O diretor de uma grande empresa vai ao comitê do candidato. Antes de ser formalmente atendido pelo candidato, conversa na ante-sala informalmente sôbre a crise "marolinha" e sôbre o Brasil verdadeiro e o da mídia. A certa altura, o xereta aqui pergunta:
- Mas por quê os grandes empresários, com a força que possuem, não expõem aos quatro ventos a corrupção deslavada que se se instalou no país? Por quê, como grandes financiadores da mídia, não a forçam a derrubar o mito de grande governo? Por quê não derrubam a falácia das pesquisas encomendadas?
A resposta veio sem nenhum rubor envergonhado:
- Mêdo. Mêdo de uma crise institucional, de uma paralização ou na queda acentuada da atividade econômica (que vai acontecer, mas por fatores externos) e porque a mais honesta das empresas, mesmo se esforçando para cumprir seus deveres, pagando todos os impostos religiosamente, tem sempre alguma coisinha errada. Não esqueçamos que todo o setor de fiscalização foi aparelhado pelo governo. Essa crise que vai chegar (na verdade já chegou querendo ou não nossa alteza real) seria o momento certo para se passar o Brasil a limpo; o que nos falta é culhões.
Mesmo sabendo a resposta, arrisquei novamente:
- Então, a hora essa e mesmo assim nada acontecerá?!!!
- É isso mesmo. Nada acontecerá. Os empresários sabem do Fôro de São Paulo, conhecem muito bem as intenções dessa gente que se instalou no poder, mas nada farão a respeito; por um simples motivo: quando não for mais possível tocar as coisas, eles (e eu também) fechamos as portas e vamos tirar umas férias...bem longe daqui...
E isso aqui é o Brazil, zil, zil. PQP
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