segunda-feira, abril 25, 2011

POLITICAMENTE CORRETO É O CACETE II







Iniciei minha vida profissional, como jornalista, em 1980. Ainda estávamos no regime militar - que hoje é conhecido como ditadura. Não havia mais censura. O cerceamento da nossa liberdade de expressão era mais sutil. E provinha dos dois lados. Num deles estava o poder. No outro, a "patrulha ideológica" da oposição. O pessoal do poder achava que tudo o que fazia era certo. Se alguém discordasse, só podia ser por ignorância ou má-fé. Já a patrulha entendia o mesmo, só que com os sinais trocados.

Mas havia ao menos certa ética na lide. Mil vezes ouvimos de nossos mestres do jornalismo: "Informação é informação; opinião é opinião. Misturar as duas coisas é antiprofissional. Distorcer a primeira para valorizar a segunda, então, é imoral".


Tudo bem. Em momentos de exceção, como aqueles, o maniqueísmo brotava naturalmente. Ser radical parecia ser a única saída. Era comum ouvir frases do tipo: "Quem não é meu amigo é meu inimigo". Ou até: "Quem é inimigo do meu inimigo é meu amigo". Era preto ou branco. Não existia cinza.


O que me surpreende hoje em dia é que, depois de 26 anos de convivência democrática, ainda haja gente que pense assim. A "patrulha" agora tem um nome mais pomposo: "correção política". Quer dizer, abolição do nosso vocabulário de todas as palavras que tragam embutidos algum preconceito ou discriminação. Ou seja, quase tudo.

Imaginemos, por exemplo, o diálogo num hotel.

"Boa noite, senhor, queira, por favor, preencher a ficha."


"Hum... Não vai dar! Chamou-me de senhor, isso quer dizer que me prejulgou, tachando-me de idoso. Ou, no mínimo, de alguém com status social superior ao seu..

"Desculpe-me, quis apenas ser respeitoso..."

"Eu vim aqui à procura de um quarto, não de respeito. Quem gosta de tratamento cerimonioso ou é aristocrata ou, pior, burguês metido a nobre."

"Como, então, devo chamá-lo?"

"Cidadão, camarada, companheiro, qualquer coisa assim... Ah, e a sua ficha está incorreta. No item sexo constam apenas duas alternativas."

"E existe alguma outra?"

"Várias! Escreva apenas "orientação sexual" e deixe um espaço em branco para ser preenchido."

"A coisa está ficando preta!"

"Você não deve usar essa expressão. Ela define um quadro confuso, aludindo aos negros. Perdão, afrodescendentes."

"Ai, meu Deus!"

"Essa sua exclamação também é excludente. Tem muita gente no mundo que acredita em outro deus. Como outros que cultuam vários deuses e também os que não acreditam em deus nenhum. De mais a mais, por que o seu deus atenderia, particularmente ao seu chamado?"

"E chamar alguém de t. d., isso pode?"

"Só se não for com sentido ofensivo ou depreciativo."

"Com licença. Eu tenho de trabalhar."

"O que você quis dizer com isso? Que eu não tenho trabalho? Só porque me visto como um estudante?"

Qual é a razão da minha implicância com o conceito de "politicamente correto"?


É que, no Brasil, o que era só uma recomendação acabou por se tornar um dogma. Não se pode chamar sequer de religião. Isso porque, apesar de cada uma delas reivindicar exclusividade sobre a palavra divina, todas aceitam coexistir de maneira pacífica. Já os fiéis do "politicamente correto", não! Eles primam pela intolerância.


Não é porque não se concorda com uma pessoa que se adquire o direito de excomungá-la. A campanha difamatória que alguns órgãos da imprensa fizeram, dias atrás, contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é um bom exemplo disso. Tratou-se, a meu ver, de mais um caso de má conduta profissional. Simplesmente lhe atribuíram palavras que não eram dele e foram ao Congresso perguntar a opinião dos inquilinos que lá se encontravam: "Excelência, o que achou de FHC afirmar que não quer mais saber do povão?".

A resposta era previsível. Já estava implícita na pergunta. Acontece que ele jamais afirmou isso. É incrível que até experientes políticos aliados tenham caído nessa armadilha.


