domingo, dezembro 05, 2010

Sonhos e Pesadelos

Sonhos e Pesadelos

Um sonho muitas vezes é incentivado. O garotão que não vê muitas chances de se dar bem na vida, prefere jogar futebol a esquentar a cabeça num banco escolar. Aquele que já tem uma formação acadêmica, mas também não se deu lá muito bem - a concorrência é grande e só os melhores se sobressaem - prefere tomar o caminho da política, não por vocação, mas por vontade de se dar bem.
Quantos sonhadores já não vimos pela vida? Alguns se deram bem, a história está cheia deles: Einstein, Santos Dumont, Bill Gates... . Quantos sonhadores se deram mal? A história fala muito pouco deles; afinal foram perdedores e a história só enaltece aos vencedores. Muitos desses sonhadores viram de perto um pesadelo: O empreendedor que resolveu abrir uma revenda de carros Russos; o fabricante de sorvetes que resolveu instalar-se na Sibéria; o vendedor de aquecedores que aplicou muito dinheiro numa franquia no Saara... .
Esses "perdedores" viram seus sonhos se tornarem pesadelos, mas um pesadelo que atingiu apenas a eles próprios, a mais ninguém.
Mas o que dizer daqueles que são levados a sonhar algo impossível e que, no final, acabam transformando os seus sonhos num pesadelo horrível, não para sí, mas para muitos? Quem não conhece alguém assim?
Eis esse sonhador: o presidente da república, cujo mandato parece jamais ter fim.
Inventado em gabinete, em pleno regime militar, por um fã ardoroso de Maquiavel, Lula nasceu - construído fica melhor na frase - para dar uma certa validade à abertura política. A criatura cresceu embalada pela esquerda espalhada em todas as redações de todos os veículos midiáticos. Foi incentivado a entrar para a política, já que a dita esquerda usava palavras ininteligíveis ao grande público; alguém como ele, que falava o óbvio, para os trabalhadores que queriam ouvir o óbvio, era o personagem ideal.
Passando antes pelo Congresso onde teve uma ridícula participação; onde aprendeu apenas que aquele lugar era um antro de raposas - os 300 picaretas, que hoje são muito mais, todos a serviço dele -; onde foi Constituinte embora não tenha assinado, nem o seu partido, a Constituição ora vigente desde 88, finalmente, dadas as circunstâncias vigentes, Lula foi alçado ao mais alto posto da República Federativa do Brasil, após tres tentativas. Aí estava a realização de um sonho. Começava exatamente aí o pesadelo de muitos que tiveram que conviver com a corrupção deslavada - e enterrada - e com alianças nada recomendáveis com países nada democráticos.
Oito anos de pesadelo talvez fosse um preço a se pagar pelo silêncio da maioria e pela submissão de tantos: Não há mal que bem não traga. Mas não parece que esse dito popular seja uma verdade para os brasileiros de bem: as famigeradas urnas eletrônicas não pensam como tantos e resolveram - elas teem vida! - continuar com o pesadelo. Um horrível pesadelo que tem nome e sobrenome; que tem um passado não muito limpo e que como o seu antecessor,não tem nada a dizer, a não ser aquilo que os que por trás deles querem que eles digam e pensem: Dillma Rousseff.
Não há mal que sempre dure nem bem que não se acabe... Pelo visto esses ditados populares não valem nada para o Brasil: o Pesadelo vai continuar por mais quatro, oito, doze ou mais anos: o Céu (no nosso caso, o Inferno) é o limite.


PS - O Pesadelo agora é em dose dupla: Dilma na presidência e Lula fazendo aquilo que ele pensa ser política:
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a 20ª Cúpula Ibero-Americana, seu último compromisso internacional antes de deixar a presidência da República, para avisar que "não deixará a política" e que "continuará andando pela América Latina". "Eu sou um político latino-americano, não vou deixar a política. Vou ter mais tempo para viajar, quero discutir política. Então, esperem, continuarei andando pela América Latina", disse em Mar del Plata, litoral argentino, onde ocorreu o encontro neste sábado (4/12/2010)" Fonte: Bahia Notícias.


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