sábado, dezembro 03, 2016

A defesa da pregação inconveniente, aborto eleições e outras coisas







por Fabio Blanco



Se o homossexualismo é pecado, é óbvio que ele pode ser prevenido e, inclusive, revertido. Não fosse assim, estaríamos diante de uma pecado infalível, o que, por definição, seria a antítese mesma de pecado. E por mais que o cristão acredite nisso, por força da doutrina que segue, sente que, a cada dia, expor essa convicção tem se tornado algo desagradável. Tratar o homossexualismo como pecado está colocando o cristão à beira de cometer um crime.

Isso ficou bem claro nas reações à palestra que seria promovida pela Igreja Batista Getsêmani que, com o título original de Como prevenir e reverter a homossexualidade, provocou a ira de diversas pessoas que tomaram conhecimento do evento. A página da igreja foi então infestada de indignados que não se fizeram de rogados em manifestar, com a brutalidade típica dos integrantes de movimentos ideológicos, sua revolta. Com isso, a igreja fora forçada a mudar o título da palestra e emitir uma nota explicativa, pela qual, mais do que justificar sua escolha, tenta apaziguar os ânimos. Após, então, acabar por cancelar o evento.

A questão é que, independente do quanto isso possa suscitar a ira dos revoltados, o fato é que a Igreja tem todo o direito de expressar sua opinião sobre esse assunto e proibi-la de fazer isso é um atentado não apenas contra uma instituição religiosa, mas contra o próprio conceito de democracia e liberdade que todos ousam dizer que defendem.

É inegável que para a doutrina cristã o homossexualismo é pecado. Isso está explicitamente ensinado em seus cânones. Sendo assim, para ela, o homossexualismo é algo passível de escolha do ser humano. Apenas aquilo que pode ser evitado pode ser pecado, portanto, praticar o homossexualismo, segundo a concepção da Igreja, é algo que está sob o controle de cada pessoa. Assim, se é passível de escolha é prevenível e se é prevenível nada impede que se ensine como prevenir.

Se a Igreja evitar de fazer isso, de ensinar algo que está claro em sua doutrina, apenas para agradar as expectativas politicamente corretas, estará negando a si mesma. E, desta maneira, será o seu fim como instituição religiosa, que se caracteriza, principalmente, por sua independência de consciência. Passaria a ser apenas um local de encontro social, completamente submissa aos ditames do Estado. Seria, portanto, sua destruição.

O que os revoltosos não percebem é que a proteção de liberdade de consciência e expressão das instituições religiosas é, antes de tudo, a proteção da liberdade de todos. Se a Igreja for impedida de pregar conforme seus próprios ensinamentos, nenhuma outra entidade ou indivíduo poderá ter garantida a mesma liberdade. Por isso, a preservação da livre expressão religiosa é a manutenção de ilhas de liberdade que impedem que o Estado tome conta de tudo e passe a ser o definidor final do que é justo, ético e moral.

Fica evidente, portanto, que a liberdade de todos passa necessariamente pela liberdade de expor os conteúdos de cada crença. Ainda que tais conteúdos sejam inconvenientes para alguns grupos e até irritem outros, suprimi-los é um passo largo para a tirania estatal.



Eu sei que quando a Igreja diz que o homossexualismo pode ser revertido ou prevenível isso afeta o âmago daqueles que acreditam que essa é uma condição inescapável de alguns indivíduos. É inclusive lícito que estes tentem provar que o ensinamento cristão está equivocado. Porém, o que não podem fazer, sob pena de sofrerem, eles mesmos, as consequências, é tentar calar a Igreja. Se fizerem isso, nada garante que eles mesmos não sejam proibidos de expressarem seus pensamentos logo em seguida.

E, do lado da Igreja, é preciso, desde já, que ela comece a ser mais explícita sobre o que realmente acredita. É necessário perder o medo de expor o que crê, de fato. Deve acabar com a hipocrisia de tentar mostrar alguma tolerância em relação a uma atitude que ela considera abertamente pecaminosa. Como no caso da Igreja Getsêmani que, em sua nota de esclarecimento, afirma que a veiculação equivocada da informação não representa a opinião da Igreja. Dizendo isso, estaria ela negando que acredita que o homossexualismo pode ser prevenido e até revertido? Bom, sinto informá-los que esse é exatamente o ensinamento cristão, corolário óbvio da convicção de que o homossexualismo é pecado.