Li e reli várias vezes o longo artigo que ele publicou. O que pude entender é que o que ele pretendeu foi dar um belo pito na oposição: quem a exerce não pode lutar com as mesmas armas que o governo. Vai perder, porque o poder sempre tem os melhores instrumentos. Não se trata de fazer mais, mas de fazer diferente. E FHC apresentou várias sugestões nesse sentido. Em nenhum trecho de seu texto ele afirmou que a população mais carente devia ser deixada de lado. Resumiu-se a recomendar a seu partido que procurasse conhecer melhor o pensamento e os hábitos da nova classe C - ou "novas camadas possuidoras", no dialeto uspiano.

Mas foi essa a interpretação leviana que os tais "politicamente corretos" da imprensa repassaram ao público. Tentaram induzir a ideia de que o ex-presidente não passa de um "liberal com propensões elitistas".

Ora, se disserem isso de mim, é verdade! Mas FHC não cabe nesse figurino. Ele é e sempre foi um convicto social-democrata.


Ah, não é correto uma pessoa pública, como Fernando Henrique Cardoso, referir-se ao povo como "povão"? Então, por que nunca protestaram contra as abundantes expressões "politicamente incorretas" de Lula? Como se pertencer ao PT fosse desculpa para alguma coisa...

Ora, pessoal, numa democracia é fundamental que os que estão no governo governem, que os opositores se oponham e que a imprensa noticiosa noticie. Somente assim o "povão" se torna apto a julgar. Embaralhar tudo isso só dá confusão: o discurso dos governistas é de oposição, os oposicionistas não se assumem. E os repórteres distorcem as reportagens.


É por isso que ninguém pode ter o direito de policiar as ideias de ninguém. Abaixo a ditadura! E abaixo o "politicamente correto", também!


João Mellão Neto para o Estado de São Paulo, título original "Contra o Politicamente Correto.

domingo, abril 24, 2011

Genocídio Armênio

 Charles Aznavour.



24 de abril de 1915
Genocídio Armênio1.500.000 armênios friamente assassinados por ordem de Talaat Paxá, Ministro do Interior da Turquia em 1915.
Lembrar para que não aconteça novamente








ILS SONT TOMBÉS





Shahnour Vaghinagh Aznavourian, mundialmente conhecido como Charles Aznavour.





lls sont tombés sans trop savoir pourquoi




Hommes, femmes et enfants qui ne voulaient que vivre


Avec des gestes lourds comme des hommes ivres


Mutilés, massacrés les yeux ouverts d´effroi





Ils sont tombes em invoquant leur Dieu


Au seuil de leur église ou le pas de leur porte


Em troupeaux de désert titubant em cohorte


Terrassés par la soif, la faim, le fer, le feu.





Nul n´éleva la voix dans un monde euphorique


Tandis que croupissait un peuple dans son sang


L'Europe découvrait le jazz et sa musique


Les plaintes des trompettes couvraient les cris d'enfants.





Ils sont tombés pudiquement sans bruit


Par milliers, par millions, sans que le monde bouge


Devenant un instant minuscules fleurs rouges


Recouverts par un vent de sables et puis mourir.





Ils sont tombés, les yeux pleins ds soleil


Comme un oiseau qu'en vol une balle fracasse


Pour mourir n'importe où et sans laisser de traces


Ignorés, oubliés dans leur dernier sommeil





Ils sont tombés, en croyant ingénus


Que leurs enfants pourraient continuer leur enfance


Qu'un jour ils fouleraient des terres d'espérance


Dans des pays ouverts d'hommes aux mains tendues.





Moi je suis de ce peuple qui dort sans sépulture


Qui choisit de mourir sans abdiquer sa foi


Qui n'a jamais baissé la tête sous l'injure


Qui survit malgré tout et qui ne se plaint pas





Ils sont tombés pour entrer dans la nuit


Éternelle des temps, au bout de leur courage


La mort les a frappés sans demander leur âge,


Puisqu'ils étaient fautifs d'être enfants d'Arménie. 




Tombaram sem saber porque


Homens, mulheres e crianças que só queriam viver


Cambaleando tais bêbados


Mutilados, massacrados, olhos arregalados pelo pavor





Tombaram, invocando Deus


Nas suas igrejas ou na soleira das suas casas


Rebanho do deserto, titubeando em bando


Abatidos pela sede, fome, ferro e fogo.





Ninguém se importou, num mundo eufórico


Enquanto um povo se afogava no seu próprio sangue


A Europa descobria o jazz


E o queixume dos saxofones encobria o grito das crianças





Tombaram, milhares e milhares, pudicamente sem alarde


Sem que o mundo tomasse conhecimento


Confundindo-se por momentos com rosas vermelhas


Cobertas de areia, e depois o esquecimento





Tombaram, os olhos mirando o sol


Tal um passarinho atingido por uma bala,


Morrendo num lugar qualquer, sem deixar rastros


Ignorados, esquecidos em seus últimos suspiros.





