sábado, setembro 22, 2012

Pretexto Fundamental.








por Jose Roitberg (*) 




Para entender o levante salafista islâmico atual contra os Estados Unidos em diversos países árabes é preciso compreender e rever alguns fatos. O primeiro deles é que NÃO é um levante atual, mas parte da Guerra ao Terror iniciada em 11 de setembro de 2001, pelo Terror.

Por quase dois dias, foi gerado um cenário antissemita difícil de desfazer quando o diretor verdadeiro do filme “Inocência do Islã”, Nakoula Basseley Nakoula, 55 anos, cristão copta (ramo cristão egípcio que já foi violentamente atacado pela Irmandade Muçulmana hoje no poder), se declarou “judeu-israelense” com o pseudônimo de Sam Bacile ou Nicola Bacily ou Erwin Salameh E OUTROS, conforme informação do Tribunal Federal da Califórnia. Portanto, o cristão copta é um estelionatário conhecido das autoridades norte-americanas. O auto-proclamado porta-voz do filme é Steven Klein, apresentado como consultor. Ele pretendeu a notoriedade e fama defendendo o bacilo…


A mídia brasileira, vivendo de notas de agências internacionais ainda não sabe exatamente quem é este Klein. Mas uma pesquisa de 2 minutos pelo Google revela tudo.

De cara, qualquer um diria e os muçulmanos e a esquerda estão dizendo: “Olha só como tem judeus envolvidos na blasfêmia”, até porque há uma CERTEZA incutida pelos governos árabes e muçulmanos, e pela propaganda de esquerda internacional, ao longo de mais de 60 anos de propaganda antissemita covarde de que os “Judeus Controlam Hollywood”, logo, um filme contra o islã tem que ser “judeu”. Ainda mais quando um “Klein” declara de forma SAFADA que o filme foi financiado por 500 judeus!!! Isso circulou o mundo rapidamente e NENHUMA mídia irá desmentir. Está amplamente divulgado nas mídias brasileiras. Pelo contrário, as mídias dos governos de esquerda e muçulmanos vão INCENTIVAR esta compreensão.

O nome verdadeiro do segundo crápula antissemita é Steven Anthony Klein. Não é judeu. Com 61 anos ele viveu no Texas e em Utah. Steven Anthony Klein foi fundador, secretário e ensaísta de um grupo chamado “Courageous Christians United” (Cristãos Corajosos Unidos), ativo desde 2007, cuja retórica é atacar os muçulmanos e os mórmons (vertente do candidato republicano Mit Romey). Este Klein também fundou outro grupo, chamado “Concerned Christians for the First Amendment” Cristãos Preocupados com o Primeiro Artigo (da Constituição Americana, a liberdade de expressão, liberdade religiosa), cujo foco é anti-islâmico. O CAIR (que é a entidade de representação política dos muçulmanos americanos) já havia entrado com queixas contra dos grupos de Klein pela distribuição de folhetos contra os muçulmanos nas ruas da Califórnia.

Um pequeno jornal da costa oeste americana escreveu sobre Steven Anthony Klein: ele é um ex-fuzileiro naval que acredita que a Califórnia está cheia de célula muçulmanas que estão esperando a ordem para começar a matar aleatoriamente quantos americanos puderem, “eu sei disso e estou me preparando para responder aos tiros.”

Em 2004 Steven Anthony Klein criou uma empresa chamada Middle East Experts Team (Equipe de Especialistas em Oriente Médio) e, aparentemente através dela, se autoproclamou o conselheiro técnico do filme de Nakoula Basseley Nakoula, o que provavelmente é verdadeiro.

Estamos diante de um ataque de radicais cristãos contra o islã. Mas o islã não é o judaísmo. Ontem circulou um cartum que mostrava um árabe pichando um judeu ortodoxo estereotipado cheio de sangue e demoníaco e uma criança pichando um Maomé bonitinho. O árabe gritava: “Você não sabe que isso é ofensivo?” Essa é a verdade neste caso. O judeu endemoniado fere a sensibilidade de poucos judeus, como a minha, por exemplo. A massa judaica não se importa. A massa judaica recebe este tipo de agressão há tantos séculos, não anos, mas séculos, que simplesmente não se importa. O Estado de Israel não se importa, considera liberdade de expressão.

E não nos importamos por quê? Porque como minoria imprensada nos guetos, sujeita a todo o tipo de leis discriminatórias e sem fazer parte dos exércitos, os judeus aprenderam a se calar para tentar sobreviver. Hoje a realidade é outra, mas o “cale-se” é tão arraigado que permanece. Os judeus que gritam são taxados de idiotas.

Qualquer livro de memórias sobre os judeus da Polônia, quando a comunidade era de 3,5 milhões, um terço da população do país traz: “… se um goy xingar você, roubar você, bater em você, não reaja… se reagir ele irá matá-lo… melhor ficar vivo para ser roubado novamente…” Isso quando éramos 1/3 do povo. Como minorias muito pequenas, nossa voz pouco importa.

Mas os muçulmanos são maioria e uma maioria enorme. Não lhes faltam nem armas descontroladas a nem apoio de aparelhos completos de Estado com exércitos complexos, forças aéreas, marinhas, forças especiais, serviços secretos, mísseis, armas nucleares, reatores nucleares, mídia controlada, sucessões controlada e petróleo. Sendo uma maioria destas eles podem fazer o que bem entenderem e o mundo vai continuar a se curvar, com poucas alternativas. Um cartum que demoniza um “judeu genérico” é uma coisa. Um filme que mostra Maomé desnudo fazendo sexo com um monte de mulheres é outra coisa.

O islã não está preocupado com a demonstração do caráter sanguinário de seu profeta contra os infiéis. Até aplaude isso. Mas numa teologia que não permite mostrar rostos, sequer mãos ou pés do profeta e seus seguidores originais (teologia sunita, pois na xiita mostram) as cenas de seios, coxas, peitos e sexo são um OFENSA CAPITAL, e a pena será de morte.

O ocidente tenta cobrir e compreender estes fatos com uma mentalidade ocidental, mas o problema é árabe muçulmano. A mentalidade é outra. O sistema de referências é outro. São condições normais de temperatura e pressão alienígenas às nossas. Nos países sem liberdade de expressão a liberdade de expressão é passível de pena de morte sumária sim. E se não se pode matar quem fez, que se mande um recado.

E aí é que precisamos entender que os ataques iniciados no dia 11, por salafistas (ideologia radical muçulmana criada na Arábia Saudita e apoiada pelo Estado) não tem a ver com o filme. O filme é um pretexto. O trailer de 14 minutos foi colocado no YouTube no dia 2 de julho. A legendagem em árabe chegou em meados de agosto e o ataque foi em 11 de setembro. Não há conexão. A Google removeu ontem o vídeo legendado em árabe.

Neste caso a Google deveria remover a versão em inglês também, pois a morte dos diplomatas americanos está se tronando lucro para Nakoula e Anthony. Há menos de 15 horas, o vídeo tinha sido visto por pouco mais de 250.000 pessoas. Hoje, com o caso estourado, já passou de 1.330.000 views. A mensagem do filme está sendo difundida de uma forma muito maior do que poderia ter sido. Segundo o diretor o filme foi passado na íntegra apenas uma vez e havia “um punhado de pessoas no cinema.”

Salafistas são a Irmandade Muçulmana e a Al Qaeda. Qualquer ataque terrorista tem como característica o momento político local, a oportunidade, a surpresa e a cobertura. Neste caso, a cobertura é o filme, o momento político é o do poder nas mãos dos Salafistas e um mundo árabe sendo varrido por essa agenda. A surpresa é o ataque de uma forma inteligente que não pode ser retaliado, em princípio. Não há grupo específico atacando. Há grandes grupos populares atacando embaixadas americanas, com pouca ou nenhuma reação das polícias locais. A Al Qaeda criou uma forma inteligente de marcar seu território, pois parece que ninguém está impressionado com as centenas de mortes promovidas pela Al Qaeda no Iraque ao longo de agosto e neste início de setembro. É preciso que eles matem americanos para dar o recado. Deram.

Resta ainda um ponto. É prerrogativa dos regimes árabes e muçulmanos a produção de filmes e séries de TV ofensivas. Eles PODEM publicar Shatat, Zara Blue Eyes, Horseman Whitout a Horse, e todos os outros filmes com enredo baseado no Protocolos dos Sábios de Sião que quiserem. Podem vilanizar e demonizar os judeus à vontade. Podem exibi-los nas noites do Ramadã para incitar centenas de milhões de pessoas no ódio aos judeus, ano após ano. Eles podem fazer isso por serem amparados por seus governos, parlamentos, clérigos, milionários e população.

Nós não podemos. Não somos amparados por nada ou por ninguém. Os judeus que se insurgem contra esse massacre promovido pela mídia islâmica são apenas judeus idiotas.

(*)José Roitberg – jornalista idiota

Obs: “idiota” é um sujeito com pouca inteligência. A pouca inteligência no caso é atribuída pela massa imbecil, aos que não se comportam como ela.

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