sexta-feira, março 04, 2016

A natureza sexual masculina e a cultura de negação da esquerda









por Dennis Prager (*)



Na véspera do ano novo, em Colônia, na Alemanha, mais de 400 mulheres foram atacadas sexualmente e ao menos 3 foram estupradas por gangues de homens imigrantes, a maioria deles de países árabes.

Existem duas verdades que precisamos confrontar, mas por vivermos na Era da Rejeição de Verdades que Incomodam, não fazemos. Uma verdade que rejeitamos é a de que as mulheres são mantidas em baixa estima no Oriente Médio Árabe e em muitas outras partes do mundo muçulmano. Nossa rejeição é um produto do relativismo moral multiculturalista, que afirma que nenhuma cultura ou sistema de valores é moralmente superior a qualquer outro.

A outra verdade que rejeitamos refere-se à natureza sexual dos homens.

Todas as gerações anteriores de seres humanos dos quais temos conhecimento sabiam que a natureza sexual masculina é predatória. Sem os fortes valores morais trabalhando para inibir sua natureza sexual, os homens seguirão seu impulso natural de agarrar as mulheres a quem são atraídos e abusar delas sexualmente — assim como os machos no mundo animal agarram as fêmeas de sua espécie para o sexo. Ironicamente, as pessoas que mais insistem que os seres humanos são apenas mais um animal são as mais prováveis em negar o aspecto animal da natureza masculina. Em vez disso, elas alegam que os homens são “socialmente condicionados” a verem as mulheres como objetos sexuais — pela nossa “cultura Playboy”, por anúncios sexistas, pela pornografia entre outros elementos do “patriarcado”.

As pessoas que usam esse argumento não apenas ignoram sua própria crença de que os seres humanos são animais, mas também colocam a carroça na frente dos bois. A cultura Playboy, os anúncios que retratam as mulheres como objetos sexuais e a pornografia são resultantes da natureza masculina e não as causas do comportamento sexual predatório dos homens.

Na maioria dos países muçulmanos não há, certamente, nenhum anúncio sexual ou pornografia em lugar algum, e as mulheres não exibem seus corpos — às vezes nem ao menos seu rosto — em público. Mesmo assim, as agressões sexuais são muito mais comuns por lá, e os imigrantes muçulmanos cometem uma porcentagem desproporcionalmente maior de estupros na Europa Ocidental.

Com relação a Europa Ocidental, os anúncios sexuais — com imagens de mulheres quase nuas — são corriqueiros, a pornografia é totalmente disponível e as mulheres vestem o que elas querem (ou não querem) em público, geralmente mostrando bastante o que possuem. E apesar de tudo isso, o estupro e outras formas de violência sexual eram relativamente menores entre os europeus ocidentais antes do enorme fluxo recente de imigrantes muçulmanos.

Obviamente, não é uma nova cultura Playboy, ou a representação das mulheres como objetos sexuais na TV, nos filmes e nos outdoors que causam os estupros. Mesmo assim, a Europa Ocidental, os Estados Unidos e Israel — com taxas de estupro relativamente baixas — é que são as aberrações históricas. Ao longo da história, a menos que seja combatido pela sociedade ou por um forte sistema moral, os homens estupraram as mulheres o quanto puderam.

Apenas observe como os homens têm tratado as mulheres quando as normas sociais e morais são rompidas em tempos de guerra.

O ponto óbvio é que a natureza sexual masculina é programada para ver as mulheres como objetos sexuais e também fazer sexo com o máximo de mulheres possível.

A prova da primeira afirmação [acima] são os homens homossexuais. Eles veem os homens atraentes como objetos sexuais assim como os homens heterossexuais veem as mulheres atraentes. Os gays também foram moldados pela “cultura Playboy” ou pelo “sexismo”? Claro que não.

Considerando que é assim que os homens são programados, por que existe tanta negação do óbvio? Por que os feministas — homens e mulheres — e os outros da esquerda cultural ainda negam as verdades sobre a natureza sexual masculina?

Porque aceitar essas verdades significa reconhecer as enormes diferenças naturais entre homens e mulheres. Mas se você estudou em uma faculdade — ainda mais em uma pós-graduação — em qualquer período dos últimos cinquenta anos, você aprendeu a negar que os homens e mulheres são inerentemente diferentes.

Logo, a esquerda culpa as influências externas — a Playboy, cuja “cultura do estupro” supostamente permeia os campus de faculdades e o patriarcado — pelos estupros, violências sexuais e a exibição de mulheres como objetos sexuais; ou até argumentam que a natureza sexual das mulheres é exatamente como a dos homens: as mulheres querem tantos parceiros sexuais quanto os homens; as mulheres veem os homens como objetos sexuais assim como os homens veem as mulheres, e de que as mulheres sejam tão felizes em fazer sexo sem compromisso da mesma forma que os homens.

E como a esquerda explica o estupro? Como um ato de violência que tem pouco ou nada a ver com sexo. Quase todos os homens que leem isso (que não sejam estudantes de pós-graduação sobre estudos de gênero ou algum outro departamento de artes esquerdista) sabem o quanto é falsa essa afirmação. O estupro é esmagadoramente um ato sexual; é o sexo obtido através da violência. Descrever o estupro como algo essencialmente ligado a violência em vez do sexo é como dizer que o roubo seja fundamentalmente ligado a violência em vez do dinheiro.

Uma das diferenças mais importantes entre direita e esquerda é a negação da esquerda quanto as verdades indesejáveis e o reconhecimento da direita sobre elas. A natureza sexual masculina é apenas um desses exemplos.


Publicado na National Review.

Dennis Prager é colunista e âncora nacionalmente reconhecido em programas de entrevistas de rádio. Seu último livro “The Ten Commandments: Still the Best Moral Code” foi publicado pela editora Regnery. Ele é fundador da Prager University e pode ser contatado em dennisprager.com.

Tradução: Felipe Galves Duarte
Revisão: Hélio Costa Jr.



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