Tombaram acreditando, ingênuos que eram,


Que seus filhos poderiam continuar a sua infância,


Que um dia pisariam em terras de esperanças,


Em países hospitaleiros acolhendo-os de braços abertos.





Eu sou desse povo que descansa sem sepultura


Que preferiu morrer a renegar sua fé,


Que jamais curvou a cabeça diante da injúria,


Que consegue sobreviver sem se queixar nunca.





Tombaram mergulhando no escuro


Da noite eterna, exauridos e desanimados.


A morte os alvejou sem questioná-los,


Pois eram culpados de ter nascidos Armênios








sábado, abril 09, 2011

POLITICAMENTE CORRETO É O CACETE.






O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA




Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto. Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa/ debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".

Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha. Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?

É Villa Lobos, cacete!

Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas.

A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.

Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.

Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil. Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.

Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias ou coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.

Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice.

O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.

Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular “pintor de roda-pé” ou “leão de chácara de baile infantil” - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo “picolé de asfalto” ou “bola sete” (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso “branco azedo” ou “Omo total” - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal. O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.

Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá! O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.

O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do ........., cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.

Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso “pé na cova”, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular “tá mais pra lá do que pra cá”, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".

Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não. Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.

Abraços

Luiz Antônio Simas
(Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História do ensino médio)

sexta-feira, abril 01, 2011

PRIMEIRO DE ABRIL RIMA COM BRASIL

PRIMEIRO DE ABRIL RIMA COM BRASIL


Se um país pudesse ser uma pessoa,

O nosso brasil certamente o seria,

Mas infelizmente já morto estaria;

Dele nada se ouviria pois que na cova nada ecoa

Teria falecido pobre e esquecido

Sem eira nem beira jogado às traças:

Viveu de altos e baixos envolvido em trapaças

E abandonou filhos antes do primeiro vagido

Quem foi, o que fez, por que morreu?

Faleceu envolvido em mutretas mil

Jamais estendeu a mão a um filho, à viuva não socorreu

Triste fim, morreu jovem: morreu num primeiro de abril


quinta-feira, março 31, 2011

De frequentador da zona a crítico dos juros altos, José Alencar está a caminho da canonização



Mais um São José? Protetor do 


empregado chinês?



No Brasil, a exemplo do que ocorre em boa parte do planeta, exigir coerência no mundo político é a mais hercúlea das tarefas. Quiçá não seja uma empreitada completamente impossível. Quando um político passa para o outro lado da vida, se é que isso de fato existe, suas mazelas chegam à sepultura muito antes do cadáver. O mau vira bom, o desonesto vira honesto, o implacável vira um coitado. Sem querer duvidar da sua honestidade, esse cenário já recobre a morte de José Alencar Gomes da Silva, vice-presidente da República nos dois mandatos de Lula da Silva (2003-2010), que morreu em São Paulo após mais de uma década de luta contra um câncer abdominal.
Tão logo subiu a rampa do Palácio do Planalto pela primeira vez, José Alencar não demorou a tecer suas críticas contra as altas taxas de juros. Mal sabia Alencar que os banqueiros derramaram verdadeiras fortunas na campanha de Lula e ao incauto povo brasileiro cabia pagar a conta. Como cabe até hoje. E o esperneio discursivo do empresário José Alencar pouco adiantou. Fosse um homem coerente, Alencar teria alcançado o boné e renunciado. Só não o fez por conta de interesses maiores.
Ano e meio depois de tomar posse ao lado de Lula, o simpático José Alencar adotou obsequioso silêncio diante do escândalo que ficou nacionalmente conhecido como “Mensalão do PT”, esquema criminoso de cooptação de parlamentares que trocaram a consciência por um punhado de dinheiro imundo. É verdade que todos são inocentes até prova em contrário, mas no PT de outrora rezava a regra de que para condenar alguém bastavam apenas evidências. A profecia é de autoria de José Dirceu de Oliveira e Silva, o Pedro Caroço, figura com a qual José Alencar conviveu sem qualquer reserva.
O agora santificado José Alencar apostou nas palavras do companheiro Lula, que certa vez disse com todas as letras que a China é uma economia de mercado. Certo de que o parceiro palaciano sabia das coisas, Alencar deflagrou um processo para abrir uma unidade de seu conglomerado têxtil no país da lendária muralha. Mesmo com o Brasil sofrendo há anos a concorrência desleal dos fabricantes chineses de tecidos e afins, Alencar exigiu que o projeto fosse cumprido à risca. E o mercado brasileiro de tecidos, que deveria ser defendido pelas autoridades verde-louras e também pelo então vice-presidente, foi mandado às favas inclusive por José Alencar.
Por ocasião da CPI dos Correios, que acabou investigando a fonte de financiamento do Mensalão petista, o nome da Coteminas veio à baila, pois a empresa de José Alencar recebeu em uma de suas contas bancárias um depósito de R$ 1 milhão feito pelo PT. Alencar, que logo tratou de isentar de qualquer culpa o seu conglomerado empresarial, alegou que as explicações deveriam ser cobradas do próprio PT. A operação, segundo José Alencar, decorreu do fornecimento de 2,75 milhões de camisetas aos candidatos petistas nas eleições municipais de 2004. O então presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, informou a José Alencar, horas depois da eclosão do escândalo, que o repasse à Coteminas não foi contabilizado pelo partido. A dívida, de R$ 12 milhões, correspondia à época a 50 carretas abarrotadas de camisetas. Para contemplar as necessidades de Lula e Alencar, o caso foi devidamente abafado.
Guindado ao Ministério da Defesa por decisão de Lula, o empresário José Alencar viu a sua Coteminas vender cada vez mais uniformes para o Exército brasileiro. Coincidência? Talvez, mas na política essa palavra não existe no dicionário.
Em 2006, ao aceitar o convite para novamente fazer dupla com Lula da Silva, José Alencar acabou por endossar o “Mensalão” e outros tantos escândalos de corrupção patrocinados pelo Partido dos Trabalhadores e por muitos palacianos. Na ocasião eclodiu o escândalo do Dossiê Cuiabá, conjunto de documentos apócrifos para prejudicar os então candidatos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra. Mais uma vez, diante de um novo escárnio com a digital da esquerda brasileira, Alencar preferiu submergir.
No quase infindável imbróglio da Varig, coube a José Alencar aproximar o empresário Constantino Oliveira, o nada diplomático Nenê, do presidente Lula, que implorou para que o dono da Gol comprasse a outrora mais importante companhia de aviação do País. Muito estranhamente, Nenê Constantino, tão mineiro quanto José Alencar, atendeu aos apelos de Lula e arrematou a Varig por US$ 300 milhões, uma empresa que estava resumida à própria marca. Até hoje ninguém conseguiu entender a transação que nem mesmo o mais incauto investidor seria capaz de apostar suas economias, mas o universo do poder tem essas situações inexplicáveis.
Em agosto de 2010, ao ser entrevistado pelo apresentador Jô Soares, o nada elegante José Alencar aceitou falar sobre o processo de investigação de paternidade que lhe movia Rosemary de Morais, sua suposta filha, e a recusa em se submeter a um teste de DNA. Ao apresentador global o agora bonzinho José Alencar repetiu o que disse à Justiça. Que a mãe de sua suposta filha era prostituta e que ele [José Alencar] foi um frequentador contumaz das zonas de meretrício das cidades onde morou desde jovem. Ao expor a mãe da sua suposta filha de forma tão covarde e aviltante, José Alencar não apenas escancarou o seu caráter, mas mostrou ao mundo ser ele alguém bem diferente daquele que hoje, após a morte, a consternada população brasileira tenta canonizar.
Ter pena de José Alencar por conta da sua luta contra o câncer não causa espanto. Mas há milhares de brasileiros na mesma situação de Alencar e que lamentavelmente dependem do sistema público da saúde para lutar contra a morte. Esses sim são bravos lutadores, dignos de pena e do respeito incondicional de todos.
Em momento algum quero festejar a morte de alguém, até porque esse é o tipo de atitude que não se toma nem mesmo com os mais figadais inimigos, mas não se pode alçar aos céus com tanta rapidez quem ainda tem contas a acertar com o Criador.
De igual maneira, a minha manifestação não se trata de moralismo oportunista, mas serve como apelo aos brasileiros para que releiam a recente história política nacional e que mantenham a coerência no momento em que mais um político se despede da vida terrena.
Errar é humano, é verdade, mas o erro pontual pode ser transformado em plataforma de acertos futuros se o errante tiver um mínimo de massa cinzenta. Como sempre escrevo, digo e não canso de repetir, sou o melhor produto dos meus próprios erros. Ainda bem! E é por isso que espero que no momento da minha morte os meus inimigos preservem a coerência e mantenham as críticas que me fizeram ao longo da vida. Só assim descansarem em paz, ciente de que mesmo longe dessa barafunda continuarei coerente e incomodando.
O meu finado pai, que tantos bons exemplos me deixou, por certo não encontrou minha mãe na zona mais próxima, mas os que me odeiam podem continuar me chamando de filho da puta – o genial Jânio Quadros dizia que o melhor é se referir ao desafeto como “filho de puta” – com a anuência da minha respeitadíssima genitora. Fora isso, é preciso considerar que, assim como acontece com os árbitros de futebol, jornalistas políticos polêmicos sempre têm uma mãe sobressalente para os costumeiros e inevitáveis xingamentos.
E que o Criador escute as minhas preces e dispense ao ser humano José Alencar o tratamento devido, pois a sua luta pela vida foi inglória. Amém!

