por Ronaldo Gomlevsky
Tarso Genro e seu protegido, o assassino Battisti |
“Dizem que é muito saboroso”, fala Tarso Genro sobre maconha |
Você, meu querido leitor, tem consciência dos problemas que envolvem a vida e a disputa entre árabes e judeus no Oriente Médio? Você já teve a coragem de sequer abrir um livro cuja tese seja de defesa de uma parte e, ainda, um outro que defenda a parte contrária? Você já conseguiu se informar sobre o assunto na proporção que lhe possibilite, verdadeiramente, sem paixões e sem preconceitos traçar uma linha de raciocínio que lhe leve a conclusões sensatas e benéficas na busca pelo equilíbrio e pela paz na região?
Caso a sua resposta seja sim, já li e concluí, você é legitimo para ter uma opinião sobre o tema. Caso sua resposta seja não, você está, por si próprio, proibido de ter uma opinião. Você pode dizer que “acha” mas que não sabe.
Normalmente, preconceitos de judeus contra árabes e de muitos contra os judeus, montam na cabeça do preconceituoso falsas teses que defendam seu ódio, sua estupidez e sua insensatez transformada em repulsa ao desconhecido. A explicação que se pode obter a respeito do desequilíbrio de certa imprensa na divulgação dos fatos que ocorrem no Oriente Médio, vem da obtusidade e do desconhecimento que alguns editores pensam que resolvem publicando fotos bombásticas.
Não faz muito tempo, os gaúchos, habitantes de Porto Alegre, foram surpreendidos com a atitude leviana de seu governador que aceitou, provavelmente, também sem conhecimento de causa e, talvez pelo sentimento de culpa que lhe acompanha por ser um judeu não judeu, repito, aceitou abrir as portas da cidade que é a capital de seu estado para discutir a causa palestina.
Certamente o Rio Grande do Sul, não deve ter qualquer problema de pobreza, de falta de moradia para a população carente, não deve ter filas nos hospitais públicos, não deve ter esgotos a céu aberto, deve ter escolas públicas de excelente qualidade, por isso mesmo, seu governador pode se dar ao luxo de virar as costas para os problemas de seu povo para tratar de um assunto, do qual, certamente, pouco conhece, desperdiçando os recursos da cidadania que o elegeu em atividade política contra um país amigo do Brasil, para atender meia dúzia de eleitores ou, quem sabe, atender também o seu próprio preconceito contra seus ancestrais.
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GAÚCHOS À MARGEM. Favelas crescem 29,8% no Estado - KAMILA ALMEIDA, ZERO HORA 22/12/2011
Censo aponta que, em 10 anos, Rio Grande do Sul ganhou 68,2 mil favelados
De 2000 até o ano passado, o número de favelas no Rio Grande do Sul teve um crescimento de 29,8%. Mais do que o dobro que o crescimento da população no mesmo período, de 12,3%. Recorte do Censo 2010, o dado faz parte do levantamento Aglomerados Subnormais, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Hoje são 297.540 indivíduos nessas condições, contra 229.244 em 2000. O número corresponde a 2,8% dos gaúchos. Em 1991, quando o censo começou a ser realizado, a população de favelados no Estado não chegava a 100 mil. Era de 99.621.
– Esse resultado é assustador, uma certa contradição se considerar as projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), que levavam em conta a regularização fundiária a partir do estatuto das cidades – disse o professor do Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional da UFRGS Eber Souza Marzulo.
Levando em consideração apenas os municípios, o levantamento revela uma migração para regiões suburbanas de Porto Alegre. A Capital assistiu a um crescimento de 34,5% da população em áreas suburbanas – eram 143.353, em 2000, e passaram a ser 192.843. Também mostraram crescimento municípios como Tramandaí (11,8%), no Litoral Norte, e Novo Hamburgo (9,3%), no Vale do Sinos.
Fabiano Pereira, secretário de Justiça e de Direitos Humanos do Estado afirma não haver explicações plausíveis para este crescimento no Estado.
– O Brasil cresceu tanto em muitos setores. Agora, 2012 tem de ser o ano da cidadania e dos valores. Não podemos admitir seres humanos passando fome e morando em áreas degradadas – destaca Pereira.
Matéria do Jornal Zero Hora revela as cidades do RS lembradas pelos índices de criminalidade.
