por Herman Glanz –
Quando se fala em crueldade todos pensam em assassinatos bárbaros, terroristas, homens-bomba e, acima de tudo, o Holocausto, que ocupa lugar único na história da barbárie mundial. Todavia, estamos diante de uma crueldade imoral, e não chamamos tal situação de crueldade moral, talvez pensando em assédio moral.
A campanha que se observa no mundo de demonização de Israel, de deslegitimação de Israel, de diabolização do sionismo, tudo formas de antissemitismo disfarçado ou explícito, são os exemplos de hoje em dia, ao lado do antissemitismo explícito quando jovens judeus são atacados na França, na Bélgica e quando vemos falar contra judeus, simplesmente por o serem. Quando se fala contra um cidadão traficante não se complementa com a sua fé. Mas no caso judaico fica patente o ódio que impera, tanto pelos nazistas da direita, como nazistas da esquerda predatória, uma parte da esquerda que se junta aos nazistas e aos fundamentalistas para ir contra judeus e Israel, que se tornou o judeu das nações.
Essa campanha de deslegitimação, de boicote, de demonização não passa de uma crueldade imoral, que planta as bases para os ataques e assassinatos, na Europa, nos Estados Unidos e Canadá, na América do Sul e, é claro, em Israel. Hanna Arendt falou em “banalidade do mal”, com o que não concordamos. Nada de banal – é uma crueldade imoral. São as crueldades desse tipo que descambam para a indústria da morte, um Holocausto em processo, um Holocausto em marcha em busca de poder.
O ensino do Holocausto nas escolas alemãs se tornou obrigatório. Mas se observa, hoje, uma mudança de atitude, crescendo a reação a essa possível expiação de culpa, como se o fosse possível. Alunos não mais querem saber que os antepassados fizeram coisas horríveis. E diante da crueldade imoral do ódio que se espalha com propaganda cínica e mentirosa, passam a se voltar contra judeus, novamente, em contraponto à culpa pelo Holocausto.
Fala-se em nazismo, mas se omite que se trata de “nacional-socialismo”, ou “socialismo nacionalista”, traduzindo do alemão. Tudo para evitar confundir o socialismo com os alemães. O fator judeu selou as relações de Hitler e Stalin de 1933 a 1941, quando, na semana que vem, lembraremos os 69 anos da invasão da antiga União Soviética pela Alemanha, rompendo o Pacto existente entre aqueles dois países, Pacto que permitiu a Segunda Guerra e toda a tragédia provocada pelos nazistas. Stalin também foi cruel. Stalin também matou judeus, mas nada se compara à crueldade alemã.
A crueldade imoral de hoje utiliza requintes de crueldade da propaganda e marketing. Isto deve ser combatido para não lamentarmos as desgraças que a história nos ensina. Os palestinos de hoje (antes palestinos eram os judeus, onde estivessem) dizem que Jesus era palestino(*), os antissemitas dizem que o sionismo é nazismo, para tocar no ponto mais sensível para os judeus. A crueldade imoral não tem limites. Quando se atacam os países capitalistas, se busca granjear poder para o próprio lado, lado que é totalitário. Quem não protesta e não vê a hora da queda do ditador da Síria apenas quer manter a sua pretensa forma de buscar o poder, e o dinheiro, para o próprio lado. O bem passou as ser moeda de dois pesos e duas medidas.
É por isso que devemos conhecer e combater essa crueldade imoral.
(*) Adendo do Blogandofrancamente:
Pela Bíblia e pela história Jesus não nasceu na Palestina, mas na Terra de Israel, na então cidade israelense de Belém, tendo vivido a maior parte da sua vida em Nazaré, cidade também israelense, e exercido o seu Ministério na Judéia, Samaria e Galiléia, regiões totalmente dentro dos limites da Terra de Israel que, na época, estava debaixo do domínio colonizador de Roma e não de nenhum grupo palestino;
Pela Bíblia e pela história Jesus não é palestino ou de origem árabe, mas judeu, nascido de mãe judia, Mirian, traduzido por Maria e na família de Yossef (José), descendente de David e de Abraão, Isaque e Jacó e viveu como judeu todos os dias de sua vida. (Rede Sepal)
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