sábado, abril 25, 2015

Modelo para gerar empregos na região paulistana das “zelites” não toca o coração de Haddad.







por Claudio Tognolli





O prefeito Fernando Haddad adora bicicletas e multas. Vejamos:



Multas

Os cofres da Prefeitura de São Paulo fecharam o ano de 2014 com uma arrecadação recorde em multas de trânsito: R$ 898,5 milhões, crescimento de 5,6% em relação a 2013. Um balanço da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) mostra alta de 4,5% das autuações no ano passado.

De janeiro a novembro de 2014 entraram nos cofres públicos do município R$ 791,2 milhões via multas.

Em 2008, quando havia 42 radares fixos na cidade, as multas renderam R$ 387,5 milhões ao município. Hoje, já são 117 equipamentos e uma receita duas vezes maior.

Bicicletas

A gestão Haddad têm como meta entregar, até o final de 2015, 400 quilômetros de ciclovias.

A Prefeitura diz que a implantação das ciclovias teve custo médio de R$ 180 mil por quilômetro até o fim de 2014 - foram 156 quilômetros e um investimento de R$ 28,3 milhões.

Temos uma dupla boa : Haddad defende as bicicletas : e Dilma as pedaladas…

Crime

Como morador dos Jardins, segue um registro deste blogueiro: a fixação de Haddad por bicicletas e multas (eu apoio as bicicletas incondicionalmente) se esquece de outra temática: a segurança.

É infeccionante o número de assaltos nos entornos do Jardim América, Jardim Europa, etc. Óbvio: mansões desocupadas, com o IPTU impagável, nos dois sentidos do termo, tornam a região uma terra de ninguém (nos EUA isso se chama FOT, flying over territory).

Novos empregos: Movimento Zoneamento REAL

Essa terra de ninguém bem que poderia se livrar de bandidos ao mesmo tempo em que aumenta a oferta de empregos na região.

Por que isso não acontece?



Porque as zonas ditas “nobres” tem o comércio vetado em suas franjas, bordas e coração.

Com a força de 30 mil assinaturas de apoio, já entregues oficialmente, foi criado o Movimento Zoneamento REAL, que começa a enfrentar incisivamente o lobby que pretende restringir ainda mais o uso dos grandes corredores comerciais de São Paulo. Neste sábado, 18 de abril, ocorrem reuniões abertas em vários lugares da cidade, junto com as Administrações Regionais, continuam o debate participativo nas mudanças do Plano Diretor que serão votadas em breve na Câmara Municipal. O Movimento Zoneamento REAL estará presente, representando os comerciantes, proprietários, funcionários e usuários das áreas já comerciais do Jardim Europa, em defesa do uso mais diversificado de corredores como os das Avenidas Europa, Cidade Jardim, Rua Colômbia, Alameda Gabriel Monteiro da Silva.

O movimento conta com o apoio da Associação Comercial de São Paulo, entre outros grupos de comerciantes da região nobre da cidade, preocupados com a degradação dos imóveis, subocupação e contra argumentos de restritas e elitistas associações de moradores de sobrenomes poderosos.



“Não podemos permitir que associações que, se somadas em toda a cidade, não passam de 300 pessoas, em nome de seus interesses exclusivos de segregação, se sobreponham à vontade e necessidade de milhares de pessoas que dependem da região e contra o desenvolvimento da cidade”, afirma Geraldine Maia da Silva, advogada do Movimento Zoneamento REAL e especialista em Direito Imobiliário e Direito Urbanístico.

“O que pedimos é absolutamente razoável e concreto, que o interesse público seja posto acima de questões particulares. A instalação de outros tipos de comércio e serviços beneficiará a região como um todo, mas é claro que também estará garantida a preservação das regiões internas, exclusiva de moradias. A cidade é um elemento vivo”, explica Geraldine. “Todos vão sair ganhando: os moradores querem morar e continuarão tranquilos em suas casas, e os comerciantes podem fazer o que precisam, trabalhar”.



Não serão instalados supermercados, shoppings ou grandes estabelecimentos, como estão querendo fazer parecer. O que se pede apenas é que possam ser instalados mais outros serviços, como lojas, restaurantes e boas lanchonetes.

Lei em discussão

A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo da Cidade de São Paulo é a 13885/2004. Novas mudanças previstas pelo Plano Diretor para os próximos 16 anos estão contempladas na Lei 16050/2014, sancionada em 31 de julho do ano passado. Essas mudanças vêm sendo analisadas em audiências públicas, que discutem as regras que deverão ainda ser votadas e aprovadas na Câmara Municipal de São Paulo. Os corredores são as chamadas Zonas de Centralidade Linear, e se dividem em ZCL-Z1, comércio e serviços de baixa densidade, e ZCL-Z2, serviços de baixa densidade.As propostas desenvolvidas pelo Movimento Zoneamento REAL podem ser melhor conhecidas por vídeo já postado no YouTube:



Post Scriptum: Este blog espera que a liberação das áreas nobres da cidade, para criação de empregos, sensibilize um prefeito que se diz do Partido dos Trabalhadores

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