Ucho Haddad - 30/03/2011 Imagem: O falecido e a filha não reconhecida

domingo, dezembro 05, 2010

Sonhos e Pesadelos

Sonhos e Pesadelos

Um sonho muitas vezes é incentivado. O garotão que não vê muitas chances de se dar bem na vida, prefere jogar futebol a esquentar a cabeça num banco escolar. Aquele que já tem uma formação acadêmica, mas também não se deu lá muito bem - a concorrência é grande e só os melhores se sobressaem - prefere tomar o caminho da política, não por vocação, mas por vontade de se dar bem.
Quantos sonhadores já não vimos pela vida? Alguns se deram bem, a história está cheia deles: Einstein, Santos Dumont, Bill Gates... . Quantos sonhadores se deram mal? A história fala muito pouco deles; afinal foram perdedores e a história só enaltece aos vencedores. Muitos desses sonhadores viram de perto um pesadelo: O empreendedor que resolveu abrir uma revenda de carros Russos; o fabricante de sorvetes que resolveu instalar-se na Sibéria; o vendedor de aquecedores que aplicou muito dinheiro numa franquia no Saara... .
Esses "perdedores" viram seus sonhos se tornarem pesadelos, mas um pesadelo que atingiu apenas a eles próprios, a mais ninguém.
Mas o que dizer daqueles que são levados a sonhar algo impossível e que, no final, acabam transformando os seus sonhos num pesadelo horrível, não para sí, mas para muitos? Quem não conhece alguém assim?
Eis esse sonhador: o presidente da república, cujo mandato parece jamais ter fim.
Inventado em gabinete, em pleno regime militar, por um fã ardoroso de Maquiavel, Lula nasceu - construído fica melhor na frase - para dar uma certa validade à abertura política. A criatura cresceu embalada pela esquerda espalhada em todas as redações de todos os veículos midiáticos. Foi incentivado a entrar para a política, já que a dita esquerda usava palavras ininteligíveis ao grande público; alguém como ele, que falava o óbvio, para os trabalhadores que queriam ouvir o óbvio, era o personagem ideal.
Passando antes pelo Congresso onde teve uma ridícula participação; onde aprendeu apenas que aquele lugar era um antro de raposas - os 300 picaretas, que hoje são muito mais, todos a serviço dele -; onde foi Constituinte embora não tenha assinado, nem o seu partido, a Constituição ora vigente desde 88, finalmente, dadas as circunstâncias vigentes, Lula foi alçado ao mais alto posto da República Federativa do Brasil, após tres tentativas. Aí estava a realização de um sonho. Começava exatamente aí o pesadelo de muitos que tiveram que conviver com a corrupção deslavada - e enterrada - e com alianças nada recomendáveis com países nada democráticos.
Oito anos de pesadelo talvez fosse um preço a se pagar pelo silêncio da maioria e pela submissão de tantos: Não há mal que bem não traga. Mas não parece que esse dito popular seja uma verdade para os brasileiros de bem: as famigeradas urnas eletrônicas não pensam como tantos e resolveram - elas teem vida! - continuar com o pesadelo. Um horrível pesadelo que tem nome e sobrenome; que tem um passado não muito limpo e que como o seu antecessor,não tem nada a dizer, a não ser aquilo que os que por trás deles querem que eles digam e pensem: Dillma Rousseff.
Não há mal que sempre dure nem bem que não se acabe... Pelo visto esses ditados populares não valem nada para o Brasil: o Pesadelo vai continuar por mais quatro, oito, doze ou mais anos: o Céu (no nosso caso, o Inferno) é o limite.


