terça-feira, dezembro 19, 2006



Vamos cair no abismo ou dar um salto?

Quem jamais se deparou com a cena:

Numa sala de aula havia sempre aquela turminha dos bagunceiros. Aqueles que “aprontando”, acabavam prejudicando toda a classe. A maioria se calava, assistia passivamente sem tomar nenhuma atitude.

Esse “fenômeno” acontece nas favelas, mas também nos condomínios fechados. O país também é assim. Há uma minoria sem caráter incrustado no poder que tem seus fiéis seguidores. Embora seja minoria, eles gritam mais alto, batem o pé mais fortes e intimidam. A maioria ordeira se cala e a inversão de valores acaba prevalecendo.

A minoria de coniventes e/ou participantes de crimes – do tráfico ao mensalão -, acaba ditando normas de conduta na comunidade, nas instituições públicas ou privadas e no governo.

Fernandinho Beira-Mar e Marcola são típicos exemplos da minoria que impôs sua vontade, através da força é claro mas, sobretudo pelo silencio da maioria.

Lulla é o fruto da conivência silenciosa da maioria. Maioria que o via como algo exótico e inofensivo. Um operário afrontando generais, um Davi tupiniquim enfrentando o Golias ou um Robin Wood dos sertões (wood mesmo; de madeira, da cara-de-pau sem tamanho). Agora a maioria silenciosa paga o preço: o retrocesso em todas as áreas.

A maioria que acomodou o bumbum na poltrona, assistindo diariamente o lixo do lixo nas televisões e leu verdadeiros tratados da imbecilidade, escritos por “jornalistas” a serviço de uma ideologia pré diluviana, agora amarga uma derrota.

Mas sempre foi assim:

A maioria se calou e engoliu uma Proclamação da República (meia boca), amargou a ditadura de Getúlio e ainda aceitou passivamente seu endeusamento pós-morte, assistiu calada que Juscelino exercesse seus dons faraônicos abandonando a vocação agrícola - que impulsionaria o país -, foi conivente com uma Constituição (88) que liberou o poder federal de responsabilidades mas sobrecarregou municípios e estados e, culminando, fechou os olhos para o avanço de um partido-vigarista que acabou guindando Lulla ao poder.

O que espera essa maioria silenciosa? A perpetuação do pt – e seus associados – no poder, sem nada fazer? Iremos aguardar o nosso Dom Sebastião que reassumirá o trono pondo fim aos desmandos?.

Passou da hora de gritarmos, espernear, sair às ruas e, por quê não, pixar os muros com um "Fora Lulla", como fez a gang que hoje está no poder no início do segundo mandato de FHC.

A hora é desconstruir as mentiras desse país, a começar pelo mito de que “Esse é o país do futuro”, que meu pai já ouvia de seu avô. O futuro é para já (na verdade para ontem).

E para não dizer que não falei das flores: FORA LULLA.

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