sexta-feira, fevereiro 28, 2014

Tudo pela família, nada pelo Estado.






por Flavio Quintela (*)





O mundo ideal de um esquerdista é algo muito triste e horrível de se imaginar. Nele as crianças não nasceriam mais do relacionamento entre um homem e uma mulher – seriam sintetizados a partir do DNA de dois homens ou de duas mulheres. As famílias também não existiriam mais, pois desde o nascimento o Estado tomaria as crianças para si e cuidaria de sua criação e educação. A liberdade de expressão não seria possível, pois todo exercício de livre pensamento seria classificado como crime contra a boa ordem da sociedade. A fé religiosa seria substituída pela adoração dogmática e incondicional ao Partido, e todas as pessoas viveriam num estado constante e eterno de mediocridade, patrocinado porcamente pela única classe dominante que restou, a cúpula do Partido.

Por mais improvável e inacreditável que pareça, existem muitas pessoas que, ao lerem o parágrafo acima, terão orgasmos múltiplos só de se imaginarem vivendo em tal mundo. A subversão moral e cultural que vem sendo aplicada desde há mais de três décadas em nosso país, no maior experimento gramscista de que se tem notícia na história, tem produzido uma classe de pessoas que se destaca por uma característica única e abominável: a negação da humanidade do ser humano.
A descoberta recente de uma página do Facebook chamada Marcha Contra a Família me mostrou um pouco do que são essas pessoas que negam a nossa humanidade. A página apresenta como subtítulo a seguinte frase:

Movimento pela subversidade contra os valores tradicionais da família, contra a moral e os bons costumes

São mais de sete mil pessoas que acompanham e apoiam postagens esdrúxulas e irracionais, recheadas de ódio à mais humana e ao mesmo tempo mais divina de todas as realizações do homem, a família. A tiracolo vêm a desqualificação da moral, a apologia à baixeza, o culto à mediocridade e o desprezo por tudo o que possa ser considerado nobre, clássico, estético ou bonito. É um pequeno exemplo do grande objetivo da esquerda – destruir todas as bases sobre as quais nossa história foi construída, na tentativa insana de criar uma nova sociedade da qual a grande maioria das pessoas não gostaria de fazer parte. É uma sociedade pensada e planejada por uma minoria de psicopatas e lunáticos para escravizar uma maioria de pessoas que querem somente viver em paz.

O ataque à família é e sempre foi a prioridade máxima das doutrinas de esquerda. A identificação de seu maior inimigo tem um quê de genialidade diabólica: os esquerdistas aprenderam desde muito cedo que são poucas as forças contra as quais vale a pena lutar, e a maior delas continua sendo a família. A família reúne em si as melhores qualidades animais do homem, ao mesmo tempo que dá vazão ao que há de mais divino em cada um de nós. É pela união biológica de um homem e uma mulher que são criados novos homens e novas mulheres. E é justamente essa criação, de um ser que nasce totalmente dependente de seus pais, que excede o ser animal e adentra o ser humano. Formar uma família é plantar a imortalidade, é criar o futuro, é mudar para sempre o destino do mundo. Não se forjam grandes homens no isolamento macabro da utopia comunista, e sim no seio da família tradicional.

O deserto moral da esquerda é como qualquer outro deserto. Em terras áridas quase nada sobrevive, o que sobrevive geralmente rasteja, e a beleza é exceção. Quando o homem se priva da moralidade, quando abre mão de princípios importantes sobre os quais foram erguidos os pilares de sustentação da sociedade, o efeito é como o de um jardim privado de água: com o tempo a beleza das flores começa a desaparecer, e as plantas mais vistosas acabam por morrer; em seu lugar brotam outras, espinhosas e resistentes à falta de água. Estas irão sobreviver até que a última gota d’água seja sugada do solo seco. Quando este momento chegar, não haverá mais nenhuma vida.

Se deixarmos nossas vidas serem comandadas politicamente por psicopatas de esquerda, que é nossa realidade hoje, o processo de desertificação de nosso mundo prosseguirá de forma acelerada. O Estado quer sempre mais de nós, mais impostos, mais controle, mais servidão, mais restrições, mais leis, mais jugo, enfim, quer nos secar, nos tirar tudo. O povo brasileiro parece não perceber que a pouca água que tem disponível tem sido tirada de seus filhos para saciar a sede de corruptos e criminosos, que em troca distribuem uma porção racionada, destinada à sua morte, lenta e controlada. Tudo o que é bom, bonito e desejável tem passado ao largo do Brasil. Aqui não se produz alta cultura; aqui a honestidade é considerada idiotice; aqui não se respeitam as leis; aqui não se louva o melhor, muito pelo contrário; aqui a mediocridade é o padrão; aqui se faz tudo pelo mínimo esforço; aqui as punições são risíveis; aqui a vida deu lugar à morte.

Não há luta mais importante nesses dias em que vivemos do que a luta pela família. Se há um resgate possível de nossa sociedade, ele só virá de dentro deste núcleo tão pequeno mas tão essencial. Cientes disso, os políticos e agentes da subversão esquerdista têm focado suas energias na destruição desse núcleo. Mas eu pergunto ao leitor: desde quando deixou de ser bonito ver um pai, uma mãe e seus filhos juntos? Desde nunca! A sociedade, em sua grande maioria, continua desejando o mesmo de sempre: meninos querem casar com meninas, meninas sonham em casar com meninos, casais sonham em ter filhos, filhos sonham em ter bons pais, e assim por diante. Tudo o que a esquerda, com suas minorias sectárias, tem nas mãos é a tentativa de imposição de uma falsa realidade, que só funciona porque as pessoas têm medo de dizer o que realmente pensam. Isso não fere, absolutamente, o direito de meninos que querem ficar com meninos, ou de meninas que querem ficar com meninas. Mas estes serão sempre uma minoria biologicamente comprovada. E é graças a essa tendência biológica, de que a maioria dos meninos deseja meninas e vice-versa, é que existe humanidade, pois ainda não inventaram outra maneira de se fazer um ser humano que não seja com um óvulo de uma mulher e um espermatozoide de um homem.

