O Wall Street Journal relata percalços enfrentados por empresas como Petrobras e OGX, que tiveram que reduzir expectativas de produção.
Investidores brasileiros têm descoberto que os recursos naturais do pré-sal não significam exatamente dinheiro na mão" e que a "euforia (do petróleo) sucumbiu à realidade", diz uma reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal norte-americano Wall Street Journal.
Com o título "Por que o petróleo brasileiro demora a pegar fogo", o artigo faz uma análise do preço das ações do setor petroleiro no Brasil, dizendo que os papéis da Petrobras estão hoje no mesmo patamar do que em outubro de 2006 e que as ações da empresa OGX perderam dois terços do seu valor de mercado desde 2008.
De acordo com a reportagem, as duas empresas brasileiras diminuíram suas estimativas de produção e estão tendo que investir mais do que o previsto.
O consultor de energia especialista em América Latina Roger Tissot diz no artigo acreditar que o Brasil foi superestimado quanto ao seu potencial petrolífero. Tissot culpa o governo brasileiro: "a política do governo limita a implantação de capital estrangeiro e a especialização, retardando o desenvolvimento e aumentando os custos".
O Wall Street Journal culpa exigências feitas pelo governo, de que investimentos tenham aproveitamento local, por ineficiências nos gastos. (Mas nós brasileiros culpamos o amadorismo dessa gente absolutamente incapaz de gerir um simples bordel de beira de estrada)
Com isso, segundo o diário, o custo de produção por barril da estatal brasileira aumentou.
De acordo com Matt Portillo, analista do banco de investimentos Tudor, Pickering, Holt & Co., ouvido pelo jornal, empresas estrangeiras envolvidas na descoberta das reservas do pré-sal têm sido um melhor investimento e conseguiram se beneficiar do entusiasmo criado, inclusive com a venda de participações no negócio para outras empresas.
O jornal diz que ações de empresas colombianas do setor tiveram um desempenho "bem melhor que os rivais brasileiros".
A indústria do petróleo do país vizinho cresceu 6,5% por ano desde 2003. Esse aumento coincidiria com novas políticas para encorajar o investimento estrangeiro em petróleo e gás.(economia.ig.com.br)
CONTINUAMOS IMPORTANDO GASOLINA
Apesar do volume recorde processado, em torno de 2,01 milhões de barris por dia no mês de junho, a Petrobras teve de aumentar as importações de combustíveis no primeiro semestre para fazer frente ao forte crescimento do consumo.
Segundo o comunicado, a empresa importou em maio uma média de 73 mil barris diários de gasolina, com expansão de 98% sobre o mesmo mês do ano passado. Já as compras externas de diesel chegaram a 149 mil barris diários em maio, um volume similar ao do ano passado, mas 50% superior à média diária de 2009.
A Petrobras calcula que caso não consiga operar as refinarias que está construindo, o Brasil terá de importar em 2020 cerca de 40% do combustível que consome.
Com o objetivo de reduzir a importação de gasolina, o governo anunciou na segunda-feira que estuda a possibilidade de elevar de 20% até 25% a porcentagem de etanol que as distribuidoras têm de misturar à gasolina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário