terça-feira, abril 23, 2013

O ódio.





por Herman Glanz

Imagem: rodrigooler.com



Quando um grupo social passa a denominar outro grupo social como “insetos, um monte de estrume ou descendentes de porcos e macacos”, então estão lançadas as bases para um genocídio. E essa é uma pregação constante nos sermões, nas escolas e na mídia por fanáticos fundamentalistas contra israelenses e judeus em geral. Foi com a criação de xingamentos absurdos que os nacionais-socialistas se utilizaram para promover o ódio aos judeus e, em consequência ganhar o apoio de toda uma população, seja no país seja no mundo e descambar no Holocausto. “O ódio é molho bem apimentado que ajuda a engolir e digerir as políticas totalitárias”, já dizia Jabotinsky em seu último livro de fevereiro de 1940.

O assunto do momento é o terrorismo em Boston, nos Estados Unidos, perpetrado por muçulmanos chechenos, já conhecidos dos órgãos de inteligência americanos, que os procuravam constantemente. Segundo um sítio especializado, os irmãos Tsarnaev eram agentes duplos, recrutados pelos Estados Unidos e Arábia Saudita, que era quem os financiava, para se infiltrarem em grupos de militantes terroristas waabitas, na Chechênia. Na Internet os irmãos falavam abertamente em terror e jihad. Entrevista da mãe dos terroristas na Televisão fala das constantes visitas do FBI aos terroristas.

Por que tanto ódio, a ponto de se cometer ato de terror contra civis?

A Guerra Fria que se seguiu ao fim da Segunda Guerra, num embate entre o socialismo comunista da antiga União Soviética e o capitalismo do mundo democrático ocidental, com os Estados Unidos sendo o carro-chefe do Ocidente, é que produziu o ódio aos Estados Unidos, buscando destruir um sistema frente às propostas do outro sistema que se queria fazer sobressair.

Juntamente com o ódio aos americanos, permanecia o ódio aos judeus, que o ditador Stalin odiava, que mandara matar escritores e médicos e que os comunistas nos atacavam como propagandistas do anticomunismo, quando fazíamos a defesa das vítimas judaicas. Nosso propósito sempre foi a defesa das vítimas judaicas, atacadas e assassinadas apenas pelo fato de terem origem judaica e não contestar ideologias. Quando os fatos se tornaram realidade, lançavam a culpa num ditador decrépito, mas não reconheciam os erros. Os Estados Unidos se tornaram o Grande Satã e Israel se tornava o Pequeno Satã. Caminhavam juntos.

Hoje, o Irã de Ahmadinejad se propõe a varrer Israel do mapa e lançar seus mísseis, também, contra os Estados Unidos. A Coréia do Norte só ameaça os Estados Unidos, mas apóia o Irã.

Pesquisa de agora, mostra que 78% dos franceses temem ataques terroristas por muçulmanos fanáticos, especialmente devido à intervenção francesa no Mali. E antissemitismo grassa alto na França. E também na Suécia. Imediatamente após o ataque dos terroristas em Boston, pronunciamentos de islâmicos radicais acusam os judeus como responsáveis. Como, até hoje, acusam Israel e os judeus pelo 11 de setembro de 2001. Por que essa ligação? Por que essas afirmações? A resposta é a existência de ódio instilado e difundido. O jornal russo “Pravda”, que significa a verdade, informa que “Israel injeta substância letal em presos palestinos”. A ‘verdade’ fala mentiras. Mas é o ódio que não acaba.

Enquanto isso, três cidadãos vindos da Holanda, pretendiam entrar em Israel com caixas carregando sapos venenosos e foram interceptados no aeroporto. Os crimes não param. A tentativa do terror não para. Mas o medo de que as ameaças da Coréia do Norte sejam consumadas, faz com que os americanos se voltem contra o Irã, num claro recado á Coréia do Norte e buscando o apoio da China, enquanto a mesma China se apressa em construir uma linha de trem em Israel, que irá de Eilat a Ashdot, e se estenderá até Haifa. Servirá de alternativa ao Canal de Suez, devido à instabilidade do Egito, que se torna não confiável, enquanto a democracia israelense é confiável. Algo se move, porque a política é como as nuvens, muda a cada momento. O momento se mostra favorável a Israel para enfrentar as permanentes ameaças.

Fonte: Pletz


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