. Agora estou consciente do significado de tudo”.

-“Eu não acredito ter feito algo especial e eu mesma não tenho nada de especial. É Cristo que é especial. Ele é o único que me alegra, me regozija, me ama, me traz paz. Sem Cristo, é positivo que eu não teria sido capaz de me virar em tudo o que me aconteceu o ano passado”.

Lacey recebe mensagens de solidariedade do mundo todo.

-“Houve gente que me disse ter recebido um auxílio vendo o vídeo, e estão agradecidas pelo que suas vidas ganharam. Estou surpresa pela resposta que teve o vídeo. Nunca imaginei que poderia ser tão grande, mas uma coisa que eu apreendi foi não subestimar o poder de Deus para se servir de pessoas”.

Escolheu a via do heroísmo materno e encontrou a felicidade que se apalpa no vídeo.

Tivesse escolhido a via da felicidade imediata ouvindo os maus conselhos abortistas e qual não seria a tristeza, o remordimento, quiçá o desespero que teria tomado conta dela!

Escolheu a via de recusar a proposta “moderna” e “popular”, de ser objeto de cochichos e críticas, de se tornar impopular entre os conhecidos.

E, paradoxalmente, a popularidade foi correndo atrás dela.


Fonte: IPCO

quinta-feira, maio 17, 2012

Luisa, 1 ano

Luisa, 1 ano.




Obrigado Luisa por vir iluminar as nossas vidas. Te amo demais. Te amamos muito.


Encontrei esse poema para uma Luisa como você e feito especialmente por uma avó a quem não conheço mas, desde logo a agradeço por tão lindas palavras:





POEMA PARA LUISA

Luisa, guerreira do bem!
Luisa, feto em flor!
Lindo botão ainda a desabrochar...
No milagre da vida
Plena... Isenta... Fiel...
Coberta por fios de mel
Derramados lá do céu!
Aguardando no aconchego do útero,
Aquecido com tanto amor,
O sublime momento da dor
Do nascimento...
Milagre de Deus Criador!

A este mundo vem para trazer alegria
E inspirar minha poesia!
Sopro suave de vento,
Eterno momento!
Traço de união...
Luz na escuridão!

Já te vejo linda criança...
Sinto seu cheiro... Doce fragrância...
E te aguardo iluminada...
Pronta para nova caminhada
Sem sinalização... Sem setas...
Eu e minha primeira neta!
Meu grito de alerta!

Luisa, você é o sal,
Que já deu sabor a minha vida
E o açúcar que já cicatrizou
Minhas feridas!
Você é o meu mais lindo momento!
Você é meu novo tempo!
Fermento de amor!
Silenciosa flor!
Te aguardo, presa ao meu sonho,
Sentada numa curva do tempo!

Carmen Vervloet (poemas-de-amor.net)

O desafio de Israel.






Por Herman Glanz para o Pletz.

Os assuntos que estão na ordem do dia são os 64 anos do Estado de Israel, que é o restabelecimento do antigo Reino da Judéia, e os perigos e desafios que enfrenta. Devemos lembrar que decorreram 72 anos desde quando, em 10 de maio de 1940, Winston Churchill, assumiu um governo de união nacional para conduzir a Inglaterra a enfrentar os perigos e desafios da II Guerra e, em 13 de maio, fez seu célebre discurso de “sangue, suor e lágrimas”.

Na mesma ocasião, Hitler partia com a blitzkrieg contra a Holanda, a Bélgica e Luxemburgo. E Hitler acusava os judeus pela derrota alemã na I Guerra, buscando conquistar a Europa e eliminar os judeus para se vingar. Até o embaixador americano em Londres, Joe Kennedy, achava que a guerra poderia ser estancada se se retirassem os judeus, mandando-os para Madagascar…

O perigo se repete agora, quando clérigos iranianos dizem nos seus sermões que Deus está os apoiando, reunindo os judeus na “Entidade Sionista” (não ousam proclamar o nome de Israel), facilitando, assim, o extermínio dos judeus, pois há uma concentração de judeus num Estado introduzido em terras islâmicas pois, consideram que, uma vez conquistado um território, mesmo pela força, constitui patrimônio islâmico perpétuo. E o Irã persegue a produção de armas nucleares para levar a cabo o seu intento. O Holocausto continua….

O Primeiro-Ministro de Israel, Netanyahu, reunindo a oposição num governo de união nacional, formando a mais ampla coalisão que o país já conseguiu nos seus 64 anos, parte para conduzir Israel a enfrentar os perigos e desafios tanto iranianos como da Autoridade Palestina, do Hamas e do Hizbollah. Os desafios e perigos, agora, não menores para os judeus do que aqueles da II Guerra.

Os perigos e desafios são de várias ordens, que não param de ser inventados, seja com o boicote, seja com a deslegitimação, seja com o problema de refugiados. Sobre este último assunto, a definição de refugiado foi modificada especialmente para o caso palestino: refugiado é entendido como aquele que fugiu, ou foi banido, de sua terra, seja por perseguição política, seja devido às guerras, encontrando-se em terra estranha de sua nacionalidade.

Para os palestinos, a definição serve para quem deixou as suas casas, movendo-se para outro ponto, mesmo dentro da sua própria terra. E a ONU compartilha dessa definição, dispõe de uma agência só para palestinos UNWRA. Veja-se que Jenin, situada em Gaza, totalmente palestina, continua tendo campo de refugiados. Seria como se, por exemplo, os nordestinos que se deslocam para o sul brasileiro, ou gaúchos que seguem para Mato Grosso, fossem considerados refugiados. Mas devemos confessar que já ouvimos gente nossa falar tal disparate a respeito dos favelados. Bem, se, pelo menos, a ONU ajudasse….

Os absurdos da deslegitimação vão tão longe, sem qualquer vergonha, que chegam a proclamar que nunca houve o Templo Judaico em Jerusalém, e até que nunca os judeus habitaram o Reino da Judéia, depois nomeado Palestina. No Egito, o candidato da Irmandade Muçulmana à presidência, informa que restabelecerá o Estado Árabe Unido, com Jerusalém como capital. Como está escrito, em cada geração haverá quem queira aniquilar, exterminar os judeus, que, contudo, sobreviveram e até conseguiram reconstruir seu antigo Estado Nacional, enquanto outros povos desapareceram.

Am Israel Chai ve Kayam.

quarta-feira, maio 16, 2012

Professores exigem menos de estudantes das minorias raciais.





Um novo estudo descobriu que as minorais raciais podem estar recebendo feedbacks mais positivos e menos críticos de seus professores. Seria essa uma maneira de “compensar” outros preconceitos?

A pesquisa foi conduzida nos estados americanos de Nova York, Nova Jérsei e Connecticuti. Os cientistas analisaram 113 professores brancos de escolas de ensino fundamental e médio de locais variados, como escolas públicas, bairros majoritariamente brancos, ou racialmente mistos, etc.

O estudo concluiu que os professores dão um feedback (uma correção) menos crítica a estudantes negros ou latinos, em comparação aos brancos. Claro que esse feedback é útil e tem a intenção de ajudar o aluno, mas ainda assim, o maior problema é que, por não serem mais “duros”, eles podem impedir um maior crescimento por parte de alunos da minoria racial.

“As implicações sociais destes resultados são importantes. Muitos estudantes minoritários podem não estar recebendo conselhos de seus instrutores que estimulem o crescimento intelectual e promovam realizações”, disse o pesquisador Kent Harber, professor de psicologia.
Ou seja, a falta de crítica pode fazer com que os alunos da minoria racial pensem que o que eles fizeram está bom, que não precisam melhorar, ou, pelo menos, não serve de estímulo para que a pessoa cresça mais intelectualmente.

Em um trabalho de igual mérito, feito por estudantes brancos, negros e latinos, os primeiros são mais estimulados, ou seja, recebem mais crítica para que possam fazer melhor, e os últimos recebem mais elogios. Isso pode explicar a diferença entre esses grupos (porque negros e latinos têm um “desempenho pior”).

O estudo

Os pesquisadores deram um trabalho feito por eles para os professores corrigirem, que estava mal escrito. Em alguns casos, eles disseram que um estudante branco o tinha feito, em outros, que um negro ou latino tinham feito o trabalho. Os professores tinham que corrigi-lo, e sua correção iria diretamente para o “aluno”.

Com as correções em mãos, os pesquisadores perceberam que os professores eram propensos a elogiar e menos propensos a criticar o trabalho se acreditavam que um estudante minoritário o tinha escrito.
Entre os fatores que influenciavam esse padrão, estava o apoio que o professor recebia de colegas e da administração da escola. No caso de um estudante negro, os professores que não tinham apoio eram mais propensos a “pegar mais leve”. No entanto, quando os professores pensaram que o estudante era latino, o fato de terem apoio não importou: eles mostraram a tendência de um feedback positivo do mesmo jeito.

O pesquisador acredita que isso tem consequências não só nas escolas americanas (e, se a mesma atitude for verdade em outros países, em escolas do mundo todo), mas também no mercado de trabalho.
Os governos têm procurado diminuir a lacuna de desempenho escolar entre os brancos e as minorais raciais. No Brasil, por exemplo, existe o sistema de cotas que ajuda estudantes de escolas públicas, negros e outros a conquistarem lugares nas universidades. Porém, de que adianta tudo isso, se eles não estiverem recebendo o mesmo tratamento?

Segundo Harber, essa atitude dos professores pode “inverter sucessos sociais conquistados através de legislação, jurisprudência, e mudança de atitudes culturais” em relação às minorias.
As tentativas de resolver essa diferença de desempenho escolar (como desigualdades no financiamento, racismo, etc) precisam levar em conta também a natureza do feedback instrucional dos professores brancos para estudantes de minorias.

A conclusão que fica é: os professores podem estar interferindo no futuro dos estudantes minoritários ao não exigirem deles o mesmo que de estudantes brancos. Se você é professor, vale uma reflexão
[LiveScience, ScienceDaily] Fonte:hypescience.com

E, como tudo o que é ruim sempre é copiado no Brasil, aguardemos as consequências.

segunda-feira, maio 14, 2012

Nasce o país dos Judeus 14 de maio 1948.