O que revela o mapa do crime?
Se Porto Alegre é a capital de todos os gaúchos, algumas cidades poderiam dividir o título quando o tema é a violência. Entre as candidatas ao indesejável posto está Alvorada, campeã em assassinatos. Com 195 mil habitantes, o município apresenta uma taxa de homicídios comparável às registradas na Colômbia e no Iraque pós-guerra.
A seguir, ZH mostra como é o mapa do crime no Estado, depois de cruzar dados da Secretaria da Segurança Pública, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
A cidade das mortes
Ao longo de 2010, uma pessoa foi morta em Alvorada a cada quatro dias. Com 90 assassinatos no ano passado, o município apresenta uma taxa quase 70% maior do que São Leopoldo, a segunda colocada no ranking, com 68 mortes.
Para as autoridades policiais, o tráfico de entorpecentes está por trás de maioria dos casos. Estimam que oito em cada 10 crimes tenham as drogas como pano de fundo (na foto acima, uma operação para combater homicídios na cidade).
– Em Alvorada, o tráfico está disseminado em toda a cidade – diz o delegado Omar Abud, titular da 1ª Delegacia Regional da Polícia Civil em 2010.
Na década de 90, a cidade era a quinta do ranking de homicídios, com taxa de 27,6 mortes para cada 100 mil habitantes. Em 2005, já havia alcançado o topo da lista com taxa de 29 assassinatos. Agora, bateu a casa das 45 assassinatos.
– Estou designando um delegado para concluir os inquéritos parados. Esse trabalho antecede a criação de uma delegacia especializada em homicídios – diz o novo titular da delegacia regional, Leonel Carivali.
Porto Alegre acorda com outdoors espalhados pela cidade denunciando caos na saúde do RS
Janeiro de 2010
Diversos outdoors foram espalhados pelas ruas de Porto Alegre estampando a frase: RS 1° lugar em tudo e, logo em seguida, trazendo alguns dados dos recordes negativos, como a que afirma que Porto Alegre é a capital brasileira com o maior número de aids por habitante do país.
Esta foi mais uma iniciativa do Grupo SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade, visando chamar a atenção da população, das autoridades e, principalmente, dos participantes do Fórum Social Mundial, para denunciar a má gestão na saúde do Estado e da Prefeitura de Porto Alegre, que tem contribuído para deixar tanto o Rio Grande do Sul, quanto a capital com o maior número de casos por cada 100 mil habitantes e tentando buscar apoio de outras instituições para que esse quadro possa ser mudado.
Mesmo após a coletiva com a imprensa realizada em parceria com o SIMERS – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul no último dia 11 de janeiro, onde foi deliberado o encaminhamento das denúncias ao Ministério Público Federal e Estadual, nada foi resolvido.
Gustavo Bernardes, coordenador Geral do SOMOS tem recebido diariamente denúncias de diversas pessoas que vivem com aids que tem ido procurar seus resultados de exames de carga viral e CD 4 feitos no LACEN e que os mesmos não estão sendo realizados no prazo previsto. “Tem pessoas vindo do interior do Estado buscar seus exames e eles não estão prontos e dizem que os exames feitos em dezembro terão que ser descartados e refeitos, causando enormes transtornos para população que vive com HIV/Aids”, afirma.
Sobram problemas na gestão Estadual e Municipal. No Estado a Política não tem nem coordenação e os recursos de prevenção para as ONGs estão parados desde 2008. No município o gestor não investe em prevenção e falta diálogo com a sociedade civil.
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Bem, fotos de crianças mortas na guerra diária de Gaza, do lado palestino, não só vendem jornais mas, mais do que isso, colocam o mundo contra o “agressor” que no caso vem a ser na verdade, o real agredido. O Oriente Médio não é apenas palco das novelas de Glória Peres, Mashalá! É também palco de muitos mistérios que não se resolvem com a leitura esporádica de seus temas em jornais ou revistas.
Se você quer saber e opinar sobre o assunto, leia e conheça mas não se deixe levar por apelos sentimentais.
Desde que o mundo é mundo, guerra sempre foi guerra!
(*)Ronaldo Gomlevsky é Editor Geral da Revista Menorah e escreveu para o Pletz.
Importante - As informações sobre favelas e a violência no RS, bem como as imagens, foram colocadas pelo blogando e não pelo autor do artigo.
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