por Herman Glanz
No mundo islâmico a facção sunita domina as nações árabes em geral, enquanto a xiita está com não árabes. Daí termos também confrontos entre facções. No Egito, sunita, a condenação do ex-presidente Osni Mubarak a prisão perpétua trouxe confrontos. Enquanto isso, o segundo turno das eleições no mesmo Egito prognostica vitória do candidato da Irmandade Muçulmana, entidade sunita radical, que vai conseguindo espaço nos países árabes. Na Jordânia, a Irmandade Muçulmana busca derrubar a monarquia. Aliás, a Irmandade busca expulsar governantes moderados e que promovem governos laicos em todas as nações islâmicas. Os árabes consideram que o presidente americano, Obama, tem dado apoio a essa Irmandade Muçulmana.
Na Síria, os Estados Unidos fornecem armas ao grupo rebelde “Amigos da Síria”, que lutam, junto com outros grupos, para derrubar o governo de Bashir Assad, mas esse grupo pretende entronizar no governo a Irmandade Muçulmana. Também devemos observar que, enquanto o governo americano expulsa diplomatas sírios, recebe em Washington o Príncipe governante Salman bin Hamad Al-Khalifa, do Bahrein. O Príncipe não esteve com Obama, para evitar, talvez, algum constrangimento, mas prometeram-lhe armas sofisticadas, ainda não vendidas, porque o Congresso não autorizou. Todavia o apoio ao Bahrein se dá porque interessa aos sauditas, que mandaram tanques reprimir as revoltas locais no Bahrein. Os americanos se entendem com a Arábia Saudita: é o dinheiro saudita que conta. No caso do Yemen, apoiaram a mudança do dirigente porque interessava aos sauditas.
As críticas ao presidente americano, Obama, pela ausência de uma ação mais dura contra a Síria e contra o Irã são entendidas, mas Obama está em ano de eleições que ocorrerão em novembro próximo. O presidente americano não pode embarcar numa guerra, a não ser que haja um motivo muito forte. Do contrário pode perder as eleições, porque os americanos não querem seus filhos morrendo em terras estranhas. Por isso Obama vai empurrando qualquer solução agressiva para depois das eleições falando em soluções diplomáticas e forçando Israel a permanecer isolado.
Mas o tempo pode ser fatal no caso iraniano. A Síria já está removendo sua fronteira com o Líbano, tomando conta deste país, com apoio do Hizbollah, e onde já morreram 8 em confrontos. E diante da situação interna de guerra civil na Síria, Assad está mandando para o Hizbollah os foguetes e mísseis mais avançados de seu estoque de armas, e daí poderão atingir qualquer ponto de Israel e países vizinhos. Hizbollah e Síria estão pretendendo, ainda, fazer chegar tais armas à Faixa de Gaza. A ameaça a Israel fica mais séria.
O ódio continua sendo o “molho bem apimentado que faz o povo engolir e digerir as políticas”, disse Jabotinsky, ainda em 1940. Dirigentes americanos e também israelenses não entendem o sucesso que faz a propaganda do ódio aos judeus, e, porque não dizer, aos próprios americanos. Os homens têm instintos bárbaros para matar seus semelhantes. Parece que nada foi aprendido com as guerras e genocídios, e os massacres no século passado, não só da Alemanha nazista, não só na ex-União Soviética como denunciado na Declaração de Praga, bem como na antiga Iugoslávia, Ruanda, Bangladesh, Iraque, Sudão, este ainda fazendo seus massacres, sem esquecer Pol Pot.
A barbárie continua, e se não houver uma forma de estancar genocidas, o povo judeu enfrentará novos perigos. Todavia algo se move e pode tudo mudar, porque a ameaça do Irã continua e as potências estão inquietas. Segundo noticia a mídia, Obama autorizou ataque com vírus às instalações nucleares iranianas, como é o caso do vírus Flame, que furta informações, um vírus espião; e já se fala em intervenção militar na Síria.
Fonte: www.pletz.com
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