Vençamos o medo de nos manifestarmos em favor da família tradicional. Não existe nada mais bonito que a chegada de um bebê, que transforma um casal em uma família. Não existe nada de errado em louvar essa instituição humana. Ninguém deveria se preocupar em ser tachado de preconceituoso somente por dizer que a família tradicional é a melhor coisa que já aconteceu ao homem. Afinal, não se pode ser preconceituoso quando se fala a verdade, e a verdade é uma só: família é tudo. Tudo pela família, nada pelo Estado.

Fonte: Mídia Sem Máscara

quinta-feira, fevereiro 27, 2014

A sede brasileira por sangue venezuelano.


A sede brasileira por sangue venezuelano.

por Felipe Melo

O governo venezuelano tem mostrado há semanas, de maneira claríssima e indisfarçável, o seu verdadeiro caráter. O regime comandado por Nicolás Maduro tem utilizado todo seu aparato oficial e extra-oficial de repressão sem nenhum pudor: a Guarda Nacional Bolivariana – que é uma filha diletíssima da Guarda Revolucionária Islâmica iraniana – tem atuado de maneira sanguinolenta na contenção dos maciços protestos populares; grupos paramilitares – como os coletivos La Piedrita e Tupamaros –, treinados e armados pelo regime bolivariano, espalham o terror em ataques móveis, atirando a esmo contra os manifestantes e executando-os a sangue frio; esquadrões militares cubanos enviados pelos irmãos Castro agem no seqüestro de alvos importantes para o governo venezuelano, como foi o caso do General de Brigada Ángel Vivas – que resistiu bravamente, mesmo que isso lhe tivesse custado a própria vida. Se ainda havia alguma dúvida sobre o caráter totalitário do governo venezuelano, que desde Chávez mergulhou aquele país numa crise social e econômica sem precedentes na história da Venezuela, não resta mais dúvida alguma.

Coletivo La Piedrita e suas crianças milicianas devidamente armadas.
General de Brigada Ángel Omar Vivas Perdomo resistindo 
às forças cubanas que,a mando de Maduro, tentavam prendê-lo.


Ainda que a frágil máscara de democracia do regime venezuelano tenha sido totalmente obliterada pelos recentes acontecimentos naquele país, e apesar da profusão de fotografias e vídeos amadores que, graças à internet, tem rodado o mundo – afinal de contas, o governo bolivariano da Venezuela tem “democraticamente” cerceado o exercício da imprensa local e internacional –, um grupo de grandes organizações de “movimentos sociais” entregou à missão diplomática venezuelana no Brasil uma carta de apoio ao regime de Maduro. A carta foi publicada originalmente em espanhol no site da Embaixada da República Bolivariana da Venezuela no Brasil. Abaixo, segue a íntegra da tradução para o português (grifos meus):






Carta ao Presidente Nicolás Maduro e ao Povo Venezuelano 
Nós, dirigente das organizações políticas, movimentos sociais e sindicatos de trabalhadores que acompanhamos a campanha “Brasil está com Chávez”, vemos com muita preocupação os recentes acontecimentos na Venezuela e alertamos o povo brasileiro sobre mais uma nova tentativa antidemocrática para derrubar o Governo Bolivariano da Venezuela. Há vários meses acompanhamos a situação Venezuela e sabemos dos embates de setores da elite, com interesses econômicos contrários aos da maioria da população, que têm promovido uma “guerra econômica”, promovendo a especulação, o desabastecimento e a inflação excessiva de preços, prejudicando a grande parte da sociedade venezuelana. Esses grupos opositores tentam responsabilizar o Governo pela situação econômica, assim como por outros problemas no país e, sob essa alegação, em 12 de fevereiro passado, marcharam em protesto por várias cidades do país. A intenção dos líderes opositores, como o ex-prefeito de Chacao, Leopoldo López, era a de permanecer na rua até conseguir “a saída” do governo atual. A maioria dos participantes foi de estudantes e as manifestações, em sua maior parte, ocorreram de maneira pacífica até que grupos violentos provocaram ações como o confronto com as forças de segurança, ataques contra o Ministério Público, o assalto à residência do Governador do estado de Táchira, a depredação do Metrô de Caracas e do serviço de Metrobus com passageiros a bordo, entre outros. Como resultado, três pessoas foram mortas e mais de 60 ficaram feridas. Posteriormente, iniciou-se de imediato uma campanha nas redes sociais afirmando falsamente que na Venezuela havia uma repressão massiva contra os estudantes. Fomos testemunhas do uso de inúmeras imagens manipuladas para condicionar a opinião pública internacional contra o Governo venezuelano. Os Estados Unidos, de maneira pública e privada, também se manifestou contra o governo do presidente Nicolás Maduro, exigindo mudanças em suas políticas. A coincidência conjuntural de todos esses elementos lembra velhas fórmulas golpistas já vividas em nossa região e em outros lugares do mundo. Isso nos obriga a pensar que existe uma possibilidade real de que setores extremistas da oposição venezuelana e interesses estrangeiros estejam tentando forçar uma saída não-constitucional ao Governo Bolivariano. Por isso, consideramos importante fazer um chamado de alerta à população brasileira para que acompanhe de perto os acontecimentos e manifestamos nossa solidariedade ao povo venezuelano nesta hora difícil. Sabemos que todas as venezuelanas e venezuelanos têm o direito legítimo de protestar e que isso está garantido na Constituição de 1999, que, ademais, é uma das mais avançadas do mundo em termos de participação popular na política e na sociedade. Não obstante, o direito de manifestação não pode ser usado para justificar atos de violência, nem para promover uma saída golpista, não-constitucional e antidemocrática ao governo atual. Apoiamos o direito das venezuelanas e dos venezuelanos de decidir seu futuro político dentro do marco legal da Constituição e mediante os mecanismos eleitorais e participativos previstos, como o referendo revogatório. Repudiamos os atos de violência ocorridos nos últimos dias e manifestamos nossa completa solidariedade aos familiares das vítimas. Repudiamos também a campanha nas redes sociais e a cobertura parcial e tendenciosa dos meios de comunicação que distorcem a realidade venezuelana para satanizar o governo do Presidente Nicolás Maduro. Repudiamos qualquer forma de ingerência por parte do governo dos Estados Unidos ou de qualquer outro país nos assuntos internos da Venezuela. Clamamos o governo brasileiro a se solidarizar com o governo do Presidente Nicolás Maduro ante os recentes embates e ao povo brasileiro para que não se deixe manipular pela campanha midiática de difamação contra o Governo Bolivariano da Venezuela. Manifestamos novamente nossa total solidariedade ao Governo Bolivariano, que nos últimos 15 anos, e apesar de repetidas tentativas de desestabilização, alcançou sucessos substanciais em melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos, como a erradicação do analfabetismo, a ampliação do cuidado médico e de ingresso nas universidades, a diminuição da pobreza, a democratização das comunicações e, sobretudo, a ampliação dos direitos de participação política de todos os setores da população. Fazemos um chamado à oposição venezuelana que se mantenha no caminho constitucional e se afaste dos grupos violentos que põem em risco o futuro da democracia venezuelana para todos. Um golpe de Estado na Venezuela seria um retrocesso na consolidação democrática que viemos construindo em toda a região. Não ao golpismo! Viva o Povo Venezuelano! Brasília, 21 de fevereiro de 2014. Subscrevem:

  • União Nacional dos Estudantes (UNE) 
  • Central Única dos Trabalhadores (CUT) 
  • Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) 
  • Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB) 
  • Consulta Popular Levante Popular da Juventude Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) 
  • Movimento dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Campo (MTC) 
  • Via Campesina – Brasil 
  • Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF) 
  • Juventude Revolução Núcleo de Estudos Cubanos da Universidade de Brasília (Nescuba) 
  • Juventude Libertária Anticapitalista Marcha Mundial das Mulheres – Distrito Federal 
  • Esquerda Popular Socialista do Partido dos Trabalhadores (EPS/PT) 
  • Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) 
  • Associação dos Engenheiros Agrônomos do Distrito Federal 
  • Central de Movimentos Populares do Distrito Federal 
  • Associação Médica Nacional Dra. Maíra Fachioni 
  • Comitê de Defensa da Revolução Cubana Internacionalista 
  • Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) 
  • Movimento Democracia Direta (MDD) 
  • Comitê Brasil está com Chávez 




A UNE, que tem apoiado e participado efusivamente dos protestos promovidos no Brasil desde meados do ano passado – e que não raro respaldou a violência perpetrada por Black Blocs –, não hesitou em dar o seu apoio a um governo que vem, nas últimas semanas, sequestrando, torturando e assassinando estudantes que protestam de maneira pacífica. Um grupo de pesquisa oficial da Universidade de Brasília, o Núcleo de Estudos Cubanos (do qual já falamos aqui no blog há tempos), também não pensou duas vezes em garantir seu apoio a um governo que tem trucidado impiedosamente a população que deveria proteger. Até mesmo o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal arrogou-se o direito de apoiar um governo que tem sistematicamente ameaçado com demissão e prisão seus servidores públicos que se negarem a participar de manifestações públicas a favor do governo, como aconteceu recentemente aos funcionários da PDVSA. A essas “organizações políticas, movimentos sociais e sindicatos de trabalhadores” que tão diligentemente apoiam o regime criminoso de Nicolás Maduro, quero lembrar que o sangue de Jimmy Vargas, Génesis Carmona e Jhony Carvallo estão em suas mãos.\


Génesis Carmona, Miss Turismo Carabobo 2013, 22 anos,
assassinada por milicianos tupamaros pró-Maduro.

Jimmy Vargas, estudante assassinado pela Guarda Bolivariana Nacional,
sendo velado por sua mãe, Cármen González.

Jhony Carvallo, 41 anos, executado em Cagua, estado de Aragua,
por forças leais a Nicolás Maduro.



Fonte: Midia Sem Máscara

quarta-feira, fevereiro 26, 2014

O problema de existir um PSOL.





por Flávio Quintela para o Mídia Sem Máscara



Eu tenho medo do PSOL. Dizem que a gente não pode ter medo das coisas, mas a verdade é que o medo preserva nossa integridade, quando ele é fundamentado. É por causa do medo que não estendemos a mão para acariciar uma cobra venenosa, não andamos no parapeito do trigésimo andar de um prédio e nem comemos maionese vencida há três meses. Enquanto o medo infundado geralmente paralisa a pessoa, o medo racional nos faz viver mais, adia a morte por quanto for possível. O medo que eu tenho do PSOL é fundamentado, é racional, é real: estamos diante de um partido que persegue os piores objetivos, cujo propósito principal é transformar o Brasil numa ditadura comunista.

Fundado em 15 de setembro de 2005, o PSOL é um partido que encontra sua primeira auto-contradição em seu próprio nome: Partido Socialismo e Liberdade. Qualquer pessoa que tenha vivido em regimes socialistas sabe, por experiência própria, que não existe liberdade dentro do socialismo. Tanto é que todos os países que vivem hoje num regime socialista impedem seus cidadãos de migrarem para outros lugares. É assim na Coreia do Norte e em Cuba, como foi no passado na União Soviética e na Alemanha Oriental. A afirmação é antiga e bem conhecida, mas não custa dizer novamente: os cubanos se lançam ao mar em jangadas improvisadas para fugir de seu país em direção à Flórida, mas não há notícia de que o contrário aconteça – ninguém quer voltar para o inferno socialista, onde tudo é controlado pelo Estado.



Mas divaguei demais. Voltemos ao PSOL. Se você, como eu, não gosta do PT, e acha que esse partido tem trabalhado ativamente para transformar nosso Brasil em uma república comunista bolivariana, respire fundo e leia o que o PSOL acha do PT (trecho retirado diretamente do site do partido).


A vitória de Luis Inácio Lula da Silva foi uma rejeição do modelo neoliberal lançado no governo Collor, mas consolidado organicamente nos dois mandatos de FHC. Seus 52 milhões de votos eram a base consistente para uma nova trajetória governamental.
Seu governo, no entanto, foi a negação dessa expectativa. Depois de quatro disputas, Lula entregou-se aos antigos adversários, e voltou as costas às suas combativas bases sociais históricas. Transformou-se num agente na defesa dos interesses do grande capital financeiro. Na esteira dessa guinada ideológica do governo, o Partido dos Trabalhadores foi transformado em correia de transmissão das decisões da Esplanada dos ministérios.

É isso mesmo: para o PSOL o PT é um partido praticamente de direita. Percebe alguma semelhança com a relação PT-PSDB? Lembremos que nas eleições em que Collor foi eleito presidente PT e PSDB estavam em aliança no segundo turno. Hoje são partidos arqui-inimigos, e não existe petista no mundo que não tache o PSDB de direitista. O PSDB deixou de ser esquerda? Não, jamais. O que aconteceu no Brasil foi um deslocamento do espectro político para a esquerda, de forma que o partido “menos esquerdista” acabou chamado de direita, o “mais ou menos esquerdista” de centro e o restante de esquerda propriamente dita. O PSOL quer deslocar esse espectro ainda mais, num movimento que busca a extinção das forças políticas conservadoras.


É claro que o pior ainda estava por vir. Escolhi 10 dos 21 pontos do programa de ação do partido, que em 2014 terá como candidato próprio à presidência o senador pelo Amapá, Randolfe Rodrigues, para exemplificar o tipo de insanidade a que estaremos sujeitos no caso desses lunáticos chegarem um dia ao poder:


.em outras palavras, vagabundagem. Trabalhar menos e ganhar o mesmo;Redução imediata da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução dos salários -

.Reposição mensal da inflação - a brilhante ideia de trazer de volta a indexação que tanto ferrou conosco em períodos passados recentes;

.Reforma agrária, essa luta é nossa. Apoio ao MST, MTL, CPT e todas as lutas pelas reivindicações camponesas. Prisão para os latifundiários que armam suas milícias contra o povo - apoio aos bandidos do MST e prisão para os responsáveis pela riqueza brasileira, os empresários do agronegócio. Realmente, uma ótima ideia…
;
.Por uma ampla reforma urbana. Moradia digna com condições dignas para todos - não basta permitir e incentivar a invasão de terras, querem também ferrar com o território urbano. Que tal incluir uma guerra civil como vigésimo-segundo ponto?

.Ruptura com o FMI. Não ao pagamento da dívida externa. Não a ALCA. Auditoria da dívida externa e da dívida interna. Desmontagem e anulação da dívida interna com os bancos. Controle de câmbio e de capitais. .Por um plano econômico alternativo - acho que esse pessoal fumou ou se picou antes de escrever isso. ALCA? FMI? Só faltou incluir o Saci e o Curumim neste ponto;

.Abaixo as reformas reacionárias e neoliberais. Por reformas populares - quem é da direita, como eu, já viu que não tem futuro em um governo do PSOL. Reacionário vai queimar no inferno psolense;

.Confisco dos bens e prisão dos corruptos e sonegadores - outra ideia de gênio, confiscar bens!

.Democratização dos meios de comunicação - ninguém mais cai nessa. O que isso quer dizer é censura esupressão da liberdade de expressão
;
.Em defesa das minorias nacionais - a velha tática esquerdista de dividir para conquistar, jogando as tais minorias umas contra as outras
;
.Pela livre expressão sexual - sinônimo de putaria institucionalizada.


E para terminar, uma listinha breve de políticos dessa aberração partidária:

-Randolfe Rodrigues – senador pelo Amapá, ex-petista, foi o responsável pela rejeição, na Comissão de Constituição e Justiça, de proposta de redução de maioridade penal;


-Ivan Valente – deputado federal por São Paulo, ex-petista, me faz ter vergonha de ser engenheiro;

-Chico Alencar – deputado federal pelo Rio de Janeiro, ex-petista, representante da esquerda católica, ligado à Teologia da Libertação;

-Jean Wyllys – deputado federal pelo Rio de Janeiro, ex-petista, ex-BBB, detentor da vergonhosa marca de 13.016 votos, insuficientes até mesmo para eleger um vereador numa cidade pequena;

-Marcelo Freixo – deputado estadual no Rio de Janeiro, em alta no momento pela suposta ligação com os grupos de black blocs que assassinaram o cinegrafista Santiago, da Band.

Não se engane: muitos, quando veem um partido como o PSOL, acham que estão lidando com radicais de esquerda sem nenhuma chance de ascensão ao poder. Isso é um engano! A mídia brasileira vem tratando o PSOL como um partido ético, vem protegendo seus políticos, exaltando seus feitos, e insinuando que é uma alternativa viável de poder para o Brasil. Assim como o PT já foi romantizado como um partido ético e virtuoso, assim está acontecendo com o PSOL. Não é hora de divisões no front direito da batalha – o inimigo da liberdade está se apresentando em diversas formas, angariando votos dos incautos e conquistando posições importantes no cenário político. Precisamos reagir, e logo.

terça-feira, fevereiro 25, 2014

A Direita segundo Claudio Paiva.

por Rodrigo Constantino 

A questão que fica martelando em minha cabeça é: trata-se apenas de profunda ignorância ou má-fé mesmo? 

Porque não creio que exista uma terceira alternativa. O cartunista não sabe que o nazismo, ou nacional-socialismo, sempre flertou com métodos esquerdistas, que seu programa lançado pelo Partido dos Trabalhadores tinha diversos itens semelhantes ao coletivismo de esquerda e eram anticapitalistas, e que o nazismo sempre foi antiliberal? 

Para Paiva, eis a imagem da direita: um brutamontes homofóbico, um cristão (fazendo o que no meio dessa gente?), um membro da Ku Klux Klan e Hitler. 

Margaret Thatcher como ícone da direita? Nem pensar! Ronald Reagan como símbolo da direita? De jeito nenhum! Há que se vender uma ideia totalmente distorcida do que seja a direita. Notem que no mesmo dia em que saiu a charge de Claudio Paiva, tivemos a notícia de que Robert Mugabe, ao celebrar seus 90 anos, disse que gays não têm vez em seu Zimbábue. Detalhe que passou despercebido: Mugabe é… socialista! 

A esquerda é assim mesmo: mente como método político. Acusa os outros daquilo que é ou faz. Aprendeu com o guru da turma, o ditador assassino Vladimir Lênin. 

Precisa ridicularizar e demonizar a direita liberal ou conservadora, pois não tem capacidade de enfrentá-la no campo das ideias, nos debates calcados em argumentos e no currículo histórico. Por isso tenta, de forma pérfida, associá-la a esse bando de fanáticos nazistas ou da KKK, como se isso fosse a direita. Entendo, ainda que não aprove. Deve ser terrível para um típico esquerdista a simples ideia de ter que debater seriamente com algum ícone legítimo da direita. Deve ser o suficiente para lhe causar pesadelos terríveis. Mais fácil pintar a direita como uma reunião de malucos, não é mesmo? 



Na revista O GLOBO de domingo, Claudio Paiva sapecou em uma página inteira a seguinte charge:

Fonte: Veja

Redução da Maioridade Penal.





Primeiramente, convenhamos que reduzir a maioridade penal para 16 anos é uma brincadeira; já que todos os dias vemos no noticiário bandidos (o ECA quer que digamos infrator) a partir dos 10 anos e chefes de quadrilha com 14 anos; portanto de nada adiantaria a aprovação dessa PEC.

O que os esquerdopatas ou a esquerda caviar não entenderam(ou melhor entendem mas se fazem de idiotas) é que a cadeia não foi feita para recuperar ninguém; cadeia é a restrição da liberdade que alguém jogou no lixo quando enveredou pelo crime. Cadeia é CASTIGO e castigo para ser cumprido INTEGRALMENTE, sem regalias, sem saidinhas, sem indultos, sem diminuição de pena sem controle. 


Senado rejeita reduzir maioridade penal de 18 para 16 anos

Proposta prevê a redução em casos específicos, como crimes inafiançáveis ou reincidência
de FolhaPress de 19/02/2014

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) rejeitou nesta quarta-feira (19) a proposta que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em crimes hediondos e casos específicos, como os crimes inafiançáveis, tortura, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. 

A comissão analisou conjuntamente sete PECs (propostas de emenda à Constituição) que tratavam da redução da maioridade penal. O relator, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), recomendou a rejeição de seis delas e a aprovação de apenas uma de autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que reduzia a maioridade para 16 anos nos crimes hediondos e casos específicos. 




Como a comissão rejeitou o relatório de Ferraço, Nunes disse que vai recorrer da decisão da comissão para levar a discussão ao plenário da Casa. Ele precisa do apoio de um décimo dos senadores (9 no total) para evitar que a proposta seja definitivamente arquivada. Oito membros da comissão votaram a favor da PEC e 11 contrários, o que derrubou a matéria na comissão. 

No plenário, Nunes disse acreditar que a matéria tenha apoio da maioria dos senadores. “Muitos manifestaram o desejo de continuar discutindo a matéria, a votação foi muito apertada. Vamos ao plenário com a discussão contrária da comissão”, afirmou. 

O PT votou unido contra a PEC de Aloysio Nunes, mantendo a posição do governo federal contrária à redução da maioridade penal. “A gente teria que discutir no âmbito do ECA a forma como poderíamos fazer gradações diferentes e responsabilizações dessa redução penal. Proponho suspender a discussão para debatermos no âmbito do ECA”, disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil. 

O PMDB, principal aliado do governo, votou a favor da proposta de Aloysio Nunes e promete repetir a postura se a discussão chegar ao plenário da Casa. “Você tem que dar respostas à sociedade nessa onda de violência. Não dá para se fechar a tudo isso”, afirmou o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Presidente da CCJ, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) disse que a comissão agiu de forma “democrática”, mas que o Senado não pode se furtar ao debate do tema. 

A PEC de Aloysio Nunes prevê a redução para 16 anos em casos específicos, como crimes inafiançáveis (tortura, terrorismo, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e crimes hediondos) ou reincidência, desde que haja parecer do promotor da infância e autorização da Justiça. 

Há, contudo, sugestões mais radicais que foram rejeitadas no relatório de Ferraço, como a que considera penalmente imputáveis os maiores de 13 anos em caso de crimes hediondos; ou proposta que, além reduzir a maioridade para 16 anos, torna o voto obrigatório para a mesma idade. A mais antiga delas tramita desde 1999 no Senado, que pela primeira vez analisou o tema nessa legislatura.

No entanto, o governo federal e o PT são radicalmente contrários a qualquer mudança na lei. Hoje, um adolescente que comete crime pode ficar internado por, no máximo, três anos e até os 21 anos. O crime não fica registrado nos antecedentes do jovem. No ano passado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), encaminhou ao Congresso projeto para elevar de três.



Votaram contra a redução da maioridade penal para os 16 anos:

Angela Portela (PT-RR)
Aníbal Diniz (PT-AC)
Antônio Carlos Valadares (PSB-PE)
Eduardo Braga (PMDB-AM)
Eduardo Suplicy (PT-SP)
Gleisi Hofmann (PT-PR)
Inácio Arruda (PCdoB-CE)
José Pimentel (PT-CE)
Lúcia Vânia (PSDB-GO)
Randolfe Rodrigues (Psol-AP) – autor do voto em separado que derrubou o relatório oficial
Roberto Requião (PMDB-PR)

Votaram a favor da redução da maioridade:

Aloysio Nunes (PSDB-SP) – autor da PEC rejeitada
Armando Monteiro (PTB-PE)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cyro Miranda (PSDB-GO)
Magno Malta (PR-ES)
Pedro Taques (PDT-MT)
Ricardo Ferraço (PMDB-ES) – relator da PEC rejeitada (não estava presente, mas seu voto foi computado)
Romero Jucá (PMDB-RR)


Tabela comparativa em diferentes Países:
Idade de Responsabilidade Penal Juvenil e de Adultos

