terça-feira, fevereiro 26, 2013

Dengue um mosquito que incomoda, mas o Serra é o culpado.




Dengue um mosquito que incomoda, mas o Serra é o culpado.




Nas notícias recentes (Estadão) prestem bem atenção:


"A luta está só começando", advertiu o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Além do aumento de casos, o Ministério da Saúde alerta que o número de cidades com criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, cresceu de forma significativa.
 O "de forma significativa" para o Padilha é pouca coisa; algo em torno de 240 mil casos ou aproximadamente 190% em comparação ao mesmo período do ano passado. 
Desgraça pouca é sempre bobagem para essa gente.

No blog do Reinaldo Azevedo, um apanhado geral do que esse mosquitinho safado anda fazendo neste amado ano da desgraça de 2013:




Definitivamente, não vivemos tempos convencionais. Há fatos que parecem se dar numa realidade paralela. A ligeireza com que os petistas, com o beneplácito da imprensa, se livram de suas responsabilidades e transferem culpas é um troço assombroso. O exemplo que chega às raias da poesia é Fernando Haddad. Ele já decidiu que não vai mostrar a cara enquanto chover na cidade de São Paulo. Seus secretários vêm a público, culpam Gilberto Kassab, que é seu aliado — parece parte de uma combinação, o que explica o ex-prefeito não reagir —, e prometem soluções. Haddad, de fato, não faz chover. Mas por que a culpa seria do outro? “Ah, porque faltaram obras…” Quando é que todas as obras contra enchentes serão feitas? Para “resolver”, só fazendo Stálin voltar do inferno para forçar que alguns milhões, debaixo de porrete, como era de costume, deixassem áreas inundáveis e de risco. Mas não quero me perder nesse particular.

Os casos de dengue triplicaram em 2013. O combate à infestação tem, sim, uma dimensão municipal. Todos sabem disso. Mas a coordenação é, como também é sabido, federal. Logo, constatado o desastre, o mínimo que se deve fazer é cobrar uma providência do governo. É o que faz com qualquer partido. O PT está no poder há dez anos. Quem não se lembra dos “mata-mosquitos” perseguindo o tucano José Serra em 2002? A situação era muito menos grave do que agora, e a imprensa foi a primeira a jogar os casos de dengue nas costas do Ministério da Saúde — e do candidato.

Exatamente isso. Há doze anos passados o grande culpado dos casos de dengue era o então ministro da Saúde José Serra. Nessa época, ele se preparava para ser candidato à sucessão de FHC e, como a noçimprensa cubanotupiniquim se virava para dar saltos maiores se aventurando na esquerdopatia geral o grande vilão da dengue não era o mosquito mas o ministro. Vejamos uma matéria pinçada em 2001:


quinta-feira, 1 de fevereiro de 2001 21:32
Barretos sofre epidemia de dengue; Serra é chamado de "mole"
Do Diário OnLine


O município de Barretos, na região de Ribeirão Preto (SP), já registrou 78 casos de dengue este ano. O número foi divulgado nesta quinta-feira pela Superintendência do Controle de Endemias (Sucen).

Segundo a Sucen, a cidade vem enfrentando uma epidemia da doença, ao contrário do que diz o prefeito Uebe Rezeck (PMDB), que alega que a situação é endêmica.

Rezeck enviou nota à imprensa nesta quarta-feira criticando o ministro da Saúde, José Serra, e dizendo que ele não consegue controlar a dengue no país. "O senhor ministro vem dizer que o prefeito é mole! Mole é o senhor, que com todo o poderio que tem não consegue deter a propagação da dengue no País."

O Ministério da Saúde, por sua vez, comunicou, também por meio de nota oficial, que a culpa pela disseminação da doença é de total responsabilidade de Rezeck. "Repassamos mais de R$ 200 mil, desde 98, para o combate da dengue. O prefeito, em vez de se ocupar em combater o mosquito transmissor, preferiu se dedicar à campanha pela sua reeleição".


O tempo passa, o tempo voa e hoje nem a poupança continua numa boa, mas isso é outra história. Então ficamos acertados da seguinte forma: Quando o petê não estiver no poder (coisa difícil de acontecer enquanto contarem os votos; como já dizia o camarada Stálin), a culpa por uma epidemia de dengue ou de unha encravada será do ministro da saúde e do presidente da república que o nomeou; porém quando (a palavra "enquanto" fica melhor) o petê estiver no poder a culpa de qualquer problema envolvendo a saúde ou será da falta de um imposto ou, no caso da dengue, será do  vasinho, do pneu, da caixa d’água, das entrâncias das costas de uma banhista na praia... as possibilidades de se jogar a culpa em terceiros, quartos e quintos será enorme. 

Além de ser um dos prováveis Postes-Candidato ao governo do Estado de São Paulo o que mais faz o Padilha? O que realmente fez o Temporão?  E, finalmente, o que faz a presidente da república além de visitar tiranias africanas?

Enfim isso é Brasil, onde há doze anos passados a imprensa culpava o Serra pela Dengue e hoje, felizmente o problema é do Abreu (não é o bi-ator): nem do Padilha nem meu.

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