por Nivaldo Cordeiro (*)
A decisão de Dilma Rousseff de remeter proposta orçamentária deficitária ao Congresso Nacional, em meio a grave crise econômica, reflete o descompromisso dela e do seu partido, o PT, com os destinos da nação. É mesmo um comportamento infantil. A presidente, sabedora de que o Congresso Nacional não aprovaria proposituras de elevação (ou criação) de impostos, bateu o pezinho e manteve a colossal despesa, que não cabe no orçamento. Recusou-se a enfrentar sua clientela preferencial, os tais movimentos sociais.
A reação do mercado foi imediata. O câmbio desvalorizou-se instantaneamente. Em seguida, veio a notícia que a agência avaliadora Standard and Poor’s retirou o precioso grau de investimento, fato que encarece a captação de recursos e impede que investidores institucionais façam do Brasil um destino de seus investimentos. Assim, o Brasil entrou no rol dos mercados especulativos de alto risco. Há algum tempo está havendo fuga de capitais por quebra da confiança.
A agência avaliadora funciona como uma Serasa para países, de certo forma fazendo a análise da “ficha cadastral”. Bancos também emprestam para quem não tenha uma ficha azul, mas os custos e as garantias exigidas serão mais severos. Assim será com o Brasil. O dinheiro ficará cada vez mais caro e escasso por pura incompetência da senhora governante.
Esse tem sido o modo do PT governar, em todas as esferas. Dá as costas para a realidade e praticando injustiças contra os brasileiros. A fantástica ideia de criar a CPMF e outros impostos em plena recessão é fazer pouco caso da capacidade contributiva dos brasileiros e empregar falsos argumentos desenvolvimentistas. Na crise, o certo é reduzir impostos e, mais ainda, as despesas.
Somando tudo, se apresenta no futuro imediato o encaminhamento do processo de impeachment, pois Dilma Rousseff demostrou não ter as condições psicológicas, morais e técnicas para seguir governando. Ela está destruindo o Brasil e os sonhos dos brasileiros. Precisa ser escorraçada do poder o quanto antes. Aliás, seu partido está definhando e deverá sofrer derrota devastadora no ano que vem. Muita gente está deixando o PT já agora. Ninguém quer ficar embarcado em um navio que afunda. Ninguém quer mais a estrela vermelha.
A tardança no processo de impeachment só prejudicará os brasileiros por mais tempo, pois é um fato inexorável. Percebo que a classe política e os empresários já se deram conta disso. Os jornais, todos os dias, dão sinais de que há articulações em andamento para retirar Dilma do poder. É um imperativo de sobrevivência.
Toda gente sabe que a superação da crise econômica terá de ser precedida da superação da crise política. Isso significa construir uma maioria para acabar com os privilégios dos petistas e sua corriola devoradora de orçamento. Será um parto, mas terá de ser feito. Sem acabar com os privilégios não há maneira de o orçamento caber dentro das possibilidades pagadoras dos brasileiros. Os parasitas ficaram mais numerosos do que os que trabalham. Uma iniquidade que precisa ser corrigida.
Quem viver verá.
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