quarta-feira, abril 06, 2016

A tomada de Jerusalém pelo Islã e suas implicações globais.










A tomada de Jerusalém pelo Islã e suas implicações globais.

por Adam Eliyahu Berkowitz





“Assim diz o Senhor: Estou voltando para Sião e habitarei em Jerusalém. Então Jerusalém será chamada Cidade da Verdade, e o monte do Senhor dos Exércitos será chamado monte Sagrado”.
Zacarias 8.3, NVI.



Uma guerra religiosa está sendo travada em torno de Jerusalém, com os muçulmanos reivindicando o monte do Templo como sua propriedade exclusiva e exigindo soberania sobre a cidade. Todavia, a base para tal reivindicação, universalmente aceita pelos governos estrangeiros, é, de fato, inexistente. Um político israelense adverte que essa apropriação fraudulenta da capital eterna dos judeus é meramente um prelúdio para os planos islâmicos para a Europa e para a América.


O ponto crucial da reivindicação de Jerusalém é a mesquita al Aqsa no monte do Templo. Frequentemente mencionada como o terceiro sítio mais sagrado do islamismo, ela é tida como o local de uma jornada noturna miraculosa que Maomé fez de Meca a Masjid al-Aqsa (“a mesquita mais distante”, em árabe), embora seja improvável que o lugar desse [suposto] milagre seja a al Aqsa em Jerusalém.



Isto ocorre parcialmente porque “a mesquita mais distante” é entendida por estudiosos do Corão como uma metáfora, significando “entre o céu e a terra”, e não como um local específico. Mesmo como uma referência geográfica, Israel, mencionado no Corão (30.1) como “a terra mais próxima” (adna al-ard), é um candidato improvável.



Na verdade, embora Jerusalém seja mencionada na Bíblia 669 vezes, e a palavra Sião, que é sinônimo de Jerusalém, seja mencionada 154 vezes, nenhuma dessas duas palavras aparece uma única vez no Corão.



Outro defeito na teoria da correlação da mesquita com Maomé é que, na ocasião da viagem dele, não havia mesquitas em Israel e o início modesto da [construção da] al Aqsa não ocorreu até várias décadas depois da morte de Maomé (632 d.C.).



Também é significativo que, a despeito de ser coberta por mosaicos e caligrafia árabe, não há na mesquita nenhuma referências à suposta jornada de Maomé ao sítio.



Embora Maomé inicialmente tenha usurpado a prática judaica de orar voltado para Jerusalém -- como ele fez com muitas outras práticas, raciocinando: “Temos mais direito sobre Moisés do que vocês” (Ibn Abbas, Número 222) --, mais tarde ele estabeleceu que a oração deveria ser feita voltada para Mecca (qibla). Esse foi um teste para medir o tamanho da população dos judeus de Medina, pois, por meio da direção para a qual eles se voltassem enquanto oravam, seriam claramente revelados os verdadeiros islamitas.



De acordo com Maomé, um verdadeiro muçulmano vira as costas para Jerusalém enquanto está orando.



Muitas vezes o Domo da Rocha é chamado, erroneamente,[1] de al Aqsa. A ignorância sobre o monte do Templo no islamismo é tão prevalecente que até mesmo vários sites islâmicos têm tentado educar seu público. JustIslam[2] observou que “muitas pessoas têm quadros em suas casas mostrando a mesquita errada! Ela é um dos três lugares mais sagrados”.



Na verdade, o Domo da Rocha, construído pelo califa Abd al'Malik [em 691 d.C], depois da morte de Maomé [em 632 d.C.], foi escolhido precisamente porque era o local dos templos judeus, e não por causa de seu significado para o islamismo. Ele é anterior à mesquita al Aqsa e, embora mais tarde tenha sido incorporado ao complexo da mesquita, sua construção não teve nada a ver com a história de Maomé.



O lugar foi escolhido com base no conselho de um judeu, Ka'ab al-Ahbâr, um rabino do Iêmen que se convertera ao islamismo e que levou os árabes ao local da antiga Pedra do Fundamento*, capacitando-os a erigirem o Domo da Rocha em cima da Pedra.



O sítio foi bastante insignificante para os muçulmanos até que Israel conquistou o monte do Templo em 1967. Fotografias dos anos 1950 mostram um complexo negligenciado e avariado, com ervas daninhas crescendo entre as pedras e pouquíssimos visitantes.



Atualmente, a Autoridade Palestina[3] exige que Jerusalém seja sua capital e, para ela, este é um ponto não negociável no processo de paz, a despeito de não haver precedentes de Jerusalém ser a capital de um país islâmico.



Em 2001, Daniel Pipes,[4] presidente do Fórum do Oriente Médio, descreveu a história da ambivalência muçulmana com respeito a Jerusalém, apontando que, durante o Mandato Britânico, “o governo britânico reconheceu o interesse mínimo dos muçulmanos por Jerusalém durante a Primeira Guerra Mundial”.



A Grã-Bretanha decidiu não incluir Jerusalém nos territórios a serem designados aos árabes porque, como disse o negociador chefe britânico, Henry McMahon: “Não havia lugar (...) suficientemente importante (...) ao sul de Damasco, ao qual os árabes atribuíam importância vital”.



Pipes também relatou uma parte da história que ilustra a avaliação árabe de Jerusalém como de somenos importância. Em 1917, “Jamal Pasha, o comandante-em-chefe otomano, instruiu seus aliados austríacos a “explodirem e mandarem Jerusalém para o inferno” se os britânicos entrassem na cidade”, escreveu ele.



Quando solicitamos a Pipes uma atualização sobre como esta teoria está funcionando atualmente, sua resposta foi amarga: “Um padrão de catorze séculos de duração sugere que, enquanto Israel controlar Jerusalém, os muçulmanos responderão focalizando a cidade e querendo dominá-la”. E ele teorizou: “A intifada das facas é a tática deste momento com este objetivo; depois que ela fracassar, deve-se esperar outra, e mais outra depois desta”.



Moshe Feiglin, presidente do partido Zehut em Israel e vice-porta-voz anterior do Knesset, viu uma ameaça mais universal e sinistra na tentativa árabe de dominar Jerusalém. “Isto é parte da cultura islâmica e de seu conceito sobre uma entidade nacional, que é diferente do conceito ocidental ou do conceito dos judeus. Os muçulmanos creem que, se eles conquistarem Jerusalém, cultural e depois fisicamente, a cidade pertencerá ao islamismo, mesmo que não exista nenhuma conexão histórica ou religiosa com o islã”.



Jerusalém está na agenda deles agora, mas em breve o islamismo irá em busca de outras cidades. Feiglin advertiu: “Assim como eles veem uma ligação com Jerusalém, eles já estão vendo uma ligação com Nova York e com cidades na França”.





* Sobre a qual Abraão ia sacrificar Isaque e sobre a qual ficava o Santo dos Santos.



Notas:








Adam Eliyahu Berkowitz é um colunista do noticiário Breaking Israel News. Ele emigrou para Israel em 1991 e serviu nas Forças da Defesa de Israel como médico combatente.

Publicado na revista Notícias de Israel 5/2016 – www.beth-shalom.com.br

Fonte: Mídia Sem Máscara

Nenhum comentário: