por Herman Glanz –
A guerra da propaganda também é uma forma de guerra. Criando subliminarmente ideias de ódio e destruição de quem têm como inimigo, a propaganda vai fazendo os estragos, conquistando adeptos e servindo para derrotar o inimigo.
Porque começamos com estes esclarecimentos? Porque se observa uma guerra que se arrasta há bastante tempo para destruir o Estado de Israel pela propaganda, no caso enganosa. Trata-se falar em “territórios ocupados” e criação de um Estado Palestino, entendido para os novos palestinos, porque os palestinos anterior-mente eram os judeus. Quando não havia o Estado Judeu, o slogan era “Judeu, vá pra tua terra, Judeu, vá para a Palestina. Hoje escuta-se: Judeu, fora da Palestina. E deve-se dizer que “territórios ocupados” nada têm a ver com Estado Palestino.
Entendamos: o Estado de Israel, o Lar Nacional Judaico, foi criado pela antiga Liga das Nações, substituída pela Organização das Nações Unidas depois da Segunda Guerra, mas mantendo todas as decisões anteriores. Uma nova divisão da-quela Palestina destinada ao Lar Nacional Judaico, a tal “Partilha” não foi aceita pelos Estados Árabes vizinhos – Egito, Jordânia (naquele tempo chamada de Transjordânia), Líbano, Síria, além do Iraque e Arábia Saudita, que fizeram a guer-ra contra o recém-criado Estado de Israel e ocuparam Gaza, a Margem Ocidental e Jerusalém velha.
Tais territórios nunca foram territórios do Egito ou da Jordânia. Foram ocupações desses países vizinhos de Israel, porque não aceitam, de modo algum, um país não muçulmano na região. A Palestina, pelas Nações Unidas, era todo o território entre o Mar Mediterrâneo e o Rio Jordão, depois de subtraído o território para criar a Jordânia. Essa ocupação pelos países vizinhos ocorreu porque não havia ‘povo palestino’ – nunca houve antes um povo palestino que não fosse o povo judeu. Logo, a Palestina toda, do “mar até o rio” era o território de Israel, considerando que a “Partilha” não foi aceita pelos árabes. Com a ocupação do Egito e Jordânia, Israel ficou restrito às linhas do armistício de 1949, que pôs fim à Guerra de 1948.
Nunca houve fronteiras. Quando Israel expulsou o Egito e a Jordânia das terras de Gaza e Margem Ocidental, em 1967, apenas retirou intrusos. Portanto não são terras ocupadas por Israel – foram terras ocupadas pelos países vizinhos, que não aceitaram a “Partilha”. Se essas terras passarem a ser “terras ocupadas” por Israel, todo o Estado de Israel será, também, “território ocupado”. Aliás, é o que diz a Carta Palestina da OLP – a de 1964, era acabar cm Israel pré-1967. Depois, em 1968, emendaram a Carta para libertar todo Israel, tudo sendo “territórios ocupados”. E a Carta da OLP continua em vigor, nunca foi emendada – o objetivo é erradicar Israel do mapa.
A recente comissão presidida pelo Juiz aposentado da Suprema Corte de Israel, Edmond Levy, concluiu assim:
“Do ponto de vista da Lei Internacional, e as clássicas leis a respeito de “ocupação”, conforme constam de importantes Convenções, não podem ser aplicadas às circunstâncias legais e históricas, que são únicas e ‘sui generis’, considerando a presença de Israel na Judéia e Samária há décadas.
Além do mais, as disposições sobre transferência de populações, não podem ser consideradas aplicáveis e nunca houve intenção de aplicá-las ao tipo de atividade de loteamente e construções desenvolvidas por Israel na Judéia e Samária. Por isso, de acordo com a Lei Internacional, os israelenses têm o direito legal de se estabelecer na Judéia e Samária e a criação de loteamentos não pode, por si, ser considerada ilegal.
Por outro lado, tais fatos nada têm a ver com a criação de um Estado Palestino. Caso haja decisão em tal sentido, porque os loteamentos não poderão integrar o novo Estado? Se é porque os israelenses seriam massacrados, então não se pode criar um Estado hostil, apartheid, judenrein. É um absurdo que não se pode tolerar. Quem não quiser permanecer num tal novo Estado, que se mude para dentro do que ficará sendo Israel. Veja-se que em Gaza, por decisão do então governo de Israel, não existem judeus, está judenrein, e os ataques a Israel continuam. Um Estado assim criado poderá fazer acordos com outros países e tornar a defesa bastante difícil. Veja-se o que ocorre na Síria. É de um cinismo a declaração do Presidente russo, Putin, de lamentar o insucesso da missão de Kofi Anan, pois foi a Rússia (e a China) quem torpedeou a diplomacia de paz.
Não precisamos falar dos nazistas que são sempre contra os judeus. Lamen-tavelmente, uma esquerda adotou o lado palestino e até gente nossa, sem coragem de contrariar essa parte da esquerda, comunga dessa posição pró-palestinos. Chamamos a isso de suicidas, porque se colocam contra si mesmos.
Precisamos esclarecer, esclarecer e esclarecer sempre contra essa indecorosa Ideologia versão 2.0
Para o Pletz.
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