PaísesResponsabilidade Penal JuvenilResponsabilidade Penal de AdultosObservações
Alemanha1418/21De 18 a 21 anos o sistema alemão admite o que se convencionou chamar de sistema de jovens adultos, no qual mesmo após os 18 anos, a depender do estudo do discernimento podem ser aplicadas as regras do Sistema de justiça juvenil. Após os 21 anos a competência é exclusiva da jurisdição penal tradicional.
Argentina1618O Sistema Argentino é Tutelar.
A Lei N° 23.849 e o Art. 75 da Constitución de la Nación Argentina determinam que, a partir dos 16 anos, adolescentes podem ser privados de sua liberdade se cometem delitos e podem ser internados em alcaidías ou penitenciárias.***
Argélia1318Dos 13 aos 16 anos, o adolescente está sujeito a uma sanção educativa e como exceção a uma pena atenuada a depender de uma análise psicossocial. Dos 16 aos 18, há uma responsabilidade especial atenuada.
Áustria1419O Sistema Austríaco prevê até os 19 anos a aplicação da Lei de Justiça Juvenil (JGG). Dos 19 aos 21 anos as penas são atenuadas.
Bélgica16/1816/18O Sistema Belga é tutelar e portanto não admite responsabilidade abaixo dos 18 anos. Porém, a partir dos 16 anos admite-se a revisão da presunção de irresponsabilidade para alguns tipos de delitos, por exemplo os delitos de trânsito, quando o adolescente poderá ser submetido a um regime de penas.
Bolívia1216/18/21O artigo 2° da lei 2026 de 1999 prevê que a responsabilidade de adolescentes incidirá entre os 12 e os 18 anos. Entretanto outro artigo (222) estabelece que a responsabilidade se aplicará a pessoas entre os 12 e 16 anos. Sendo que na faixa etária de 16 a 21 anos serão também aplicadas as normas da legislação.
Brasil1218O Art. 104 do Estatuto da Criança e do Adolescente determina que são penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às medidas socioeducativas previstas na Lei.***
Bulgária1418-
Canadá1214/18A legislação canadense (Youth Criminal Justice Act/2002) admite que a partir dos 14 anos, nos casos de delitos de extrema gravidade, o adolescente seja julgado pela Justiça comum e venha a receber sanções previstas no Código Criminal, porém estabelece que nenhuma sanção aplicada a um adolescente poderá ser mais severa do que aquela aplicada a um adulto pela prática do mesmo crime.
Colômbia1418A nova lei colombiana 1098 de 2006, regula um sistema de responsabilidade penal de adolescentes a partir dos 14 anos, no entanto a privação de liberdade somente é admitida aos maiores de 16 anos, exceto nos casos de homicídio doloso, seqüestro e extorsão.
Chile14/1618A Lei de Responsabilidade Penal de Adolescentes chilena define um sistema de responsabilidade dos 14 aos 18 anos, sendo que em geral os adolescentes somente são responsáveis a partir dos 16 anos. No caso de um adolescente de 14 anos autor de infração penal a responsabilidade será dos Tribunais de Família.
China14/1618A Lei chinesa admite a responsabilidade de adolescentes de 14 anos nos casos de crimes violentos como homicídios, lesões graves intencionais, estupro, roubo, tráfico de drogas, incêndio, explosão, envenenamento, etc. Nos crimes cometidos sem violências, a responsabilidade somente se dará aos 16 anos.
Costa Rica1218-
Croácia14/1618No regime croata, o adolescente entre 14 e dezesseis anos é considerado Junior minor, não podendo ser submetido a medidas institucionais/correcionais. Estas somente são impostas na faixa de 16 a 18 anos, quando os adolescentes já são considerados Senior Minor.
Dinamarca1515/18-
El Salvador1218-
Escócia8/1616/21Também se adota, como na Alemanha, o sistema de jovens adultos. Até os 21 anos de idade podem ser aplicadas as regras da justiça juvenil.
Eslováquia1518
Eslovênia1418
Espanha1218/21A Espanha também adota um Sistema de Jovens Adultos com a aplicação da Lei Orgânica 5/2000 para a faixa dos 18 aos 21 anos.
Estados Unidos10*12/16Na maioria dos Estados do país, adolescentes com mais de 12 anos podem ser submetidos aos mesmos procedimentos dos adultos, inclusive com a imposição de pena de morte ou prisão perpétua. O país não ratificou a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.
Estônia1317Sistema de Jovens Adultos até os 20 anos de idade.
Equador1218-
Finlândia1518-
França1318Os adolescentes entre 13 e 18 anos gozam de uma presunção relativa de irresponsabilidade penal. Quando demonstrado o discernimento e fixada a pena, nesta faixa de idade (Jeune) haverá uma diminuição obrigatória. Na faixa de idade seguinte (16 a 18) a diminuição fica a critério do juiz.
Grécia1318/21Sistema de jovens adultos dos 18 aos 21 anos, nos mesmos moldes alemães.
Guatemala1318-
Holanda1218-
Honduras1318-
Hungria1418-
Inglaterra e Países de Gales10/15*18/21Embora a idade de início da responsabilidade penal na Inglaterra esteja fixada aos 10 anos, a privação de liberdade somente é admitida após os 15 anos de idade. Isto porque entre 10 e 14 anos existe a categoria Child, e de 14 a 18 Young Person, para a qual há a presunção de plena capacidade e a imposição de penas em quantidade diferenciada das penas aplicadas aos adultos. De 18 a 21 anos, há também atenuação das penas aplicadas.
Irlanda1218A idade de inicio da responsabilidade está fixada aos 12 anos porém a privação de liberdade somente é aplicada a partir dos 15 anos.
Itália1418/21Sistema de Jovens Adultos até 21 anos.
Japão1421A Lei Juvenil Japonesa embora possua uma definição delinqüência juvenil mais ampla que a maioria dos países, fixa a maioridade penal aos 21 anos.
Lituânia1418-
México11**18A idade de inicio da responsabilidade juvenil mexicana é em sua maioria aos 11 anos, porém os estados do país possuem legislações próprias, e o sistema ainda é tutelar.
Nicarágua1318-
Noruega1518-
Países Baixos1218/21Sistema de Jovens Adultos até 21 anos.
Panamá1418-
Paraguai1418A Lei 2.169 define como "adolescente" o indivíduo entre 14 e 17 anos. O Código de La Niñez afirma que os adolescentes são penalmente responsáveis, de acordo com as normas de seu Livro V.***
Peru1218-
Polônia1317/18Sistema de Jovens Adultos até 18 anos.
Portugal1216/21Sistema de Jovens Adultos até 21 anos.
República Dominicana1318-
República Checa1518-
Romênia16/1816/18/21Sistema de Jovens Adultos.
Rússia14*/1614/16A responsabilidade fixada aos 14 anos somente incide na pratica de delitos graves, para os demais delitos, a idade de inicio é aos 16 anos.
Suécia1515/18Sistema de Jovens Adultos até 18 anos.
Suíça7/1515/18Sistema de Jovens Adultos até 18 anos.
Turquia1115Sistema de Jovens Adultos até os 20 anos de idade.
Uruguai1318-
Venezuela12/1418A Lei 5266/98 incide sobre adolescentes de 12 a 18 anos, porém estabelece diferenciações quanto às sanções aplicáveis para as faixas de 12 a 14 e de 14 a 18 anos. Para a primeira, as medidas privativas de liberdade não poderão exceder 2 anos, e para a segunda não será superior a 5 anos.
* Somente para delitos graves.
** Legislações diferenciadas em cada estado.
*** Complemento adicional.