PS - O Pesadelo agora é em dose dupla: Dilma na presidência e Lula fazendo aquilo que ele pensa ser política:
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a 20ª Cúpula Ibero-Americana, seu último compromisso internacional antes de deixar a presidência da República, para avisar que "não deixará a política" e que "continuará andando pela América Latina". "Eu sou um político latino-americano, não vou deixar a política. Vou ter mais tempo para viajar, quero discutir política. Então, esperem, continuarei andando pela América Latina", disse em Mar del Plata, litoral argentino, onde ocorreu o encontro neste sábado (4/12/2010)" Fonte: Bahia Notícias.


terça-feira, novembro 16, 2010



A alta cultura desapareceu do País, ao ponto de já ninguém ser culto o bastante para dar pela sua falta, quanto mais para enxergar algo de grave nesse fenômeno.
Olavo de Carvalho - 15/11/2010

Neste país, a ânsia de bajular é uma paixão avassaladora, inebriante, incontrolável. Sobretudo nos dias que se seguem à revelação do nome de um novo mandatário, ela bloqueia por toda parte o uso das faculdades racionais, rompe as comportas do mais elementar senso da realidade, dando vazão a arrebatamentos de entusiasmo laudatório que raiam a idolatria e a psicose.

Ninguém, nem entre os melhores, escapa à sua contaminação pestífera e obsediante.

Em artigo recente, o sr. Paulo Rabello de Castro, que num Fórum da Liberdade em Porto Alegre me foi um dia apresentado como uma das mais belas esperanças do pensamento liberal-conservador no Brasil, festeja a vitória de Dilma Rousseff em termos que fariam corar de inibição os mais maduros e circunspectos cabos eleitorais do PT.

Não contente de enxergar méritos inigualáveis na carreira de terrorista daquela senhora incapaz de completar uma frase com sujeito e objeto ou de recordar o título de um só livro que tenha lido, o fundador do Instituto Atlântico explode também em louvores ao antecessor da referida, ao qual ele denomina "um gigante", "provavelmente o maior dos nossos presidentes", e a quem atribui a glória de haver devolvido aos brasileiros o orgulho da nacionalidade.

Como se não bastasse, ele estende seus aplausos a toda a "geração de 68" por nos ter dado figuras estelares como José Dirceu e Franklin Martins, sem as quais, digo eu, nossa História não teria sido embelezada por episódios honrosos como o mensalão e o projeto de controle estatal da mídia.

Enquanto essas efusões de amor febril aos vitoriosos do dia são publicadas no site do Instituto Millenium, entidade nominalmente destinada a combater tudo aquilo que o establishment petista representa, alguns fatos notórios podem dar uma idéia dos motivos de orgulho que inflamam a alma nacional.

O Brasil está em 73º. lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, abaixo do Peru, do Panamá, do México, da Costa Rica e de Trinidad e Tobago.

Segundo dados da mesma ONU, entre quarenta e cinquenta mil brasileiros continuam sendo assassinados por ano (o equivalente a duas guerras do Iraque), fazendo deste país um dos lugares do universo onde é mais perigoso cometer a imprudência de andar nas ruas ou, pior ainda, a de ficar em casa.

O Brasil é o único país da América Latina onde o consumo de tóxicos está aumentando em vez de diminuir.

Nossos estudantes continuam tirando persistentemente os últimos lugares em todos os testes internacionais de aproveitamento escolar.

A universidade que a mídia unânime proclama ser a melhor do Brasil, a USP, ficou em 210º. lugar no ranking das instituições universitárias calculado pelo London Times. Há várias décadas o Brasil não tem um único escritor que se possa comparar aos dos anos 60 ou 70, exceto os nonagenários e centenários que sobraram daquela época. A alta cultura simplesmente desapareceu deste país, ao ponto de já ninguém ser culto o bastante para dar pela sua falta, quanto mais para enxergar algo de grave nesse fenômeno, inédito mesmo
em nações paupérrimas.

Os índices de corrupção cresceram mais durante o governo Lula (inclusive no ministério de Dona Dilma) do que ao longo de toda a nossa História anterior, tornando, por exemplo, o uso eleitoral da máquina administrativa do Estado um direito consuetudinário contra o qual é inútil protestar.

