por United With Israel
Um olhar mais criterioso sobre os conflitos semanais entre os palestinos criadores de tumultos e as Forças de Defesa de Israel (FDI) revela uma produção de mídia bem organizada dirigida por uma família que encena esses incidentes naquilo que se tornou conhecido como “Pallywood”.
O vilarejo palestino de Nabi Saleh e seus habitantes voltaram a entrar recentemente em evidência na mídia, graças a um vídeo em que se vê uma adolescente mordendo um soldado das FDI[1] que estava tentando prender o irmão dela por atirar pedras.
As estrelas do vídeo são os irmãos Ahed e Mohammed Tamimi. Ahed, uma garota de 14 anos de idade, ficou famosa em 2012, depois que um vídeo, supostamente mostrando-a encarando sozinha soldados das FDI[2] e gritando contra eles, se tornou viral.
O vídeo de 2012 elevou a família Tamimi à fama internacional. Ahed e sua irmãzinha Janna receberam então inúmeros presentes de Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestina (AP),[3] e do primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan. Além disso, Ahed e sua família foram convidadas por Erdogan para irem à Turquia, com todas as despesas pagas, e ali foram condecoradas com a medalha de bravura nacional.
Revendo os fatos desde dezembro de 2009, quando começaram os protestos semanais em Nabi Saleh, sempre se vê um dos irmãos Tamimi, seja Ahed (14 anos), ou Muhammed (12 anos), ou ainda Janna Ayyad (9 anos) no centro de tudo aquilo. Correspondendo com o início dessas bem-documentadas manifestações está o estabelecimento de uma agência de notícias denominada Tamimi Press.
A agência de notícias e suas páginas, blogs, fóruns de internet e sites relacionados com a mídia social são de propriedade e são gerenciados pelo patriarca da família, Bassem Tamimi e seu irmão Bilal, destacados residentes de Nabi Saleh. Desde 2012, a mídia social da agência de notícias vem se dedicando principalmente a promover Ahed e Janna, que, por sua vez, geram o maior interesse da mídia estrangeira e das ONGs.
Bilal Tamimi, que coordena a presença da Tamimi Press na mídia social, disse em uma entrevista em 2011 que ele tem uma credencial de imprensa emitida pela Autoridade Palestina bem como outra credencial da ONG israelense B'Tselem, de extrema-esquerda.[4]
O assunto sobre o qual a Tamimi Press faz suas reportagens e desenvolve seus materiais gira predominantemente em torno das manifestações regulares das sextas-feiras em Nabi Saleh e das crianças Tamimi, que são o foco de inúmeros vídeos e fotografias.
Em 2011, o próprio Bassem Tamimi foi acusado e preso por incitar menores a cometerem crimes violentos, quando ele foi pego organizando as crianças do vilarejo para marcharem em direção à vizinha comunidade israelense de Halamish e de atirarem pedras.
Representações premeditadas e orquestradas
São esses ataques e marchas violentos contra Halamish que regularmente forçam as FDI a entrar em cena. Testemunhas relatam que, assim que os soldados chegam, os atiradores de pedras, tais como Mohammed Tamimi, saem de cena e são substituídos pelas garotas fotogênicas desarmadas e por outras crianças.
Ayelet Vardi, uma jornalista e produtora de filmes que mora em Nova Iorque e que participou de um desses protestos no vilarejo em março de 2015, contou à agência Tazpit:
"Foi premeditado. Senti como se fosse um desempenho orquestrado. Parecia que a intenção dos árabes era atingir o vilarejo judeu. Os soldados das FDI estavam simplesmente parados na estrada que separa os dois vilarejos".
Vardi descreveu como as crianças se aproximaram dos soldados e os xingaram, enquanto os fotógrafos e cinegrafistas aguardavam para filmar as reações dos soldados. “As crianças ousadamente continuavam provocando os soldados e algumas delas até mesmo cuspiram neles”, disse ela.
À luz dessa ocorrência semanal, a família Tamimi tem sido criticada e culpada por encenar e instigar a realização desses eventos que alimentam a publicidade de sua própria agência de notícias. Até mesmo um recente artigo no jornal inglês The Guardian relatou que “há evidências de que os Tamimi estão intensamente conscientes do valor que essas cenas têm em seu ativismo”.
“Eles [a família Tamimi] estão criando as notícias que depois vendem para o mundo”, disse Eliran Malki, um blogueiro israelense que foi o primeiro a pesquisar o negócio das notícias da família Tamimi na mídia.
O mais recente incidente de Nabi Saleh não é o primeiro em que um membro da família Tamimi é o personagem de suas próprias notícias.
Ahlam Tamimi, que é descrita pela ala militar do Hamas como sua primeira recruta feminina, era uma estudante de jornalismo na Universidade de Birzeit[5] e jornalista em período parcial para um canal de notícias palestino em Ramallah. Ela também é prima em primeiro grau de Bassem Tamimi e nativa de Nabi Saleh.
Ahlam fazia parte da célula terrorista do Hamas que executou o atentado no restaurante Sbarro em Jerusalém em agosto de 2001,[6] que tirou a vida de 15 vítimas. Ela foi sentenciada a 6 penas consecutivas de prisão perpétua por sua participação no plano terrorista.
No documentário “Hot House” [Casa Quente] de 2007, uma crônica sobre a vida dos palestinos terroristas na prisão, ela é vista relembrando como, imediatamente depois de conduzir o homem-bomba até o restaurante, ela foi de volta a Ramallah para aparecer na televisão e fazer calmamente a reportagem sobre aquele atentado.
É interessante que a imagem e as citações de Ahlam são frequentemente utilizadas para decorar as camisetas usadas por Ahed Tamimi.
Atualmente, Bilal Tamimi está trabalhando em um documentário chamado “O Brilho da Resistência”, tendo Ahed e Janna como os enfoques principais. O projeto é apoiado pela produtora independente AMZ, estabelecida no estado americano do Oregon. Bassem fez um tour de palestras pelos Estados Unidos.
A “Garota Prodígio” das provocações encenadas pelos palestinos
O jornal Daily Mail revelou que uma das garotas que aparecem no recente vídeo, lutando com um soldado, é Ahed Tamimi, cujos pais, Bassem e Nariman, são conhecidos provocadores palestinos em Nabi Saleh, que é um local onde ocorrem as mais violentas manifestações palestinas, financiadas em parte por fundos europeus e das quais participam anarquistas europeus.
Apelidada de “Shirley Temper”* pelo blog http://www.Israellycool.com e rotulada como uma estrela de “Pallywood” -- termo cunhado pelo historiador americano Richard Landes -- Tamimi recebeu o prêmio Handala Por Sua Coragem, do presidente turco Erdogan, na cidade que ela diz ser sua preferida para morar -- Istambul. O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, também a recepcionou em seu gabinete, homenageando-a por sua atividade anti-Israel.
Ela tem aparecido em diversos clips de provocações encenadas contra as Forças de Defesa de Israel,[7] que são confrontadas por esse tipo de violência semanalmente.
* N.T.: uma alusão a Shirley Temple, menina americana, atriz ainda criança e famosa nos anos 1950, e trocadilho com “temper”, devido ao temperamento difícil de Ahed.
Notas:
Originais:
Publicado na revista Notícias de Israel – www.Beth-Shalom.com.br.
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