domingo, fevereiro 23, 2014

Jovens Judeus de Esquerda?.








Uma camiseta de Lobão para Mercelo Freixo. E uma resposta desmoralizante para os que se dizem “jovens judeus de esquerda” do PSOL
por Reinaldo Azevedo

O cantor e compositor Lobão, também colunista da VEJA, é autor de uma frase-emblema destes dias, que define com precisão alguns líderes de esquerda, que virou camiseta: “PEIDEI, mas não fui eu”. Vou pedir ao meu amigo que envie uma a Marcelo Freixo, deputado estadual do Rio (PSOL) e queridinho de alguns artistas do miolo mole, que confundem seus trinados com pensamento político.


Publiquei aqui um vídeo em que o tal ex-deputado federal Babá aparece numa algazarra promovida pelo PSOL queimando a bandeira de Israel. Quem queima a bandeira de uma pais — muito especialmente quando não é um nativo do lugar —, não está apenas discordando, de modo episódico, das escolhas do governo de turno. O seu ódio se dirige a uma nação, a um povo. É por isso que os extremistas do Irã queimavam bandeiras americanas quando o presidente era George W. Bush e seguem queimando bandeiras com Barack Obama. Eles não estão contra esse líder ou aquele, mas contra os EUA. Quando alguém queima a bandeira de Israel, está, na pratica, pedindo o fim do país.



No mesmo vídeo, aparece Marcelo Freixo pedindo votos para Babá; recomenda que os eleitores o escolham como vereador. Ou seja: Freixo pede votos para um sujeito que, na prática, pede o fim do estado de Israel.




Na página de Freixo no Facebook, há um manifesto atribuído “a jovens judeus de esquerda” — parece ser, assim, um núcleo de jovens judeus do PSOL. O argumento mais forte que apresentam é este: a queima da bandeira e o apoio de Freixo ocorrem em eventos distintos.

DIGAMOS QUE SEJA MESMO VERDADE. E DAÍ? PARA MIM, NÃO MUDA ABSOLUTAMENTE NADA! FREIXO PEDIU VOTOS PARA UM SUJEITO QUE QUEIMA A BANDEIRA DE ISRAEL. E vamos ver como o PSOL costuma tratar o país.




Reproduzo abaixo, em vermelho, o texto atribuído aos tais “jovens judeus”.Os números e destaques que aparecem no manifesto são de minha lavra e servem para orientar a minha resposta.




1: Juventude Judaica tem ligação com Freixo

2: Mais uma vez a Veja ataca. E o faz de maneira vergonhosa. Reinaldo de Azevedo acusa sem nenhuma prova o Deputado Marcelo Freixo, do PSOL, de 

3: participar de atos contra as posturas praticadas pelo estado de Israel e corroborar com a atitude da queima da bandeira deste país.

Em primeiro lugar, 

4: o deputado não esteve presente aos atos que a Veja destaca e “muito menos aparece para meter as digitais”. 

5: Isso é feito com uma compilação de dois vídeos diferentes com intenção de incriminar Marcelo Freixo.

Durante a campanha eleitoral para prefeito, em 2012, 
6: esse vídeo veio a tona e o então candidato Marcelo Freixo fez questão de negar que participava dos atos e discordar publicamente da atitude do militante Babá. 
7: E fez isso diversas vezes, sendo uma delas diante de 200 jovens judeus de esquerda que estavam felizes por ouvir alguém com capacidade para governar o Rio de Janeiro. Vários desses jovens não só deram seu voto ao deputado, como também foram as ruas fazer campanha.

Aos que imaginam que isso era estratégia eleitoral, Marcelo Freixo voltou a estar presente outras vezes com esses jovens judeus fora da campanha, estando presente em exposição sobre a vida do ex-primeiro ministro Itzhak Rabin, e 
8: debatendo depois as semelhanças entre as ocupações das favelas pela polícia e a ocupação da Palestina por Israel. Isso mostra que o deputado sempre se mostrou disposto a debater a questão. De antissemita, Marcelo Freixo não tem nada.
9: Muitos de nós, judeus, temos muito orgulho de ter essa ligação com Marcelo Freixo. Continuamos apoiando-o em sua luta a favor dos direitos humanos, contra uma cidade entregue aos negócios e contra os ataques sofridos por ele pela grande mídia, 
10: como a Rede Globo e esta reportagem vergonhosa da Veja, assinada por Reinaldo de Azevedo.

Quanto a acusação infundada de antissemitismo no PSOL, mais uma vez esta não se faz verdadeira. 
11: Há uma discordância por parte das práticas do estado de Israel, com alguns em maior grau e outros em um grau menor. Assim como vários judeus fazem este debate de maneira profunda e também discordam destas práticas. 
12: Vale ainda dizer que alguns membros desta juventude judaica são filiados e militantes do PSOL e não sofrem qualquer preconceito ou perseguição interna. Diante disso, pode-se dizer que o 
13: PSOL tem tanto de antissemitismo quanto a Veja tem de transparência e qualidade.
Jovens Judeus de Esquerda



A resposta de Reinaldo Azevedo

1: “Juventude Judaica tem ligações com Freixo” uma pinoia! Alguns judeus jovens podem ter, mas não “a” juventude judaica.

