por Herman Glanz –
No dia 30 de agosto passado completaram-se 70 anos desde quando o Brasil entrou na Guerra contra o socialismo-nacionalista ou simplesmente contra o nazismo.
Ninguém lembrou, embora representou um momento de mudança na política e na vida do país. Setenta anos depois ainda temos que nos preocupar e tomar atitudes contra o império do mal, que hoje está até maior do que naqueles tempos sombrios. Continua o apaziguamento e o antissemitismo travestido em antissionismo, anti-governo de Israel, removendo o direito de Israel existir, mas apoiando o direito do nacionalismo de outros.
E o dia de hoje, 2 de setembro, marca os 67 anos da rendição do Japão na Segunda Guerra. O Dia da Vitória, comemorado em 8 de maio, marcou a rendição da Alemanha. O Japão só se rendeu depois de suportar as duas bombas atômicas. Não houve notícias na mídia. Pelo dia 01/09 saudamos os 66 anos da Hora Israelita de Porto Alegre.
O jornalista italiano, não-judeu, Giulio Meotti publicou, ontem, artigo intitulado “Reconheço o Perigo”. Diz no artigo:
“-Quando judeus usando a ‘quipá’ juntamente com não-judeus marcham na Suécia para demonstrar não estarem intimidados, eu reconheço o perigo.
-Quando o antissemitismo voltou a ser a moeda mais comum da política na Europa, eu reconheço o perigo.
-Quando o Rabino-Chefe de Lion recebe ameaças de morte com fotos ameaçadoras, eu reconheço o perigo.
-Quando um rabino e sua filinha são atacados no meio da rua em Berlim, eu reconheço o perigo . (nota nossa – aconteceu nesta semana que passou e houve uma passeata, em Berlim, de judeus e não-judeus, todos usando a quipá).
-Quando guardas patrulham as ruas de Roma, nas proximidades de uma escola judaica, usando detectores de metal e procurando explosivos, eu reconheço o perigo.
-Quando eu, um não-judeu, recebo cartas dizendo: ”seu inseto comedor de fezes, voando em torno dos bostas dos sionistas, como lhe é natural” e quando meu nome aparece na lista da ‘mafia ebraica’ (em italiano NT), eu reconheço o perigo.
-Quando Bruxelas debate a criminalização da ‘islamofobia’, tal qual fazia a União Soviética contra o ‘desviacionismo’, eu reconheço o perigo.
-Quando a circuncisão é perseguida na Alemanha, como durante a Shoá, quando esse ritual judaico poderia conduzir à pena de morte, eu reconheço o perigo.
-Quando representantes do Hizbollah falam na Sorbonne, eu reconheço o perigo. (…)”
Também aqui, na cidade do Rio de Janeiro, deve-se reconhecer o perigo quando candidato do PSOL queima bandeira de Israel em praça pública, tachando o Estado de Israel de nazista, fato que nada tem a ver com as eleições, e escrevendo: “somos contra o Estado racista e nazista de Israel e à sua política. Da mesma forma, saudamos com entusiasmo as diversas intifadas palestinas e nos colocamos claramente do seu lado” e escrevendo ainda: “Sobre o Estado de Israel – Toda a história e tradição da esquerda marxista e socialista tem sido de rejeição ao sionismo o que é bem diferente de ser antissemita”.
Diante do ocorrido, instamos os amigos do candidato a Prefeito pelo PSOL, que está em segundo lugar nas pesquisas, especialmente os judeus, a tomarem uma atitude, como aconteceu em Porto Alegre com o PCdoB, e que fizeram o candidato a Prefeito se manifestar, declarando que o tal candidato a vereador é um militante combativo mas errou, deixando claro, entretanto, que se pode ser contra um governo; assim, quis desviar o foco, porque a posição que figura no site do PSOL, com texto do tal candidato militante, é bem clara contra o Estado, conforme citado, e mais ainda, dizendo-se contra o sionismo, negou o direito à autodeterminação judaica, mas apoiando a dos palestinos, concluindo-se tratar-se de antissemitismo e, veja-se mais, apoiando a intifada, numa forma de se continuar a matar judeus, como na triste Shoá. E o texto desse militante foi reafirmado depois do pronunciamento do candidato a Prefeito, esclarecendo que o fazia devido aos protestos da direita sionista contra o PSOL, sem se dar conta de que a esquerda sionista não deixa de ser parte do sionismo, que declara repudiar. Não tem como escapar. Martin Luther King Jr já dizia que, quando alguém diz que é antissionista, quer dizer mesmo que é antissemita. Quem lê os textos do PSOL, fica contra Israel, não distinguindo Estado e governo. Não entende a diferença entre o direito a um nacionalismo e que se nega o mesmo direito aos judeus.
Só parafraseando Castro Alves:
“Existe um grupo, nosso, que a bandeira empresta
Prá encobrir tanta infâmia e covardia,
E deixa-a transformar-se, nessa festa,
Em manto impuro de bacante, e fria!”
Leia também: Brasil teve o maior partido nazista fora da Alemanha
Nenhum comentário:
Postar um comentário