Em um ano de socialismo, mais 737.000 venezuelanos caem na pobreza extrema.
por Luis Dufaur
No primeiro ano do “socialismo do século XXI” sob o continuador de Hugo Chávez, mais 737.000 venezuelanos caíram na pobreza extrema, informou o jornal “El País” de Madri.
A inflação anual atingiu 56,2%, e o “índice de desabastecimento” (calculado sobre o total de produtos vendidos no país) 25,3%.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice de pobreza extrema passou de 7,1% no segundo semestre de 2012 para 9,8% ao mesmo período em 2013.
Quer dizer, mais 737.364 venezuelanos. No total, 2.791.292 cidadãos estão nessa situação deplorável, num país que supera os 30 milhões de habitantes e que em virtude de suas imensas jazidas petrolíferas ostentava uma riqueza invejável. Em outros termos, mais 189.086 famílias ficaram sem recursos para pagar sua alimentação básica.
O “socialismo do século XXI”, que tem tantos admiradores e imitadores no Brasil, orgulhava-se de ter diminuído esses indicadores na última década apelando a planos de redistribuição da riqueza e grandes gastos públicos.
Resultados efêmeros foram obtidos, para alegria dos estatísticos do governo. Mas o artifício não podia durar muitos anos.
Agora, como muitos previam – e por isso eram tidos como profetas de desgraça – a catástrofe aconteceu.
A inflação está sem controle (só 73,8% nos alimentos!!) e a moeda estrangeira não é encontrada em forma legal, mas só a preços astronômicos.
As exportações quase desapareceram. Só fica o petróleo, 96% de cujos proventos vão para o governo, que diz não conseguir pagar suas dívidas mais básicas.
A atividade econômica privada ficou reduzida ao mínimo pela estatização de largos setores e o afogamento cambial, tributário e regulamentar imposto pelo governo “popular”.
A produção petrolífera caiu e a Venezuela despencou no ranking mundial de produtores e exportadores.
O socialismo vende petróleo a países amigos como Cuba, com grandes perdas para financiar a revolução. Ainda paga à China por empréstimos já embolsados.
Relatório publicado pelo jornal El Universal, de Caracas, aponta que o governo aprovou uma transferência de moeda a empresas e particulares do setor produtivo no valor de 20 bilhões dólares através da Cadivi (uma desaparecida agência do governo), mas que o dinheiro nunca chegou aos destinatários.
As estimativas falam que o erário público teria sido depenado pela clique socialista num total equivalente a “95% das reservas internacionais”.
O governo cria continuamente ‘bolsas’ ou ‘programas sociais’ denominados Missões, porém nem estes dão o que prometem.
Os serviços básicos estão diminuindo, faltam alimentos nas prateleiras dos supermercados de Missões, ou ficam inacessíveis no “mercado negro” em que figuras do governo se locupletam.
A Assembleia Nacional (Legislativo), ministros de diversas áreas e até o presidente Maduro são interpelados regularmente, mas fazem caso omisso.
Como explicação, o governo fala de uma fantasmagórica conspiração e uma guerra econômica obviamente desatada pelo “império” – leia-se EUA, o capitalismo, o imperialismo, os ianques, os oligarcas, etc., etc.
Dir-se-ia que um bando de esquizofrênicos apossou-se da Venezuela e a leva para a ruína. Mas não é o caso.
Trata-se de um grupo ideológico teledirigido desde Cuba e afim com a Teologia da Libertação, que quer imergir na miséria e no desespero – que fazem pensar na desgraça eterna do inferno – um continente como a América Latina tão largamente dotado de recursos naturais pela Providência Divina.
Fonte: IPCO
Fonte: IPCO
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