Que motivo de orgulho sobra para ser louvado pelo sr. Paulo Rabello? A recuperação econômica, é claro. Mas, descontado o fato de que o índice de crescimento reconquistado não passa de 4,6 por cento – um terço do que chegou a alcançar no período militar –, ainda resta uma diferença moral substantiva: no tempo dos militares o presidente Médici ainda tinha a hombridade de reconhecer que "a economia vai bem, mas o povo vai mal", ao passo que hoje não só o governo, mas também os seus bajuladores "de oposição" pretendem que festejemos como conquista suprema e valor absoluto um mero crescimento econômico menor que o obtido naquelas décadas e nos inebriemos de orgulho financeiro no meio da matança, do sofrimento, do fracasso e da degradação intelectual e moral mais abjeta e constrangedora que já se viu em qualquer país do mundo.

No mínimo, no mínimo, o julgamento que o sr. Paulo Rabello faz da era Lula reflete uma obsessão dinheirista que nada enxerga além de cifrões, que reduz o progresso da civilização a uma questão contábil e, ao ver que a coluna do "haver" supera a do "deve", se torna insensível para a destruição de tudo o mais que constitui a substância, o valor e a dignidade da vida humana.

Será que ao celebrar O Poder das Idéias, como no lançamento recente de uma coletânea de Ludwig von Mises à qual o Instituto Millenium deu esse título, nossos liberais e conservadores não estão se referindo ao poder que as idéias do inimigo têm sobre os cérebros deles?

Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia



O artigo de Paulo Rabelo de Castro está aqui O efeito dilma sobre o próximo meio século

quarta-feira, novembro 03, 2010

EU QUERO O FIM DAS URNAS ELETRÔNICAS




É de conhecimento de muitos, mas sorrateiramente escondido a sete chaves, a fragilidade das urnas eletrônicas.

E não somente as urnas podem ser manipuladas, mas principalmente a transmissão dos dados dos TREs para o TSE.

Se realmente fossem confiáveis, era de se supor que países que dominam a informática há tempos já fizessem uso desse recurso para as eleições.

Ao contrário, o que se vê é que nações com um nível de democracia muitas vezes superior à nossa frágil e capenga democracia, simplesmente não querem nem tomar conhecimento desse recurso.

O que precisamos?
1 - Que comecemos a procurar, dentre nossos amigos, um bom advogado experiente em matérias constitucionais, que nos oriente a respeito.
2 - Solucionado o primeiro passo e, sendo viável constitucionalmente, passemos a elaborar uma petição para emenda constitucional, buscando o maior número possíveis de assinaturas (pelo menos 1,5 milhão) para o nosso intento.
3 - Que todos os membros convidem seus FB amigos para participarem dessa jornada.
4 - Disposição e fé de todos

Mãos à obra?

Quer participar? Entre no endereço: queroofimdasurnaseletonicas@groups.facebook.com

segunda-feira, novembro 01, 2010

MAIS OITO ANOS DE PODRIDÃO





Mais oito anos de podridão, de desvios, de politicagem podre... Talvez não sejam mais oito anos e sim mais quantos anos eles quiserem. Após um semi-alfabetizado, uma ex-guerrilheira e após esta, quem sabe, um traficante: o céu (ou o inferno) é o limite.


Quem perdeu? José Serra ou os brasileiros? Quem ganhou de verdade a não ser os quadrilheiros, todos encastelados em todos os poderes da república?.

Agora é arregaçar as mangas, sair à luta, exigir que nos devolvam o sagrado direito de votar e que esse voto seja real e não virtual e que possa ser conferido se houver necessidade.

Agora é exigir que acabem com as pesquisas de popularidade que servem a quem paga mais e, principalmente, com as pesquisas eleitorais financiadas pelos partidos interessados.

Agora é ficar de olho no Diário Oficial e começar a contabilizar quantos milhares de companheiros se pendurarão no serviço publico federal pagos com nossos impostos.

Quem tem sua gente (ou gentalha) espalhada em todos os poderes, só saírá do poder na ponta de uma baioneta; gentilmente e através do voto (que hoje não existe) não sairão jamais. Quem viver verá.

domingo, outubro 31, 2010

AGORA É TUDO OU NADA



Há tempos o blogando francamente não é atualizado. Um pouco por preguiça e muito de desânimo. Desânimo com os rumos que o país vem tomando desde o fatídico dia 1º de janeiro de 2003, quando numa festa digna de um filme de Felini - Satyricon para ser mais exato - foi transmitida em todas as emissoras de TV do país.


Eu e milhões de brasileiros que conhecíamos bem o que realmente era - e continua sendo - o Partido dos Trabalhadores, poderíamos estar enganados. Poderíamos estar sendo preconceituosos, julgando antecipadamente um governo que mal acabara de tomar posse.

