quinta-feira, outubro 25, 2012

Vamos combater o extremismo.
















Em meio a preocupações renovadas sobre o antissemitismo no país, a França está intensificando a segurança em prédios de entidades judaicas depois que foram feitos disparos de balas de festim contra uma sinagoga na zona oeste de Paris.

No domingo passado,o presidente François Hollande procurou diminuir as tensões entre judeus e muçulmanos, agravadas por uma série de incidentes violentos ocorridos nos últimos meses. Como presidente do país com as maiores comunidades judaica e muçulmana da Europa Ocidental, Hollande dirigiu suas críticas aos extremistas e pediu respeito por todas as religiões do país, que é oficialmente laico.

Ele disse que nas próximas horas as autoridades vão aumentar a segurança das sedes de entidades religiosas para que não fiquem sujeitas ao tipo de ataque feito a uma sinagoga do bairro parisiense de Argentuil na noite de sábado.

Um representante da sinagoga disse que testemunhas ouviram o barulho do que parecia ser uma arma disparando e que a polícia informou que tiros com balas de festim tinham sido disparados e que foram encontradas cápsulas vazias das balas. A polícia local não quis comentar o incidente. Os serviços de sábado à noite na sinagoga foram cancelados por causa do incidente, disse o representante que pediu anonimato porque a investigação policial ainda está em andamento.

O tiroteio ocorreu no sábado, poucas horas depois que a polícia realizou batidas por toda a França à procura de uma célula jihadista suspeita formada por jovens franceses recentemente convertidos ao Islã e acusados de um recente ataque contra uma mercearia kasher. O DNA encontrado na granada levou a um membro da célula que depois foi morto pela polícia em um tiroteio. Os policiais disseram que o homem já estava sendo vigiado desde a última primavera, quando um radical islâmico francês atacou uma escola judaica em Toulouse e também soldados franceses, matando sete pessoas.

Hollande informou que as autoridades suspeitam que a célula está pronta para atacar novamente nas próximas semanas. No domingo ele teve um encontro com líderes da comunidade judaica francesa e prometeu combater o extremismo e o antissemitismo
“com a maior firmeza”.

Richard Prasquir, presidente do grupo judaico CRIF, advertiu as autoridades francesas contra a complacência diante do que ele chamou de “ideologia monstruosa” de islâmicos radicais. Ele disse que está preocupado com a segurança da comunidade judaica da França desde os assassinatos em Toulouse.

Meir Habib, vice-presidente do CRIF, disse que durante o encontro Hollande afirmou que as agências de inteligência francesas e israelenses estão cooperando e que a França mantém contato também com agências de inteligência de países muçulmanos como parte do esforço para expor as células terroristas.

No sábado passado assaltantes desconhecidos alvejaram uma sinagoga no subúrbio parisiense de Argenteuil e a polícia francesa expôs uma célula terrorista durante uma batida relacionada com o ataque de granadas contra um mercado judeu.

Os ataques de Toulouse em março abalaram o país e fizeram aumentar a segurança em escolas judaicas e sinagogas em toda a França. Eles também inspiraram a elaboração de uma nova lei antiterror.

Hollande disse que as autoridades devem mostrar “intransigência” frente ao racismo e o antissemitismo: “Nada será tolerado, nada pode acontecer, qualquer ato, qualquer comentário será enfrentado com a maior firmeza”.

No sábado Hollande falou também com Mohammed Moussaoui, presidente de uma associação de organizações muçulmanas chamada CFCM, e assegurou-lhe que as autoridades francesas não irão estigmatizar todos os muçulmanos por atos cometidos por um grupo radical. No domingo a CFCM denunciou o ataque realizado contra a sinagoga, emitindo um comunicado em que “garante apoio e solidariedade `a comunidade judaica francesa diante de todos os ataques contra seus membros e suas instituições.

O ataque contra a mercearia no subúrbio parisiense de Sarcelles aconteceu no dia 19 de setembro, o mesmo dia em que um jornal satírico francês publicou caricaturas do profeta Maomé. Protestos antiocidentais estavam ocorrendo também contra um filme ofensivo ao Islã. Uma pessoa foi levemente ferida, mas o ataque de granada ocorreu após um verão em que os residentes judeus foram vítimas de crescentes ameaças antissemitas.

Artigo publicado no site Ynet, de Israel, citado no WJC- World Jewish Congress em 10 de outubro de 2012.
Fonte: Naamat Pioneiras Brasil – Tradução: Adelina Naiditch
Fonte: Pletz


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