quinta-feira, maio 17, 2012

O desafio de Israel.






Por Herman Glanz para o Pletz.

Os assuntos que estão na ordem do dia são os 64 anos do Estado de Israel, que é o restabelecimento do antigo Reino da Judéia, e os perigos e desafios que enfrenta. Devemos lembrar que decorreram 72 anos desde quando, em 10 de maio de 1940, Winston Churchill, assumiu um governo de união nacional para conduzir a Inglaterra a enfrentar os perigos e desafios da II Guerra e, em 13 de maio, fez seu célebre discurso de “sangue, suor e lágrimas”.

Na mesma ocasião, Hitler partia com a blitzkrieg contra a Holanda, a Bélgica e Luxemburgo. E Hitler acusava os judeus pela derrota alemã na I Guerra, buscando conquistar a Europa e eliminar os judeus para se vingar. Até o embaixador americano em Londres, Joe Kennedy, achava que a guerra poderia ser estancada se se retirassem os judeus, mandando-os para Madagascar…

O perigo se repete agora, quando clérigos iranianos dizem nos seus sermões que Deus está os apoiando, reunindo os judeus na “Entidade Sionista” (não ousam proclamar o nome de Israel), facilitando, assim, o extermínio dos judeus, pois há uma concentração de judeus num Estado introduzido em terras islâmicas pois, consideram que, uma vez conquistado um território, mesmo pela força, constitui patrimônio islâmico perpétuo. E o Irã persegue a produção de armas nucleares para levar a cabo o seu intento. O Holocausto continua….

O Primeiro-Ministro de Israel, Netanyahu, reunindo a oposição num governo de união nacional, formando a mais ampla coalisão que o país já conseguiu nos seus 64 anos, parte para conduzir Israel a enfrentar os perigos e desafios tanto iranianos como da Autoridade Palestina, do Hamas e do Hizbollah. Os desafios e perigos, agora, não menores para os judeus do que aqueles da II Guerra.

Os perigos e desafios são de várias ordens, que não param de ser inventados, seja com o boicote, seja com a deslegitimação, seja com o problema de refugiados. Sobre este último assunto, a definição de refugiado foi modificada especialmente para o caso palestino: refugiado é entendido como aquele que fugiu, ou foi banido, de sua terra, seja por perseguição política, seja devido às guerras, encontrando-se em terra estranha de sua nacionalidade.

Para os palestinos, a definição serve para quem deixou as suas casas, movendo-se para outro ponto, mesmo dentro da sua própria terra. E a ONU compartilha dessa definição, dispõe de uma agência só para palestinos UNWRA. Veja-se que Jenin, situada em Gaza, totalmente palestina, continua tendo campo de refugiados. Seria como se, por exemplo, os nordestinos que se deslocam para o sul brasileiro, ou gaúchos que seguem para Mato Grosso, fossem considerados refugiados. Mas devemos confessar que já ouvimos gente nossa falar tal disparate a respeito dos favelados. Bem, se, pelo menos, a ONU ajudasse….

Os absurdos da deslegitimação vão tão longe, sem qualquer vergonha, que chegam a proclamar que nunca houve o Templo Judaico em Jerusalém, e até que nunca os judeus habitaram o Reino da Judéia, depois nomeado Palestina. No Egito, o candidato da Irmandade Muçulmana à presidência, informa que restabelecerá o Estado Árabe Unido, com Jerusalém como capital. Como está escrito, em cada geração haverá quem queira aniquilar, exterminar os judeus, que, contudo, sobreviveram e até conseguiram reconstruir seu antigo Estado Nacional, enquanto outros povos desapareceram.

Am Israel Chai ve Kayam.

Nenhum comentário: