Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada.
Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
Depois eles incitam as invasões de terras, produtivas por quê não?
Um dia mais e eles incitam o confronto entre o que consideram os opressores e os oprimidos. Negros x brancos,homossexuais x heterossexuais, diplomados x não diPROmados.
Mais à frente eles plantam notícias de louvores mil ao seu presidente; não importa que seja o Gordon Moore, o Alan Moore, a Demi Moore ou o Michael Moore (aquele do bullying of Columbine - ou coisa que o valha -): falando bem é o que importa; com dinheiro dos nossos impostos ou não, tanto faz.
Outro tempo mais e eles compram pesquisas que são capazes de eleger qualquer coisa - até uma pipoqueira, ou merendeira, ou lavadeira, ou ex-guerrilheira; tudo para justificar uma possível - mas verdadeira - mexida na urna.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, nosso cabo de TV, nosso DVD, nosso penico e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, e sempre nos borramos todo, Já não podemos dizer nada.
Vladimir Maiakovsky & Carlovsky Antoniovsky
Nenhum comentário:
Postar um comentário