As cadeiras vieram emprestadas de cafés vizinhos. Os microfones, de um empório musical. Dois carpinteiros chamados às pressas ergueram o palco de madeira em tempo recorde. Um retrato do pioneiro sionista Theodor Herzl foi colocado em posição de destaque no salão principal, ladeado por duas bandeiras gigantes com a estrela de Davi (símbolo ancestral do povo judeu), lavadas e passadas de forma expedita para a ocasião. Em um piscar de olhos, o Museu Nacional de Tel-Aviv transformou-se para sediar uma cerimônia aguardada pelos hebreus há exatos 1.878 anos – desde que a destruição do Segundo Templo pelos romanos, em 70 d.C., acabou com a soberania dos judeus em Jerusalém e deu início à segunda diáspora dos seguidores de Isaac. No compromisso deste 14 de maio de 1948, porém, a história seria finalmente reescrita: a terra prometida estava voltando às mãos dos judeus.
Os convites para a reunião, marcada para as 16 horas, foram impressos na véspera e distribuídos apenas na manhã do dia do evento, com um pedido de segredo aos cerca de 250 convidados para evitar qualquer interferência externa. Entre os locais, porém, foi impossível segurar a alvissareira notícia, que rapidamente se espalhou por Tel-Aviv e levou, já por volta do meio-dia, uma multidão a cercar o local da congregação. De qualquer forma, poucas horas depois de o mandato britânico na Palestina ter se encerrado, sem maiores sobressaltos, em uma cerimônia célere, demarcada pelas firmes batidas do martelo de nogueira de David Ben-Gurion, presidente do Conselho Provisório de Estado sionista, a criação da nação judaica na Palestina – o estado de Israel – foi solenemente anunciada aos quatro ventos.

Lida por Ben-Gurion e assinada pelos 24 dos 37 membros da assembléia presentes ao histórico evento, a declaração de independência do mais novo país do globo buscou no passado histórico e no presente político as bases morais e legais para sua fundação. O documento notificava que a Terra de Israel era o local de nascimento do povo judeu e que o movimento sionista era testemunho do papel representado pela Palestina em sua história e religião. Dizia também que a declaração de Balfour e a partilha das Nações Unidas, além do sacrifício dos pioneiros sionistas e da tormenta sofrida com o Holocausto, davam aos judeus o direito inalienável de estabelecer seu estado no Oriente Médio. A cerimônia, transmitida pela Kol Yisrael, "a voz de Israel", tornada rádio oficial do novo estado sionista, provocou uma explosão incontida na população hebraica em todos os rincões da Palestina. Enquanto dentro do Museu Nacional de Tel-Aviv o público, emocionado, entoava a plenos pulmões a Hatikvah (tradicional canção judaica que celebra a esperança), do lado de fora do recinto, assim como em diversas cidades da nova nação – à exceção de Jerusalém, que se encontrava sem eletricidade –, populares ganhavam as ruas para congratular-se uns aos outros.

Combates ferrenhos - Em meio aos festejos, contudo, era possível notar no semblante de David Ben-Gurion que o calejado líder não comungava do regozijo de seus pares. Antes de sair do local, acompanhado da mulher, Paula, confidenciou, diligente, a um de seus auxiliares: "Não sinto alegria dentro de mim. Apenas uma ansiedade profunda, como no último 29 de novembro [data do anúncio da partilha da ONU, aceita pelos judeus mas rejeitada pelos países árabes], em que eu mais parecia um lamentador num banquete." Se, para muitos, o dia 14 de maio marcava o fim de um périplo de dois mil anos por um lar nacional, para Ben-Gurion era apenas o começo. E a história não demorou a prová-lo correto.

Os ataques árabes vieram de imediato. Exércitos de cinco países – Líbano, Síria, Egito, Iraque e Transjordânia (a Legião Árabe, treinada pelos britânicos) – acometeram, naquela mesma tarde, o território então dominado pelos judeus em diversos pontos de suas fronteiras. Combates ferrenhos se seguiram nas duas últimas semanas deste mês, com os defensores buscando manter suas posições contra as investidas na maioria das vezes desorganizadas dos vizinhos. A diferença na quantidade e qualidade de armamentos é abismal – o arsenal judeu é escasso e antiquado, por conta da restrição britânica de importação de armas durante o mandato, enquanto o árabe é mais moderno e volumoso, arrematado em boa parte da própria Grã-Bretanha. Ainda assim, os hebreus, com suas forças bem coordenadas, lograram importantes êxitos militares, frustrando a previsão de um acachapante massacre árabe.


O nascimento de uma nação: palco improvisado, estrelas de Davi e a histórica declaração do patriarca David Ben-Gurion

No calor da guerra, com a comunidade internacional clamando por uma solução pacífica e os exércitos chegando ao limite de suas forças, o Conselho de Segurança das Nações Unidas apresentou, no dia 20, uma proposta de trégua – bem recebida por ambos os lados e aprovada nove dias depois. O cessar-fogo, negociado pelo conde sueco Folke Bernardotte, mediador da ONU, entra em vigor no dia 11 de junho e é válido por um mês – período em que nenhum imigrante poderá ser recrutado, e que todos os combatentes estarão proibidos de receber qualquer tipo de armamento. Enquanto isso, o Conselho de Segurança prepara um novo plano de conciliação – que, seja qual for, miseravelmente estará fadado ao fracasso. A partir de agora, não há dúvidas, apenas as armas falarão por árabes e judeus.

Corrida contra o tempo - Legitimada tanto pela declaração de Balfour, em 1917, como pela partilha aprovada pelas Nações Unidas, no ano passado, a instalação de um estado judeu na Palestina esteve perigosamente ameaçada nos dias que precederam o anúncio em Tel-Aviv. E não somente por conta da batalhas entre árabes e judeus pelo controle das cidades deixadas para trás pelos britânicos, às vésperas do encerramento do mandato. Nem por causa da ameaça de invasão dos países árabes, cuja oposição à idéia já era conhecida de cor e esperada pelos sionistas. Reunidas em palácios de governo e nas Nações Unidas, as grandes potências mundiais buscaram até o último suspiro evitar a independência de Israel – cada uma, claro, visando resguardar seus interesses no Oriente Médio.

