por Enio Mainardi
Meu celular não para. Me avisam para comprar mantimentos, víveres. Que devo tirar algum dinheiro do banco para não ficar a nenhum, numa emergência.
Corre uma forte boateira. De caso pensado foram “vazados” diálogos entre militares, numa ferveção de expectativas ansiosas. Notícias que a Força Nacional teria sido acionada pelo Lula. Que forças militares de países estrangeiros já estariam circulando pelo pais. Acusações de que o Alto Comando das Forças Armadas seriam “de esquerda”. Informações, contra-informações.
Agora, 4 horas da madrugada deste domingo, que devo fazer? Me assegurar que a fechadura da porta de entrada do apartamento está trancada com duas voltas? Penso nas Manifestações marcadas para o próximo dia 15. Só no dia 15???...
Frente aos boatos, verdadeiros ou não, acho que os organizadores da Manifestação deveriam precipitar os fatos, antecipar a data para que ela aconteça - no máximo - até o próximo fim de semana. Estamos num derby perigoso, parece que os outros cavalos já saíram galopando, disparados na pista.
Os adversários querem precipitar o resultado, esvaziar as nossas Manifestações. E eles tem muito dinheiro, muita gente aparelhada, muito poder gerado pela corrupção e outros interesses vários. Nem vale a pena listar quantas tropas eles tem. Me lembra quando falaram ao Hitler (acho que foi ele) da oposição do Vaticano às suas ambições militares e ele respondeu “quantas divisões tem o exército do Papa? “
Nós estamos que nem o Papa daquela época, não temos nenhuma divisão. Mas tem instalado um sentimento de revolta tão grande, que isso pode colocar um povo em armas. Armado com Greve-Total, resistência civil, manifestações de rua, e uma bruta vontade de se livrar da cangalha desse governo corrupto. Contra uma líder ex-guerrilheira capaz de tudo. E um Lula que já botou claro que quer um governo comunista. Precisamos sair às ruas antes que eles. E mostrar nossa firme resistência. A revolução espanhola contra o Franco nos deixou pelo menos uma frase exemplar: “Não passarão!”
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