quarta-feira, julho 16, 2008

Congresso Brasileiro de Publicidade




Liberdade de Imprensa:

João Roberto Marinho (Rede Globo) citou o recente processo enfrentado pela Folha e pela Abril, multados por publicarem entrevistas com Marta Suplicy e outros candidatos à prefeitura de São Paulo. As matérias foram consideradas propaganda eleitoral antecipada.


"Esse e outros casos colocam o leitor como incapaz de julgar. O poder público não pode cercear a liberdade dos veículos, os veículos são livres a partir do momento em que obtêm concessões para existirem". "Numa democracia, há pesos e contrapesos para lidar com questões polêmicas. A liberdade leva a um equilíbrio maior. É o exercício da liberdade que nos faz amadurecer como cidadãos", afirmou Marinho.

E mais à frente, Marinho dispara:

"...a propaganda também sofre censura, e ela também é responsável por formar o público. Só que, na visão paternalista, o consumidor é sempre desavisado; estamos aptos a julgar o que vemos, mas com as proibições até o conteúdo torna-se infantilizado".


Quanto à Censura nas eleições 2008, tanto Marinho quanto Civita (Abril), estão absolutamente corretos; o TSE praticamente reeditou a "Lei Falcão", onde o candidato tinha apenas uma foto e o nome divulgados.


O que o Sr. João Roberto Marinho não disse é que Liberdade de Imprensa, na visão comercial dele, significa liberdade de veicular publicidade de bebidas 24 horas. Liberdade de Imprensa, para ele, significa que suas novelas, todas cheias de cenas proibitivas, até em asilo, possam ser exibidas em qualquer horário.


O Sr. Marinho esqueceu de mencionar que existe Censura sim e não é na publicidade ou nas novelas. A Censura hoje acontece numa negociação entre as emissoras e o governo; este abastece os cofres daqueles através de muita publicidade governamental e as emissoras se comprometem a blindar, de todas as formas, o sr. presiMente do brazil.

Nas emissoras de rádio a coisa chega ao absurdo. Tomo como exemplo a Jovem Pan Am-SP. comparando-a com a Eldorado Am (Grupo Estado). Todas as vezes em que o presidente fala algo, qualquer coisa, mesmo irrelevante, a Jovem Pan repete a fala do presidente à exaustão, enquanto a radio Eldorado, se muito, comenta a mesma fala.

A guinada a favor do governo na Jovem Pan é algo absurdo e sem a menor explicação, ou ela existe e não o sabemos.


Voltando ao sr. Marinho; quando este fala em Censura, ele está na verdade vendo o seu faturamento. Para a Globo, o cidadão não é manipulável com a publicidade, fato desmentido por qualquer aluno dessa arte de induzir ao consumo. A falta de informação é talvez a forma mais vil de Censura e esta é a que está em curso no Brasil


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