A Grã-Bretanha, que desde o anúncio da partilha havia adotado uma política de não-cooperação com as Nações Unidas na questão Palestina para não melindrar seus aliados árabes, recorreu de forma esbaforida ao órgão no final de abril, quando os hebreus consolidaram sua vitória em Haifa. A mera sugestão de ameaça à soberania árabe trouxe arrepios aos súditos da rainha, que, poucas semanas antes, ainda manifestavam a certeza de que os árabes rapidamente conquistariam os territórios destinados às comunidades judaicas. No início daquele mesmo mês, o comandante das forças britânicas na Palestina, general sir Gordon Macmillan, havia dito que os árabes "não teriam dificuldade em dominar todo o país". (De forma menos técnica, o secretário das Relações Exteriores bretão, Ernest Bevin, prevera ainda no ano passado que os judeus teriam suas "gargantas cortadas".)

Com a demonstração de força dos judeus nas batalhas pré-14 de maio, porém, Arthur Creech-Jones, secretário colonial da Grã-Bretanha, propôs em 23 de abril que a Assembléia Geral da ONU pensasse em um objetivo "mais modesto" do que a partilha – uma solução paliativa sem a pretensão de resolver o conflito entre árabes e judeus. Desta vez, garantia o dignitário, a coroa ofereceria todo seu auxílio. Os diplomatas consideraram que o súbito desejo de engajamento britânico era por demais tardio e ignoraram o apelo.

As ações de bastidores dos Estados Unidos da América, por sua vez, geraram desdobramentos até à véspera da retirada britânica – e reverberaram, curiosamente, menos nas Nações Unidas do que entre o Conselho Provisório de Estado sionista. Até o início deste ano, os americanos acreditavam que a divisão da Palestina aconteceria de forma cirúrgica. Contudo, a escalada das hostilidades e a pressão da Liga Árabe em Washington e nas companhias de petróleo – que controlavam, em dados do ano passado, 42% das reservas do Oriente Médio e desenvolviam planos de expansão – levaram os americanos a rever paulatinamente sua posição pró-sionista e recomendar, em 19 de março, a suspensão da partilha, para horror da Agência Judaica. Warren Austin, embaixador dos EUA no Conselho de Segurança, sugeriu que fosse adotada uma administração conjunta da ONU na Palestina.

Mal recebido pelas outras delegações, o plano foi considerado um ataque à autoridade das Nações Unidas. A União Soviética, mantendo sua posição pró-partilha, protestou, argumentando que os Estados Unidos estavam preocupados apenas com o petróleo árabe e que não havia bases legais para sustar o plano aprovado em novembro. Indignado, o secretário-geral da ONU, o norueguês Trygve Lie, propôs que tanto ele como o representante americano renunciassem aos respectivos postos em protesto à afronta – ação negada por Austin. Na virada do mês, a Liga Árabe e a Agência Judaica rechaçaram oficialmente o plano de administração conjunta por um ano – mas os Estados Unidos não desistiram, clamando ainda por uma trégua temporária.

Pulga atrás da orelha - No início de maio, Dean Rusk, secretário-assistente de Estado, mandou um recado aos sionistas. A declaração de independência deveria ser ao menos protelada; caso contrário, Washington poderia bloquear as transferências de fundos filantrópicos dos judeus americanos para a nação caçula. Impressionado, o chefe da Agência Judaica na América, Nahum Goldmann, transmitiu as informações à central – Ben-Gurion, contudo, não se deixou intimidar, e, no dia 4, devolveu um cabograma a Rusk negando o adiamento. Quatro dias depois, o secretário de Estado George Marshall e o subsecretário Robert Lovett encontraram-se na capital com Moshe Shertok, ministro das Relações Exteriores da administração provisória judaica. Desta vez, não houve ameaças: os americanos apenas ponderaram que a invasão dos árabes era iminente, e que, se os judeus insistissem na emancipação imediata, não deveriam recorrer à ajuda dos Estados Unidos – que ainda mantinham, apesar dos protestos em diversas cidades, o embargo de armas ao Oriente Médio.
Na resistência: integrantes da Haganá resgatam homem ferido em bombardeio egípcio

Shertok lamentou o fato de os americanos não terem mantido o apoio à resolução da partilha, e atribuiu de antemão boa parte do futuro derramamento de sangue na Palestina ao recuo dos Estados Unidos, que teria encorajado os árabes em sua beligerância. E, nesse ponto, a resposta de Marshall colocou uma pulga atrás da orelha do judeu. "Compreendo o peso de suas palavras. Não sou eu quem devo dizer-lhe o que fazer. Porém, como militar, gostaria de alertá-lo: não confie em seus consultores militares. Sim, eles acabaram de registrar alguns sucessos. Mas o que acontecerá se houver uma invasão prolongada? Isso irá enfraquecê-los. Tive esta experiência na China. No começo, foi uma vitória fácil. Agora eles estão lutando há dois anos e perderam a Manchúria". As palavras de Marshall ainda ecoavam nos ouvidos dos líderes sionistas na Palestina quando os membros da Administração Nacional – embrião de um gabinete recém-criado pelo conselho provisório – reuniram-se para decidir, em 12 de maio, pela proclamação imediata ou não do estado judeu. As deliberações duraram nada menos do que onze horas. Golda Meyerson, diretora do departamento político da Agência Judaica, relatou o fracasso de sua negociação com o rei Abdullah da Transjordânia, em uma viagem secreta àquele país – a derradeira tentativa de um compromisso pacífico entre as partes.

O jovem oficial Yigael Yadin, comandante de operações da Haganá, força de defesa judaica, apresentou seu relatório sobre o teatro de operações aos membros. As tropas hebraicas haviam garantido o controle das linhas de comunicação no interior da Palestina, mas em algumas regiões a situação era crítica. Metade de Jerusalém, por exemplo, estava nas mãos dos árabes – incluindo a malha rodoviária dos arredores, pela qual a Legião Árabe naquele momento marchava rumo à cidade. Yadin também demonstrava preocupação quanto à escassez do arsenal judeu. Pessoalmente, o comandante acreditava que, com a evacuação britânica programada para dali a dois dias, armas e material humano poderiam ser rapidamente integrados às tropas, com 50% de chances de sucesso contra o assalto árabe. Cauteloso, não descartava que uma trégua temporária fosse interessante, para possibilitar o reforço das tropas judaicas sem sacrificar os objetivos políticos.

Ben-Gurion, porém, acreditava que a proclamação da independência fortaleceria o ânimo e o espírito não somente dos combatentes, mas também da população, que precisaria estar preparada para a inevitável perda de territórios e vidas. Já o adiamento poderia representar um anticlímax e abalar o moral das tropas. Ao final da assembléia, convocou-se o sufrágio que definiria o próximo passo. Por uma apertada margem de seis votos a quatro, o gabinete decidiu rejeitar a proposta americana de trégua e declarar, assim que a Union Jack fosse baixada em Jerusalém, dali a dois dias, a criação do estado judeu na Palestina. Contatado por telefone em Nova York, o tarimbado Chaim Weizmann, chefe da Agência Judaica, assentiu. "Proclamem o estado, não importa o que aconteça." Após dar sua sentença, o veterano explodiu, em iídiche. "O que estão esperando, os idiotas?"

Êxitos e temores - Horas depois da cerimônia de proclamação de independência em Tel-Aviv, Chaim Weizmann foi nomeado presidente de Israel, e Ben-Gurion, primeiro-ministro. Em seguida, o Conselho de Estado revogou por unanimidade o Livro Branco de 1939, documento inglês que regulava a imigração de judeus para a Palestina. Ainda no dia 14 de maio, por intercessão direta do presidente Harry Truman, os EUA, apesar de toda a oposição à independência, foram os primeiros a reconhecer o estado de Israel, causando surpresa entre os diplomatas das Nações Unidas. Andrei Gromyko, representante da União Soviética, criticou os americanos, por colocar a assembléia em uma "posição ridícula". Fontes próximas a Truman garantem que o comandante-em-chefe andava descontente com as trapalhadas de seus assessores e que sentiu a importância estratégica de se antecipar a Moscou no reconhecimento dos sionistas – além de tudo, não custa lembrar que este é um ano eleitoral na América, e os votos da enorme comunidade judaica podem ser decisivos.

A União Soviética reconheceu Israel dois dias depois – a confirmação dos comunistas já era esperada, tendo em vista que a criação de um estado judeu moderno, com forte espírito nacionalista, era mais interessante para as pretensões históricas de Moscou de ter uma base no Oriente Médio do que a consolidação de um regime árabe retrógrado, dependente da Grã-Bretanha. A Coroa, por sua vez, comunicou apenas que a Palestina não mais fazia parte da Comunidade Britânica, e, acenando seu pendor em direção aos antigos aliados, garantiu que iria cumprir seus tratados de fornecimento de armas aos árabes – a menos que as Nações Unidas afirmassem que estes estivessem agindo ilegalmente de alguma forma.

Crucial para a nação caçula, a batalha diplomática só não era mais importante do que a contenda bélica que se descortinava na Palestina. Desde a aprovação da partilha, a Haganá concentrava-se em dois objetivos: o primeiro, a segurança da comunidade judaica durante o período da retirada britânica, e o segundo, a defesa do território contra a possível e provável invasão árabe em larga escala a partir do dia 14 de maio. O êxito das tropas judaicas na primeira questão, registrado ao longo das últimas semanas com a tomada de cidades estratégicas como Haifa – subjugada em 21 de abril após três dias de embates contra os árabes – foi coroado com a conquista da Galiléia setentrional, no início de maio. Na última peleja, em Safed, remota comunidade montanhesa em que 1.400 judeus viviam cercados por dez mil árabes, as tropas do comandante Yigal Allon repeliram os mercenários sírios comandados por Adib al-Shishakli, causando a fuga dos habitantes árabes.

Dessa forma, o norte da Palestina estava controlado, assim como o litoral: Jaffa, última cidade dominada pelo inimigo, caiu na manhã do dia 14 de maio – mais uma vez, 70.000 árabes deixaram suas casas em terror. Livre da responsabilidade de proteger seus enclaves (à exceção de Jerusalém, o cenário parecia todo favorável aos judeus), a Haganá pôde finalmente concentrar todas as suas forças na contenda contra os exércitos invasores.