2: “VEJA ataca uma ova!” Eu escrevi, não a VEJA. As minhas opiniões são as minhas opiniões, não as da revista. Até porque escrevo também na Folha e faço comentários na Jovem Pan. Se eu escrevesse o que pensa cada veículo, daria em cada um deles, uma opinião diferente sobre o mesmo assunto. Vão se instruir!

3: O ato de que participou Babá não era contra “posturas praticadas pelo estado de Israel” (aliás, “praticar posturas” é índice de analfabetismo…). Era contra Israel inteiro. Não mintam!

4: Freixo não esteve presente? E daí? Muda o quê? Pedir voto a um delinquente moral que queima a bandeira de Israel e estar presente ao ato, para mim, são a mesma coisa.

5: A “compilação dos dois vídeos” relata apenas o que aconteceu. Dois fatos estão ali:
a: Babá queimou a bandeira de Israel: fato!
b? Freixo pediu votos para Babá: fato!

6: Ele discordou de Babá? Só de Babá. Então leiam o item abaixo intitulado “Recado os supostos jovens judeus de esquerda do PSOL”

7: Ah, ficaram “felizes”, é? Acabo com essa “felicidade” indecorosa daqui a pouco — isso na hipótese de que esses jovens judeus psolentos de fato existam.

8: COMO??? Freixo, então, comparou a questão israelo-palestina à “ocupação das favelas”? É isso mesmo??? A delinquência intelectual assumiu essa proporção? E os sedizentes “jovens judeus” acharam isso bom???

9: É mesmo? Há “jovens judeus” que se orgulham da ligação com Freixo? Lamento duplamente: porque são jovens; porque são judeus (já falo mais a respeito).

10: Não é reportagem nem é da VEJA. É um post do Reinaldo Azevedo.

11: Sei: quando discordam, queimam a bandeira do país. Mas esperem mais um pouquinho…

12: Eu entendi errado, ou esses que se dizem “jovens judeus” estão se mostrando gratos por não serem discriminados? Não envergonhem a história de seus pais, de seus avôs, de seus bisavós, de seus ancestrais.

13: Isso, então, é reconhecimento da qualidade da VEJA.

Recado os supostos jovens judeus de esquerda do PSOL
O propósito de organizar uma “manifesto de jovens judeus” contra mim é um só: “Já que a gente é judeu (na hipótese de que esse grupo exista), e Reinaldo não é, então temos mais legitimidade para fazer do que ele para tratar da questão.

Nem a pau! A questão judaica, o antissemitismo, a existência de Israel, o Holocausto, todos esses temas são importantes demais para que sejam tratados apenas pelos judeus: SÃO TEMAS QUE DIZEM RESPEITO À HUMANIDADE. Se eles são assuntos judaicos o bastante para que Israel tenha o direito de se defender sem pedir autorização a ninguém — como qualquer país —, são também universais o bastante para que não-judeus, COMO ESTE CATÓLICO, reajam diante da indignidade.

Ah, então, vocês são judeus, e eu não? Não dou a mínima! Já recebi, digamos assim, o título de “judeu honorário” das comunidades de São Paulo e Rio — e não creio que seria diferente com outras, de outros estados — e, lamento por vocês, sinto-me mais preparado para defender a causa de Israel do que vocês. Façam o seguinte: conclamem a comunidade judaica a lotar, sei lá, o Morumbi e o Maracanã: aí apareçam lá com as teses do PSOL, e eu compareço com as minhas. Se a questão é saber com quem estão os judeus, eu topo o confronto. Comigo, não, violão! Eu não me intimido com esses faniquitos e correntes na Internet. E sou quem sou porque não me intimido.

Há um “núcleo de jovens judeus no PSOL”? Então concordam com esta mensagem, estampada na página do partido — e não recorram à canalhice de dar sumiço nela porque fotografei a imagem, com URL e tudo. Leiam (em vermelho). Segue-se a imagem. 




Defendem a “Palestina Livre” e coisa e tal. Dá pano para manga, mas não entro nisso agora. O que realmente é estupefaciente é pedir que o Brasil rompa relações diplomáticas com a única democracia do Oriente Médio e com o único país em que árabes podem experimentar um regime democrático. O PSOL nunca pediu que o Brasil rompesse relações com a Síria, por exemplo. Ou com o Irã. E, neste momento, está empenhado em defender o governo Chávez, sabidamente antissemita. Vão se catar! Vão se instruir! Vão se informar! E parem de falar em nome dos judeus.

Será que a mensagem acima é uma exceção? Leiam esta outra maravilha (em vermelho), extraída da página do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), um dos líderes mais mais importantes do partido (dentro de sua barulhenta e violenta desimportância). Segue-se também a imagem.




Como se vê, o preclaro começa lamentando a criação do Estado de Israel. Ele acha que foi um infortúnio ter sido um brasileiro a presidir aquela sessão histórica da ONU. E também ele pede que o Brasil rompa relações comerciais com a única democracia do Oriente Médio.

O tal manifesto dos “jovens judeus de esquerda” vem assinado por “Maurício Goldberg Neto” — que, como se vê, tem avô, que teve avô antes dele etc. Você é Goldberg, rapaz, e eu sou Azevedo, mas não o considero mais habilitado do que eu para tratar da questão israelo-palestina.

Freixo pediu votos para um delinquente político que queima a bandeira de um país. Isso é apenas um fato. O PSOL, como partido, é hostil a Israel. Uma de suas mais importantes lideranças publica um texto lamentando a criação do estado judaico.

Existe “jovens judeus de esquerda” que se identificam com o PSOL??? É uma escolha. Até porque, moçada, quem disse que, por mecanismos muito complexos, que lidam com a ideia de uma culpa que não há (mas fazem o quê?), não possam existir judeus antissemitas? Existem! E, em certa medida, são os mais perversos porque, afinal de contas, usam a sua condição para tentar provar que sua visão de mundo é correta e isenta.

Pra cima de mim, não! Já vivi o bastante para cair nesse truque. E os judeus que conhecem a historia também.

Se ainda não entenderam, posso exibir fotografias e lhes refrescar a memória. Tenham um pouco mais de compostura histórica, se lhes falta a compostura moral.

Está respondido, “jovens judeus de esquerda”?