quarta-feira, maio 23, 2012

Os verdadeiros amigos de Israel.




por Deborah Srour –

Duas semanas atrás, o congressista americano Joe Walsh publicou um artigo no Washington Times pedindo à Israel e aos Estados Unidos para abandonarem a idéia do modelo de dois estados. Depois de listar a corrupção, duplicidade, terrorismo e má-fé palestina, ele disse que “Israel deve adotar a única solução para trazer a verdadeira paz para o Oriente Médio: um só estado israelense do Jordão ao Mediterrâneo. Israel é o único país da região dedicado à paz e o único capaz de governar com estabilidade, justiça e democracia”.

As provas do fracasso deste modelo são devastadoras. A rejeição dos palestinos de um estado em 2000 optando pelo terrorismo mostrou que não havia mudança de sua posição de 1947. O mesmo ocorreu com a eleição do Hamas em 2006 e as barragens de mísseis lançados de Gaza após a saída do último judeu em 2005. Estas ações provam que os palestinos não estão interessados em um estado ou dividir a terra com judeus mas continuam focados na aniquilação de Israel.

De verdade, nunca houve qualquer chance para este modelo dar certo. Nem um só lider palestino jamais reconheceu o direito de Israel de existir. Se um estado palestino fosse estabelecido hoje na Judeia e Samária, ele estaria em estado de guerra com Israel e todo o seu território seria usado para lançar ataques ao estado judeu. O fracasso deste modelo deixa claro que apesar das complicações, extender a soberania de Israel na Judéia e Samária, é uma alternativa melhor do que render estas áreas ao inimigo.

Ao abandonarem as negociações e pedir para a ONU a declaração do estado palestino no ano passado, os palestinos de fato cancelaram os tratados de Oslo que proibem ações unilaterais. Hoje Israel está livre para tomar suas próprias ações unilaterais, incluindo anexar a Judeia e Samaria como o fez com o altos do Golan e Jerusalém.

O que é preocupante é que Walsh tem sofrido ataques desenfreados da esquerda judaica Americana. Eles o acusam de ser igual àqueles que querem destruir o estado judeu pois ao seu ver, Israel não poderá manter uma maioria judaica ao longo prazo. Ele também está sendo criticado severamente por dizer que os palestinos que não quiserem viver em Israel, poderiam se mudar para a Jordânia que é de fato um estado palestino. Walsh foi chamado de racista e contrário aos ideais americanos.

Esta esquerda hoje está trabalhando duro para que o congressista não seja reeleito nas eleições de novembro. Fica difícil entender este ataque por judeus americanos a um dos maiores defensores de Israel simplesmente porque ele teve a temeridade de reconhecer a realidade.

Para criar um novo estado palestino na Judéia e Samária o modelo exige que ele seja etnicamente limpo de judeus antes de ser estabelecido. Enquanto a esquerda tem problema com a idéia de palestinos se mudarem voluntariamente para a Jordânia aonde 80% da população é palestina, eles não têm qualquer problema com a idéia de expulsar a força 675 mil judeus de suas casas na Judéia, Samária e Jerusalém do leste simplesmente porque serem judeus.

Tirando esta hipocrisia perniciosa e cegueira moral, o que estes ataques mostram é que esta esquerda não vê diferença entre Walsh e os inimigos de Israel.

Eles vivem repetindo o incorreto argumento de que em 2015 haverá uma maioria demografica árabe do lado oeste do Jordão. Se hoje Israel anexasse a Judéia e Samária, 2/3 da população ainda seria judaica e 1/3 árabe. A curva demográfica mostra que os judeus estão tendo mais filhos e a imigração é constante. Os árabes, por sua vez, estão diminuíndo o número de filhos e têm índices negativos de imigração. De acordo com um estudo recente do pesquisador Yoram Ettinger, em 2030, os judeus serão 80% da população de Israel, Judéia e Samária.

Este debate também mostra outra coisa: como a esquerda judaica Americana está viciada na fábula dos dois estados. O vício à esta fábula – que diz que após um século da devoção palestina à aniquilação de Israel, os palestinos repentinamente irão abraçar seus vizinhos – é o que impulsiona estes ativistas a atacar qualquer um que lhes mostra a realidade e aponta para outras soluções. Sem falar que este modelo coloca todo o fardo nas costas de Israel.

Se os palestinos querem paz, então Israel deve fazer a paz. E se os palestinos exigem um estado judenrein, então Israel deve arrancar 675 mil judeus de suas casas. A tragédia é que estes judeus americanos acreditam neste conto de fadas e que no processo, ele se tornou política oficial do governo de Israel nos últimos 19 anos.

Não importa que os palestinos rejeitaram um estado duas vezes. Ou que receberam Gaza judenrein e usam este território para lançar mísseis diários contra a população civil de Israel. E o fato de Abbas falar abertamente na destruição do estado judeu, não impede que os líderes em Israel continuem neste jogo. Para manter este modelo, temos que ignorar não só os últimos 100 anos de história mas o que se passa agora. Hoje mesmo as forças de segurança de Israel prenderam 9 terroristas de Ramallah que tentaram sequestrar israelenses.

Ano após ano pesquisas mostram que cada vez menos israelenses acreditam na solução de dois estados ou que se um estado palestino for criado, irá viver em paz com Israel. E ainda assim, por causa do sequestro do discurso pelos grupos de esquerda, não é dado ao povo de Israel outra opção. Eles foram simplesmente informados que a única alternativa é abdicar de seus direitos, terra e segurança.

Felizmente, nem todo o mundo é cego. Estão havendo tentativas de legislação na Knesset sobre a aplicação da soberânia Israelense na Judéia e Samária. E nos Estados Unidos, temos que admirar a determinação de Walsh e os outros 44 congressistas que patrocinaram a resolução pois estão batendo de frente com o que é tido como consenso hoje.

Eu nunca deixo de me espantar com pessoas que recusam aceitar o fato que nenhum primeiro ministro israelense pode fazer a paz com uma entidade que não abdica de seu objetivo de erradicar o estado judeu. Enquanto isso, os europeus e a esquerda do mundo continuam a vilificar Israel e os verdadeiros malfeitores são vistos como soldados de libertação. Neste Yom Yerushalaim, dia da libertação e reunificação de Jerusalem pelos judeus, vamos parar e dizer a verdade. Israel representa a liberdade e a democracia e é do lado dela que nós também devemos ficar.

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