Rumo à Galiléia - Às vésperas do início da guerra, as forças árabes, somadas, eram pouco maiores que as de Israel – aproximadamente 32.500 homens contra 30.000. A vantagem dos atacantes, porém, era seu maior poder de fogo, que incluía forças aéreas à disposição. Divididas em nove brigadas pelo chefe da Haganá, as forças de Israel foram distribuídas em quatro fronts: três unidades no norte, duas na costa (para proteger Tel-Aviv), duas no sul e duas nas montanhas da Judéia, a fim de defender Jerusalém e conquistar a posse das estradas nas redondezas da cidade.

No norte, os libaneses que seguiam rumo à Galiléia, assim como os iraquianos e sírios que atacaram colônias judaicas no vale do rio Jordão, não têm se mostrado ameaças sérias para as forças da Haganá. Suas investidas estão sendo facilmente controladas pelos israelenses. As mais duras batalhas são disputadas na Judéia – onde permanece o cerco da Legião Árabe do rei Abdullah a Jerusalém – e no sul. Ali, os egípcios, avançando com duas brigadas, já conquistaram Gaza, e agora seguem, a despeito de feroz resistência, a passos largos rumo a Tel-Aviv. Pelos últimos relatos do front, o brigadeiro Muhammad Naguib, comandante da Segunda Brigada egípcia, está a perigosos 25 quilômetros da periferia da urbe.

Perder o controle da espetacular cidade de 250.000 habitantes, berço e sede do recém-criado estado de Israel, será um golpe quase fatal para os judeus, em que pese todo e qualquer outro sucesso no teatro de operações. Por isso, o general Yadin já convocou reforços vindos de Jerusalém, e, de acordo com fontes militares israelenses, poderá a qualquer momento engendrar uma emboscada noturna contra os egípcios, extraindo da escuridão e da surpresa a força necessária para derrotar os inimigos. Manter Tel-Aviv em segurança antes da trégua programada para 11 de junho é condição sine qua non para que, no período de cessar-fogo, Israel reorganize seu exército e planeje com cautela os próximos passos na guerra contra os árabes. Sem isso, o estado de Israel corre o risco de se esvair pouco tempo depois do nascimento – e David Ben-Gurion e seus pares sionistas estarão mais distantes do sonho de desfrutar do solo sagrado que, acreditam, foi prometido por Deus a seus antepassados.



Fonte: Revista Veja.

sexta-feira, maio 11, 2012

A diferença entre a brasileira e a americana.

A diferença entre a brasileira e a americana.

por Julio Severo

O que acontece quando um bandido invade uma casa de noite e encontra uma jovem?
No Brasil, eis o que ocorre:

Gazeta Digital de 29 de abril de 2012: Homem invade casa e estupra uma mulher de 21 anos, no bairro Dr. Fábio, em Cuiabá. O crime aconteceu na manhã deste domingo (29). Após o marido da vítima sair para trabalhar o bandido aproveitou para entrar na casa. Segundo a polícia, ele estuprou a mulher e fugiu levando um celular, um notebook e uma carteira.
O Impacto de 10 de janeiro de 2012: Assaltante invade residência e estupra menina de 13 anos.
O Repórter MT de 1 de dezembro de 2011: Quadrilha invade casa, amarra marido e estupra mulher: Quatro homens armados torturaram a família Ávila, de classe alta, durante a noite desta quarta-feira (30). Segundo a Polícia Civil, os criminosos, além de roubar a família, estupraram a dona da casa, durante o assalto. Uma prima da família conseguiu fugir do grupo que tentava abusar dela também.
Guia Campina de 18 de abril de 2012: Mulher foi surpreendida com o bandido dentro do seu quarto, sendo estuprada. A polícia ainda não conseguiu identificar o homem que invadiu uma casa na madrugada desta quarta-feira, 18, agrediu, estuprou uma mulher e depois fugiu levando uma bicicleta, dinheiro e alguns objetos. A mulher contou a polícia que estava dormindo no seu quarto com seus três filhos quando foi surpreendida com um homem que lhe agrediu e foi obrigada a manter relações sexuais com o desconhecido que estava armado com uma faca peixeira. O esposo dela estava trabalhando numa fábrica.
MidiaMaxNews de 28 de fevereiro de 2012: Duas jovens, sendo uma de 14 e outra de 24 anos foram estupradas por um homem que invadiu a casa onde moram por volta das 3h40 desta segunda-feira (27)…
Impunidade chega a 90% de todos os homicídios no Brasil

Conforme pesquisa que fiz pelo Google, os casos de meninas, moças e mulheres estupradas a noite por bandidos que invadiram suas casas para assaltar são incontáveis. Quando um assaltante invade uma casa de noite e encontra apenas um homem, o assalto pode vir acompanhado de assassinato. Mas quando a vítima é uma mulher sozinha, com o marido trabalhando, o estupro é inevitável.
E a pobre mulher indefesa nem pode expressar a mínima queixa diante dos criminosos, que têm toda liberdade de torturar, estuprar e matar. Se o criminoso optar por matar a vítima, a polícia pouco poderá fazer, antes ou depois do assassinato. A polícia brasileira tem sido impotente em seus esforços para deter os mais de 50 mil assassinatos por ano — sem mencionar milhares de estupros.
Cerca de 90% dos casos de homicídio ocorridos no Brasil nunca são devidamente esclarecidos e seus autores nunca são devidamente condenados. A informação é do presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Hélio Buchmüller. Isto é, 90% dos assassinatos no Brasil terminam em impunidade.

