terça-feira, setembro 05, 2017

Glenn Greenwald chama Bolsonaro de fascista, recebe piada em resposta e tem chilique mimimi







por Flavio Morgenstern (*).

Imagem meramente ilustrativa de Gleen e seu namorado brasileiro e de Bolsonaro


Gleen Greenwald era jornalista do tablóide inglês de extrema-esquerda The Guardian quando, em 2013, Edward Snowden quis revelar segredos dos sistemas de vigilância da América, que estavam espionando cidadãos privados. Greenwald foi escalado para a matéria, ficou mundialmente famoso como o grande jornalitaço a revelar Snowden ao mundo e os podres da América, naquele ideal de coragem e investigação com auto-sacrifício por puro amor à causa e ganhou um Pulitzer pelas reportagens.

Hoje Glenn Greenwald mora no Rio de Janeiro e foi o único jornalista para quem Lula teve coragem de dar uma entrevista exclusiva recentemente (afinal, Greenwald é um seu notório puxa-saco e nunca ousaria perguntar algo sobre petrolão, Foro de São Paulo, projeto de compra de outros poderes para concentrar o mando em suas mãos ou, sei lá, Celso Daniel). É co-editor de um dos sites mais burros da internet, o Intercept, que nunca deixa de falhar miseravelmente a cada parágrafo.

Sem muita surpresa, Greenwald é mais um daqueles repetidores de clichês manjados de esquerda: ser contra o casamento gay é homofobia, não aceitar cotas raciais é racismo, aquela papagaiada toda. Conheceu um único esquerdista, conheceu simplesmente todos. É sempre Vale A Pena Ver De Novo, reprise de novela com diálogo oco. E tudo o que discorde do PT de Lula (aquele que manda dinheiro pra tudo quanto é ditadura anti-semita) é “fascismo”. Digamos, um Jean Wyllys que não fala cuspindo.

Hoje, Glenn Greenwald soltou um tweet contra seu alvo preferido no Brasil, o deputado Jair Bolsonaro. Apoiado no vomitório de clichês de sempre, Greenwald chamou o presidenciável com maior ascensão quanto mais é conhecido pelos brasieiros de “cretino fascista”. Mais ou menos como a massa amorfa daquilo que não é esquerdista e nem comunga dos clichês cacetes de Greenwald.




Jair Bolsonaro, em resposta, apostou em uma piada. Deu um retweet no chiste clichê de Greenwald, brincando com a língua inglesa, nativa do jornalista, fazendo uma tradução literal de “Você queima a rosca? Eu não ligo! Seja feliz! Abraços para você!”


Glenn Greewald imediatamente subiu nas tamancas. Num chilique ainda mais clichê do que chamar todo mundo de fascista, estrilou e deu um ataque de pelanca novamente tratando Bolsonaro por um “fascista” e dizendo que o congressista respondeu à sua “crítica” (sic) fazendo referência ao sexo anal gay, “sempre em sua mente”.




É claro que qualquer coisa envolvendo Bolsonaro (e pechando Deus e o mundo, literalmente, de fascista) rende aplauso fácil entre a militância de esquerda (e a esquerda, hoje, é só a sua militância). Qualquer um hoje ataca Bolsonaro, recebe uma piada em resposta e corre para a fila dos ofendidos pelo Quarto Reich em pessoa. Lógica, por outro lado, não perambula muito perto dessa gente por medo de ser assaltada.

Ora, Bolsonaro respondeu à mais forte acusação política em voga no mundo (que nem no mundo comprimido em 140 caracteres do Twitter pode ser denominado como “uma crítica”) com um chiste fazendo referência justamente ao que Glenn Greenwald usou como “justificativa” para denominá-lo fascista: sua suposta “homofobia” por não apoiar o casamento gay.

O presidenciável ironiza, dá risada, manda abraços, fala que não tem nada contra o seu homossexualismo. O jornalista já dá um faniquito que nada tem a ver com sua sexualidade, e sim com uma afetação de superioridade para apelar para minorias, -ismos e -fobias que exigem aderência imediata com ideais progressistas. E não retira as suas palavras fortes: para os inquisidorezinhos 2.0 da esquerda neocomunista, só os outros usam palavras fortes: você pode inventar mentiras sobre eles o quanto quiser e voilà, se ele responde com uma ironia, enquanto você tenta forçar uma descrição mentirosa, o “cretino fascista” só pode ser o outro.




Afinal, de quem você tem medo comandando o país: o suposto “ditador militar” que dá risada, manda abraços, debocha e não age pelo poder, ou alguém eleito pela ditadura do ofendidinho, que acha que se ofender é ter razão (aquilo que denominamos siricuticocracia), que aponta ideologias em quem não as possui para persegui-lo, que destrói o vocabulário descritivo para acusar inimigos e destruir sua imagem sem precisar argumentar ou ser minimamente racional?





Não custa notar que uma das defensoras de Gleen Greewald foi Cynara “Team Grelo Duro” Menezes, a Socialista Morena, que pode fazer “piadinhas” como essa que serão entendidas como mero e inocente gracejo com algo tão irrelevante e simpático quanto o genocídio promovido pela Revolução Russa:




Claro que aí não há defesa nenhuma de assassinato e genocídio. Muito menos de ditadura, até parece. Fascista é só quem sabe que a ditadura militar brasileira só e tão somente existiu porque havia uma esquerda armada no Brasil antes de 1968 matando inocentes na rua para implantar a ditadura do proletariado.



Você acha mesmo que Glenn Greenwald está preocupado com um suposto “fascismo” e acredita mesmo que Jair Bolsonaro tem a mais remota preocupação com os seus entrefolhos? Basta ver com quem ele anda na hora do recreio. Essa gente não está nem aí para gays, pobres, oprimidos e vitimizados (como os vitimizados por bandidos). O que querem é lacrar para idiotas que se surpreendem com palavras que acham que entendem votarem em candidatos prontinhos para implantar a real ditadura do proletariado do socialismo do século XXI. Stalinismo 2.0, Gulag único dono, sem riscos e amassos na lataria.

(*)Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs" (ed. Record). No Twitter: @flaviomorgen
Fonte: sensoincomum.org

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