sexta-feira, novembro 16, 2012

Perdoar é simples demais.





A Noite dos Cristais ou Reichskristallnacht.
A data: 9 de novembro de 1938
Onde?: Em diversos locais da Alemanha e Áustria.
O alvo: Sinagogas, habitações e lojas de judeus.


Um relato verídico e de família:



"Na minha família meu tio relata que quando menino ele visualizou as ultimas horas de vida de meu avô sendo enterrado em uma vala ainda vivo.

O detalhe: Ele foi obrigado a cavar a própria vala, jogar um cadáver dentro após arrastar o cadáver na neve, descalço, e ser atirado junto a vala com o cadáver.
Eu prefiro sobre todo este acontecimento lembrar o exemplo do Lubavitcher Rebe, de como ele encoraja a nação de Israel a superar isto.
O Lubavitcher Rebe é amplamente reconhecido como alguém que desempenhou um papel singular na definição do Judaísmo pós-Holocausto.
Em seus escritos e discussões sobre o tema, o Rebe rejeitou todas as explicações teológicas para o Holocausto. Que conceito maior - diria o Rebe - e que maior desumanidade  pode haver que dar um "motivo" para a morte e tortura de milhões de homens, mulheres e crianças inocentes? Podemos presumir que alguma explicação, suficientemente simples para encaixar-se nos limites finitos da razão humana, possa explicar um horror de tal magnitude? Podemos apenas concordar que existem coisas que estão além do alcance finito da mente humana.
Ecoando as palavras de seu sogro, o Rebe dizia: "Não cabe a mim justificar D'us nisso tudo. Somente o próprio D'us pode responder porque Ele permitiu que acontecesse". E a única resposta que aceitaremos - disse o Rebe - é a imediata e completa Redenção que para sempre expulsará o mal da face da terra e trará à luz a bondade intrínseca e a perfeição da criação de D'us. (continue lendo...)
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A noite dos Cristais.
por Ernesto Strauss (*)

Cabe lembrar esta data fatídica não somente para os poucos sobreviventes que ainda militam no mundo atual, mas toda humanidade do bom senso. Ainda mais em plena época dos que tentam enganar e iludir negando os acontecimentos como, se nada tivesse acontecido no Holocausto, a Shoah que levou ao sacrifício de seis milhões de almas judaicas.

Foi na Alemanha, sob o regime nazifascista, aceito pela população alegando que seria uma resposta ao assassinato do assessor alemão em Paris que se orquestrou um ato de vingança contra todos os judeus até a terceira geração. Foram presos e levados a campos de concentração nas mais suas precárias condições. Não houve protestos do mundo, nem reações, A maioria dos judeus havia lutado ao lado da Alemanha na Primeira Guerra Mundial. Residências destruídas e famílias ameaçadas, tirados do seu convívio. Bens confiscados e desviados.

Alguns conseguiam ser libertados após semanas na única possibilidade de escapar. Depois de meses nos campos e libertados mediante a apresentação da Grã-cruz de ferro de sua condecoração da Primeira Guerra Mundial 1914/1918, apresentados a policia local conseguiram escapar e tiveram de providenciar a sua imediata saída da Alemanha, sua e de suas famílias.

Iniciou- se um processo chamado “Solução final” para o judaísmo alemão e de seus satélites sempre fundamentado por um ódio e antissemitismo do passado, como relatam os historiadores, sobre a Europa. Este processo encontrou o caminho sem reação do mundo civilizado. E quanto trauma causou, a partir de uma região que cultivava uma cultura avançada. A Segunda Guerra Mundial deixou milhões de vitimas, e graças à reação dos Estados Unidos em conjunto com a sacrificada Inglaterra, terminou em 1945.

Cabe a pergunta: o que o mundo apreendeu com todo este sacrifício.

Parece muito pouco, pois novamente estamos diante de ameaças e de grande desconhecimento de fatos. Ameaças ao Estado de Israel duramente conquistado, apesar de sua comprovada contribuição à humanidade, pois somente com liberdade podem as pessoas contribuir para o futuro.


É uma triste e saudosa lembrança, em honra a todos os que sucumbiram.

Jamais esquecer,

Perdoar é simples demais.

“Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por lhes a prova dos procedimentos e caráter dê lhes o poder de julgar”. Benjamin Franklin – presidente dos Estados Unidos.

(*)Ernesto Strauss é sobrevivente do Holocausto e diretor cultural da B’nai Brith.





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