Quem pode garantir então que no caso do estupro não existe uma impunidade pior?
É evidente que os meios de comunicação patrocinados pelo governo e o próprio governo educam o povo a confiar somente na polícia para proteção. Assim, se um bandido invadir de surpresa a casa de uma moça no meio da noite, ela deve gentilmente pedir permissão para o criminoso a fim de chamar a polícia. Se o criminoso for atencioso, os dois ficarão sentados no sofá aguardando a polícia. Certamente, o final será muito feliz e sem estupro!

Talvez o governo desarmamentista devesse fazer uma campanha para educar os criminosos a permitir que suas vítimas telefonem para a polícia durante os assaltos, estupros e assassinatos. Isso grandemente ajudaria a polícia e as vítimas.

Infelizmente, os bandidos nunca atenderão às campanhas do governo, seja para o desarmamento ou para serem gentis com suas vítimas. Eles nunca darão chance alguma para suas vítimas. E a polícia fartamente sobrecarregada de crimes para resolver nunca terá condições de atender prontamente a todas as emergências.

Então, o que a vítima deve fazer para se defender?
Nos Estados Unidos, eis o que acontece quando as vítimas podem se defender:

G1 da Globo de 5 de janeiro de 2012:
Uma americana de 18 anos que cuidava de seu bebê em casa no último domingo (1º), na madrugada do Ano Novo, disparou e matou um dos dois homens que tentaram invadir sua casa, segundo reportagem do canal americano ABC.
Sarah McKinley estava em casa sozinha com a criança de apenas 3 meses em sua residência perto de Oklahoma City quando viu pela janela dois homens rondando casas vizinhas, um deles com uma faca de caça de 30 cm de comprimento. Preocupada, ela buscou proteção.
“Peguei a [escopeta] calibre 12, fui até o quarto e peguei a pistola, coloquei a mamadeira na boca [do bebê] e liguei para a polícia”, afirma.

O áudio da ligação foi gravado pela polícia:
- Estou com meu bebê sozinha em casa, vocês podem mandar alguém imediatamente?
(...)
- Suas portas estão trancadas?
- Sim. Tenho duas armas nas minhas mãos, posso atirar nele se ele tentar entrar?
- Não posso dizer que você pode fazer isso, mas faça o que você precisar fazer para proteger seu bebê.
Em seguida, ouve-se o disparo. A polícia considerou que a atitude foi justificada.
“Não teria feito isso se não fosse pelo meu filho. Eu tinha que protegê-lo”, conta Sarah, que estava sozinha com a criança no Ano Novo porque ficara viúva dias antes. O marido morreu de câncer no dia de Natal.
Qual é a diferença entre essa jovem mãe americana e as brasileiras que foram estupradas e roubadas? A americana é protegida por leis que lhe garantem o direito de ter e usar armas para defesa pessoal. As brasileiras não têm nenhuma proteção do Estado contra uma invasão repentina de criminosos no meio da noite.

Impunidade para os criminosos e desarmamento para as vítimas

Notícia recente do jornal Examiner revelou que o número de assassinatos no Brasil é mais elevado do que o número de mortes em zonas mundiais de guerra. Em média, são 50 mil assassinatos por ano no Brasil. Com tal número elevado, não é de admirar que 90% dos assassinos no Brasil fiquem impunes.
No Brasil, o cidadão não tem escolha: ou cuida de sua defesa pessoal, ou fica à mercê de bandidos e da proteção de uma polícia que não tem condição nenhuma de dar conta do número elevadíssimo de 50 mil assassinatos por ano.
Anos atrás, num artigo na revista esquerdista Ultimato defendendo a campanha governamental petista pelo desarmamento da população, Ricardo Gondim, hoje um homem desviado e isolado por seu radicalismo ideológico em nome da Bíblia, disse que os cristãos que são a favor de armas para defesa pessoal não têm o direito de citar textos como o Salmo 91: “Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso pode dizer ao Senhor: ‘Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio’”.
Minha resposta pública para ele foi:
A vasta maioria dos Salmos foi escrita por Davi, que pedia proteção e ajuda a Deus. Mas ele também fazia sua parte: ele utilizava normalmente uma espada, que era uma arma mortal equivalente a um rifle militar hoje. Quando o Senhor Jesus nos orientou a orar pedindo “o pão nosso de cada dia nos dá hoje”, ele não quis dizer que devemos cruzar os braços e deixar somente Deus fazer a parte dele. Como no caso de Davi, precisamos fazer a nossa parte, tanto para alimentação quanto para a defesa de nossas famílias. Eu confio no Senhor Jesus e nunca toquei numa arma em toda a minha vida. Mas conheço as Escrituras o suficiente para saber entender que só porque eu não utilizo uma arma não posso condenar quem precisa utilizá-la. Aliás, há ocasiões e situações em que seu uso é necessário. Mas os comunistas não pensam assim. Para eles, a população deve permanecer eternamente desarmada diante de suas tiranias…
Gondim já caiu de seu pedestal, e hoje com justiça suas ideias são vistas como loucura.
No entanto, há outros líderes evangélicos que se aliam ao governo em sua meta comunista de desarmar a população. O Rio de Paz, fundado e comandado pelo pastor presbiteriano Antonio Carlos Costa, é a maior organização evangélica de desarmamento da população.
Esse radicalismo comunista contrasta com a tradição conservadora presbiteriana, que deixou como legado, na Suíça (cuja capital era a Santa Sé do calvinismo), a defesa armada como direito do cidadão. Nos EUA, o calvinismo também trouxe como resultado esse direito.
Mas como é que no Brasil a organização presbiteriana mais destacada nessa questão trabalhe exatamente para atingir a meta comunista de desarmar a população?
É evidente que todos os criminosos devem ser desarmados. Todos os assassinos e estupradores não devem ter nenhum acesso a nenhuma arma.
É igualmente evidente que todos os cidadãos de bem precisam ter armas e outros recursos na guerra contra o crime que o Brasil está perdendo, com 90% dos assassinos gozando plena impunidade e liberdade para continuar matando e estuprando.
Seria um crime deixar sua esposa sozinha em casa sem nenhuma defesa. Os pais e maridos fazem isso porque o Estado não lhes permite se defender conforme é necessário. Interesses comunistas de subjugar e desarmar a população são muito mais importantes, para o governo, do que o bem-estar das famílias.

Contudo, independente das obsessões comunistas de um governo, defender a própria vida e família é um direito humano indispensável. Se podemos ter portas e janelas trancadas como recurso mínimo de proteção, por que não recursos maiores que estejam à altura da crítica situação de guerra do Brasil, onde bandidos invadem casas no meio da noite para roubar, matar e estuprar?
Claro que, mesmo com o direito de ter e usar uma arma para defesa, a polícia é necessária. Enquanto a mãe de 18 anos aguarda a chegada da polícia, ela tem o direito de fazer tudo o que for necessário para defender a si e seu bebê de criminosos que estão invadindo sua casa no meio da noite.
Com duas armas nas mãos, uma jovem mãe tem, nos EUA, alguma chance contra dois bandidos. No Brasil, ela não tem chance alguma. Ela depende da “boa vontade” dos criminosos. Por determinação governamental, ela é obrigada a ficar totalmente desarmada diante de bandidos ávidos de roubos, estupros e assassinatos.
Esquerda, aborto e defesa pessoal

Claro que a comparação entre a brasileira e a americana é limitada. Legalmente, a mulher americana pode se defender de criminosos. Mas essa mesma lei lhe dá o direito de agir como criminosa: Ela também pode matar, antes do nascimento, quantos bebês ela quiser. A lei americana protege o assassinato de bebês durante os nove meses de gestação. Os nazistas aplaudiriam o “progresso” americano do morticínio legal e médico dos inocentes. A esquerda uiva de alegria com o notório exemplo americano de “interromper” a gravidez com requintes de elevada crueldade médica e legal.
De acordo com a esquizofrênica lei americana, se dois criminosos decidirem invadir o santuário do lar na calada da noite, a jovem de 18 anos, para se defender, pode atirar. Essa mesma lei permite que ela, com a ajuda de um médico, invada o santuário do útero para aniquilar seu ocupante.
No caso do bandido invasor, que é totalmente culpado por sua ação, ele pode sair vivo ou morto, dependendo de onde as balas acertarem. Mas quando os instrumentos aborteiros do médico, pela vontade da mulher, invadem o santuário do útero, o bebê em gestação está totalmente desarmado e inocente contra seu iminente extermínio.
Muitos desses assassinatos de inocentes são financiados com dinheiro de imposto que o governo americano arranca de seus cidadãos.
Esse é um aspecto nazista, comunista, ditatorial, nojento e assassino das leis e liberdades americanas.
Entretanto, a esquerda brasileira, que vem se sacrificando para importar para a cultura brasileira aborto, homossexualismo e tudo o que é mais podre das leis e costumes dos EUA, faz vista grossa à defesa pessoal e a outros aspectos positivos da cultura americana, como a educação escolar em casa.
Há muitos anos a poderosa esquerda assassina americana tem o Brasil na sua mira.
O planejamento familiar, com muitos de seus métodos micro-abortivos, foi introduzido no serviço público no Brasil décadas atrás, por pressões e esquemas nos bastidores da Federação de Planejamento Familiar, a maior rede de clínicas de abortos nos EUA. Só não conseguiram ainda legalizar o aborto porque o Brasil está resistindo de modo feroz. As mesmas forças multibilionárias americanas que legalizaram o aborto nos EUA em 1973, assassinando desde então mais de 50 milhões de bebês em gestação, há muitos anos investem para que o Brasil também venha a ter o “direito” de assassinar milhões de seus bebês.
No aspecto do aborto, a tradicional esquerda “anti-americana” do Brasil está disposta e ávida de importar tudo o que vem dos EUA. Ela ama o aborto! E igualmente ama cidadãos desarmados.
Entretanto, as mães do Brasil não precisam do “direito” de matar seus bebês a fim de satisfazer à sanha de multimilionárias fundações esquerdistas assassinas dos EUA.
Elas precisam, urgentemente, do direito humano fundamental de defender a si e seus bebês contra os perigos e males imprevisíveis de uma sociedade brasileira entregue aos criminosos fortemente armados e aos criminosos ideológicos que estão determinados a desarmar a população de seus recursos para defender suas famílias.
Mães devem ser legalmente armadas para se defender de bandidos, não para matar seus bebês.
Mães e bebês precisam de defesa, não de aborto.