sexta-feira, abril 08, 2016

Com a Venezuela falida e sem energia, Maduro transforma todas as sextas-feiras em feriado






Por Marcelo Faria -07/04/2016










Com a Venezuela falida graças ao socialismo e sem energia graças à falta de investimentos no setor de geração de energia, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou que todas as sextas-feiras dos próximos dois meses serão feriado, numa tentativa desesperada de poupar energia no país, o qual tem sofrido blecautes constantes mesmo tendo a maior reserva de petróleo do mundo. 

Críticos da medida apontam que a nova semana de quatro dias úteis tornará ainda pior a recessão econômica, escassez de alimentos e remédios e a inflação de 270% ao ano. A medida acontece logo depois de Maduro ter decretado a semana de Páscoa inteira como feriado e ter ordenado que os shopping centers gerem sua própria energia. 






As noticias:


DALLAS - No Texas, as fazendas eólicas estão gerando tanta energia que algumas estão dando eletricidade. A professora primária Briana Lamb espera até seu relógio marcar 21h para ligar as máquinas de lavar louça e roupas. Ele não paga nada por isso até as 6h. Kayleen Willard, que trabalha com cosméticos, tira seus aparelhos da tomada quando vai trabalhar de manhã. Às 21h, liga tudo de novo. Já herri Burks, gerente de um escritório de advocacia, mantém um marcador amarelo no termostato da casa com a seguinte informação: “Depois das 21h, não importa o que você fará. Você pode fazer uma festa após as 21h”.


Essas três mulheres são apenas três dos milhares de clientes da TXU Energy que são a vanguarda de uma tentativa ousada de mudar a forma como as pessoas consumem eletricidade. O plano da TXU de energia de graça durante a noite, que é contrabalançada com tarifas mais caras durante o dia, é uma das dezenas de ofertas feitas por mais de 50 empresas de energia no Texas nos últimos três anos e que têm um objetivo simples: fazer com que os clientes gastem menos quando o preço no varejo é mais alto e usem seus aparelhos quando o custo é menor.






Isso é possível porque o Texas tem mais energia eólica do que qualquer outro estado americano, que responde por quase 10% da eletricidade gerada no estado. Só o Texas, em todo os Estados Unidos, gere toda a sua eletricidade e mal conecta sua rede ao restante do país, de modo que o excesso de energia gerada pelos ventos tem que ser consumido no estado. 


Os ventos sopram com mais força à noite e a energia que geram não tem custo devido à sua abundância e subsídios fiscais federais. Uma mudança no uso energético, se afastando do horário de pico, significa menores preços no varejo e a possibilidade de evitar a construção de mais usinas de alto custo. 


— É uma relação ganha-ganha para a empresa e o cliente — disse Omar Siddiqui, diretor de eficiência energética do Electric Power Research Institute, um grupo industrial sem fins lucrativos. 
REDUÇÃO DE CUSTOS 
Para as usinas eólicas, dar energia não é uma ação altruísta. A desregulamentação no Texas tem estimulado intensa concorrência na disputa por clientes. Ao incentivar o uso de energia durante a noite, as empresas reduzem alguns dos encargos e custos gerados pelo excesso de oferta eólica na rede elétrica. 


Experiências similares estão em testes em outros lugares. Na Itália, clientes da Enel podem receber prêmios se gastarem menos energia do que um determinado patamar nas horas de maior demanda. 


Em Maryland, a Baltimore Gas & Electric permite que seus clientes ganhem crédito em suas faturas por cada quilowatt-hora economizado nos horários de pico. O programa é dirigido pela Opower, que gere programas semelhantes para outras empresas. 


Em Worcester, em Massachusetts, a National Grid instalou sistemas de gerenciamento doméstico de energia da Ceiva Energy em cerca de 11 mil lares, conectando aparelhos como tomada inteligente, termostatos de última geração e molduras digitais que mostram o uso de energia da casa junto com as fotos. 


Mas nenhum mercado foi tão longe quanto o do Texas, que conduz um amplo experimento energético que tornou possível a distribuição quase universal nos últimos anos de leitores residenciais inteligentes capazes de receber e transmitir informações sobre eletricidade.


— O Texas tem os ombros e a cabeça de vantagem sobre qualquer um com ofertas realmente úncias para o consumidor — disse Soner Kanlier, especialista em varejo energético da DNV GL, uma consultoria de Oslo, na Noruega.

O Texas é um mercado energético único, o que permite inovar mais do que outros. De longe, é o mais desregulado do país, com muitos concorrentes no varejo famintos por conseguir novos consumidores e para manter os antigos.

— Você pode ser verde e agir de forma verde — disse Scott Burns, diretor sênior de inovação da Reliant Energy, que tem planos para oferecer incentivos para elevar o uso da eletricidade à noite e nos fins de semana.

Especialistas em energia dizem que os medidores inteligentes ainda não atingiram todo o seu potencial e que fizeram pouca diferença no uso energético total. Em muitos casos, as empresas detêm monopólios e tarifas fixas e não querem que os consumidores sejam cooptados por fontes de energia renováveis, por isso dão pouco incentivo ao uso de novas fontes de energia de forma criativa, dizem especialistas. O que o Texas tenta fazer é uma exceção, embora os analistas digam que ainda não é possível avaliar o impacto dessa experiência.

— Os consumidores americanos querem ter opções — disse Jim Burke, diretor-presidente da TXU. — A escolha do consumidor, com seus impactos e benefícios, vai levar ao futuro da indústria de energia. Mas o ritmo em que isso vai acontecer ainda é desconhecido.E executivos falam abertamente que o alcance de seus planos residenciais de eletricidade é uma ferramente de marketing.

— Todos nós estamos tentando crescer e é um mercado muito competitivo — disse Manu Asthana, presidente da divisão residencial da Direct Energy, que oferece ao consumidor vários planos diferentes.

Propagandas na TV, no rádio, nas estradas e nas mídias sociais prometem lazer, refrigeração e gastronomia de graça algumas horas do dia.

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