sexta-feira, dezembro 29, 2006


Buemba, buemba: Paulo Coelho vai destravar o país.


Fim de mais um ano, vamos virar mais uma página. Virar a página não significa passar uma"borracha" no passado. Lulla tem muita fé em que o povão continue tendo crises de amnésia. Elle também acredita que, indefinidamente, as pesquisas possam ser distorcidas a seu favor.
O que preocupa, muito mais, é que o (des) governo deva estar fazendo fé no retorno das crises de mercado (1998-2001), o mais rapidamente possível. Somente aquelas crises bravas poderiam justificar, novamente, o crescimento haitiano do Brasil. Não vai dar, mais uma vez, para sair contando lorotas sobre o espetáculo do crescimento. Se o consumo crescer vem o apagão, a auto-suficiência em petróleo - que não aconteceu - vira peça de ficção e o desemprego volta retumbante.
O plano para destravar o país ainda não foi anunciado: simplesmente não existe. Lulla está a procura de algum Paulo Coelho para escrever esse mirabolante plano. Paulo Coelho e Lulla são muito parecidos: falam de coisas que não existem mas vendem suas idéias como verdadeiras. São histórias bem próximas:
Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei (1994) /Nas margens da transposição do São Francisco eu deitei e rolei.
- Manual do Guerreiro da Luz(1997)/Manual do mensaleiro sem luz
- O Demônio e a Srta. Prym(2000)/Palocci e a Sra.Corner, sim!
- Histórias para pais, filhos e netos(2001)/Histórias para boi dormir, quietos
- Palavras essenciais(1999)/Mentiras fundamentais
- Ser como o rio que flui(2006)/Ser como um país que rui.
E se Paulo Coelho ganhou muito com o O Diário de um Mago (1987), nós brasileiros perdemos muito com O dia-a-dia do "gordo".

Palavras do "mago": "Eu não votei no Lula, mas o governo dele foi uma surpresa muito agradável. Então esse ano vou votar nele. Não se deu nenhum milagre, mas foi um presidente comprometido com o processo democrático em tudo o que é fundamental para uma sólida estrutura brasileira. Fez um grande governo. Escândalos? Há. Em qualquer governo, em qualquer país, da Noruega ao Japão."

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