Às vezes, nós brasileiros, somos muito exigentes: Queremos ser governados por gente inteligente e sem corrupção; mas aí votamos no Luis Ahmadinejad da Silva. Queremos copa do mundo no Brasil sem superfaturamento; mas aí votamos no Ricardo Inacio da Silva Teixeira para presidente da CBF (essa sigla seria talvez o C de fiofó do Brasileiro tem Folga?). Em São Paulo queremos o CEU mas já elegemos o suplicio da diaba. Queremos ser cultos mas assistimos ao BBB. Queremos ser um país de primeiro mundo, mas nos aliamos à escória mundial; e vai por aí... .
Como se não bastasse, agora queremos que a ex-ministra Wanda entenda de literatura. Enquanto ela firmava um pacto de divisão do butim com o PMDB, a coitadinha citou Ulysses:
- "Ulysses se lançou anticandidato contra a ditadura, valendo-se da sua coragem... 'Navegar é preciso', esse verso de Ulysses mostrava que, sobretudo, mesmo quando a esperança é pequena, a coragem das pessoas tem que levá-la a lutar".
Será que os restos mortais do deputado Ulysses se agitaram no fundo do mar? Não sei; até porque quem poderia procurá-lo e ver se estava revirado - Jacques Custeau - já partiu também.
Mas a ex-ministra não estaria falando de outro Ulysses? Não estaria ela citando o romance de James Joyce? Talvez o monólogo dramático de Alfred Tennyson? Monólogo é a especialidade da tchurma da Dilma... .
Não importa, a ex-ministra errou, um pequenino erro, trocou algumas palavras apenas. Ela, na verdade queria dizer:
"Safados de urna tinham uma frase gloriosa:
"Fraudar é preciso; eleição não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada na forma para governar como eu sou:
Democracia não é necessário; o que é necessário é se locupletar.
Não conto perder a eleição; nem em disputá-la penso.
Só quero tomá-la na mão grande,
ainda que para isso tenha que haver contagem
e o (meu nome) ser a tag dessa engenhoca eleitoral.
Só quero - como toda a petralhada - dominar a humanidade;
Cada vez mais assim penso.
Só quero tomá-la - na mão - grande,
ainda que para isso tenha de entornar mais um copo
e a (minha alma) e eu, como o Lulla, ficar de fogo.
Cada vez mais arrancamos do povo o seu sangue
o propósito impessoal de avacalhar com a pátria e contribuir
para a evolução do patrimônio dos cumpanheiros.
É a forma que em nós petralhas nos transformou em caçadores e o eleitor em nossa Caça.
Ela entende sim de Literatura:
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