por Mario Fleck
Qual é a raiz do problema? Aonde está o nó a ser desatado para que as pessoas possam entender na guerra paralela de informações o que é a essência deste conflito. O presidente da Federação Israelita, Mario Fleck, faz uma analise resumida de 10 pontos para entender o contexto do problema e da solução.
1. O ponto central de tudo é a questão da convivência, a aceitação de que Israel pode estar aonde está, apesar de já ser um pais independente há 70 anos, e a aceitação também de que os palestinos não querem viver neste pais e querem sua autonomia e independência.
2. É fato que pelo lado de Israel, um grupo minoritário sempre defendeu um direito bíblico à uma extensão territorial há muito habitada por árabes. Também é fato durante décadas os movimentos nacionalistas árabes e judeus colidiram na busca de uma solução territorial
.
3. Não haverá solução enquanto um lado pensar que pode destruir o outro e se apoderar de toda a extensão territorial hoje ocupada por árabes e judeus na região.
4. Israel tem demonstrado expressamente sua capacidade de controlar as ansiedades territoriais de sua minoria citada acima, inclusive nos ajustes a serem feitos nos chamados assentamentos. Na pratica fez isso em menor escala em Gaza.
5. Os palestinos, que durante 20 anos (48 - 67) não conseguiram uma autonomia quando não eram controlados por Israel, tampouco aceitaram condições razoáveis e logicas para que Israel aceitasse remover tais controles, criados inicialmente por uma questão unica de segurança a partir de 67.
6. São razoáveis ou não: Exigir um tempo com o novo pais desmilitarizado para construir confiança, não aceitar uma absurda demanda de lei de retorno na qual se desafaça totalmente as respectivas independências, e acertar iniciativas de projetos comuns, diálogos mínimos e principalmente encerramento definitivo de incitação ao ódio e à destruição inclusive nos sistemas educacionais?
7. Israel sempre mostrou aceitar a criação do estado palestino e a unica demanda em troca é a segurança de que isto não será o primeiro capitulo de sua destruição.
8. O Hamas por outro lado é um grupo que se estabelece sobre uma plataforma que prega abertamente que sua unica razão de existir é a destruição de Israel.
9. A Autoridade Palestina, que deveria desde 1994 construir as bases da nova nação palestina, jamais o fez e continuou incentivando o ódio no sistema educacional, e criou as condições para que sua população farta de opressão e corrupção abrisse as portas para o surgimento do Hamas.
10. Israel não tem vantagens nem necessidades de especia alguma de controlar territórios e população árabe. A unica demanda é que a deixem em paz e definitivamente abandonem o sonho de a destruir. Que seus vizinhos façam as suas opções pela sociedade que queiram construir, porque Israel já optou pela democracia dos homens e pela construção de uma sociedade baseada em liberdade, justiça e direitos humanos.
Fonte: Federação Israelita São Paulo
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