O tempo passou e logo pudemos ver e sentir que não havia preconceito; que o velho ditado " o lobo perde o pelo, mas não o vício " era mais do que correto e se encaixava perfeitamente no governo.

Então vieram os escândalos. Na verdade entendo escândalo como algo que não se espera de alguém, algo que nos surpreenda negativamente e, o que começava a se estampar nos jornais era esperado.

As grandes oportunidades de mobilização da sociedade, para extirpar um governo que dava sinais de que a sujeira não pararia apenas no escândalo do Mensalão, foram disperdiçadas.
Muitos líderes "oposicionistas" pensavam que um impeachment seria interpretado como casuísmo, um ato preconceituoso para com o "


lídercarismáticopobredemãequen

asceuanalfabeta". Ninguém teve dúvidas quando o impeachment foi usado contra Collor; já no caso de Lulla, isso pareceria um verdadeiro golpe.

Esqueceram que o xampu roubado ou o banco assaltado são um mesmo crime e devem ter a mesma pena. Um corrupto pode ter nascido em Garanhuns ou numa mansão do Morumbi; será sempre um corrupto e deve ter o mesmo destino.

Em 2006, não se podia bater duro no retirante de Garanhuns; já que não o fizeram quando a ocasião fora propícia. E mais uma vez Lulla venceu. Mais uma vez as pesquisas mentiram, já que a "popularidade" do presidente lhe garantiria uma vitória folgada em primeiro turno. O segundo turno de 2006 ficará para a história: 11 milhões de votos dados a Alckmin no primeiro turno, simplesmente desapareceram. Quem vai conferir isso se o nosso voto é virtual e desaparece no exato momento em que apertamos a tecla confirma?

Enquanto o mundo crescia a taxas incríveis, o Brasil capengava. Nenhuma das reformas prometidas deslanchou e nem poderiam: não interessavam. As estradas continuaram as mesmas; na verdade piores do que quando inauguradas. Os portos que deveriam ser modernizados continuaram no "estaleiro". Os aeroportos continuaram estolando. E vieram muitos planos, todos frutos de marketing que jamais sairam das pranchetas: Primeiro emprego, Fome Zero, Sorridente, Banco do Povo e um sem numero de outros já esquecidos. E veio o PAC, que nada mais é do que aquilo que o governo tem por obrigação fazer, mas que no governo populista carece de nome. E veio o PAC 2 que nada mais é do que o que não foi feito no 1 acrescido do que não se faria no 2.

O Brasil cresceu, não resta duvidas, mas Timbuktu também cresceu e só não cresceram as "democráticas" nações autoritárias idolatratadas por Lulla e sua troupe. O Brasil cresceu toda vez que o governo dormia. O Brasil cresceu apesar do do governo e se deste tivesse colaboração, cresceria mito mais.

E veio o Pré-Sal o petróleo que era conhecido desde os anos setenta mas que, por obra e graça do marketing petralha parece ter "criado" por Lulla. A verdade virá a tona bem antes do petróleo.

E culminando com a série de maldades, Lulla sem ter um único representante para sucedê-lo usou novamente do marketing e criou Dilma. E a imprensa esquerdopata logo tratou de enaltecer a quem não mereceria sequer entregar o jornal.

E vieram então os institutos de pesquisa, todos eles suspeitos e que, desde o Mensalão começaram a fabricar a popularidade do presidente. Assim até foi melhor, já que eu me sinto importante, pois faço parte dos 2 ou 3% da população que detesta o Lulla. Esses institutos querem por que querem influenciar o eleitor. Não deu certo no primeiro turno e certamente não dará no segundo; a não ser que as malditas urnas eletrônicas que, como toda máquina depende de quem a opera, sismem de promover a segunda fraude eleitoral.

Enfim, estamos prontos para aceitar o desafio de começarmos a reconstruir o país; preferivelmente com José Serra. A tarefa será penosa já que o Congresso está, mais do que nunca, cheio de oportunistas, comunistas ou vigaristas, tanto faz.



Zacarias 10:6 Tornarei poderosa a casa de Judá, darei a vitória à casa de José; restabelecê-los-ei, porque me compadeci de sua sorte, e eles serão como se eu não os houvesse jamais rejeitado, porque eu sou o Senhor seu Deus: eu os ouvirei.

Que o José de hoje, o Serra 45, esteja como o José de ontem: nos planos de Deus. Eu confio.