Claro que isto não significa que se deva pregar o ódio contra os homossexuais. Isto seria, inclusive, um erro, pois o cristianismo jamais ensinou assim. Mas que a Igreja tem o homossexualismo como um pecado sério e deve falar essas coisas abertamente, sobre isto não há a menor dúvida.

Os ataques contra os religiosos, como no caso contra os organizadores dessa palestra, são até esperados. Aliás, a própria Igreja deve continuar defendendo o direito das pessoas expressarem sua indignação. No entanto, não se pode achar justo que ela precise cancelar ou mudar o nome do evento, com medo de alguma retaliação judicial. Quando as leis humanas passarem a definir o que é lícito e o que é ilícito pregar dentro das Igrejas será o fim da vida como a conhecemos e podemos dar definitivamente as boas-vindas ao admirável mundo novo, onde reina a opressão e o policiamento.

Razões para ser absolutamente contra o aborto
Permitir o aborto de qualquer tipo é permitir, em pouco tempo, todo tipo de aborto. Sabendo disso, há uma enormidade de pessoas que, por amor à vida, lutam para que essa prática não seja permitida de maneira nenhuma. Ainda assim, estes, por mais paradoxal que pareça, são logo tachados, pelos defensores do assassinatos dos bebês em gestação, de insensíveis e, apenas para não perder o costume, fascistas. Por isso, nessa matéria, não é possível qualquer tipo de concessão.

Não importa a afetação de preocupação que esse tipo de gente demonstra, como se fossem as pessoas mais misericordiosas deste mundo. Antes de ser enganado por suas carinhas de anjos, é bom captar o espírito assassino que os acomete.

O problema é que aceitar o aborto por qualquer motivo é escancarar as portas de possibilidades para que infinitos outros motivos sejam considerados também justificadores de tal prática. Isso porque quaisquer motivos que sejam apresentados jamais podem ser totalmente objetivos e é essa margem de subjetividade que permitirá que, cada vez mais, sejam solicitados, pelas razões mais diversas, autorizações para abortar.

O fato é que nenhuma pessoa é capaz de definir o que é uma vida inferior, inviável e de sofrimento. Quem pretender fazer isso está arrogando para si poderes evidentemente divinos. E, apenas para argumentar, ainda que esses fatos fossem razões para abortar, e considerando que o são apenas em determinado graus, ninguém seria capaz de afirmar qual o grau exato deveria ser considerado para permitir o aborto.

Sendo assim, não se deve ceder nem um pouco para o abortistas. Um mínimo que se lhes permita agora será o muito que exigirão amanhã. Até porque o abortismo, antes de tudo, é uma ideologia e já estamos cansados de saber que os movimentos ideológicos nunca estão satisfeitos em suas demandas. Pelo contrário, os militantes são bastante pacientes para conquistá-as progressivamente e de uma forma tão sutil que poucos conseguem captar a estratégia existente por trás.

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As nomeações ao STF de Barroso, Fux, Toffoli e Fachin representam a maior excrescência que o universo jurídico brasileiro poderia engendrar. Além de não representarem, nem de longe, o que há de melhor entre os juristas do país, não passam de paus mandados das determinações de seus nomeadores, os quais, por seu lado, rezam na cartilha globalista/comunista. E para piorar tudo, neles reside, paradoxalmente, o completo desprezo pelas leis. O que importa para eles é aproveitar do poder para colocar em prática seus delírios ideológicos.

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Fica cada vez mais fácil entender como um homem como Michel Temer, aparentemente distinto e com um nível intelectual superior, pôde estar junto à máfia petista por tanto tempo. Os últimos fatos estão trazendo à tona uma rede de articulações, que culminam agora na tentativa de deter as investigações que começam a chegar nos caciques de seu partido. Se há uma diferença de forma, no fundo vê-se que tratam-se do mesmo tipo de políticos. O Brasil permanece à mercê da pior forma de homens públicos, porém agora de barba feita e fala mansa.

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Segundo Aécio Neves, Fidel Castro foi um homem incrível, cheio das melhores intenções, que apenas errou no método. E pensar que eu torci pela vitória dessa besta na eleição contra a anta.


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