sábado, julho 15, 2006


MUDANÇA DE RUMO

Ao hipotecar solidariedade à candidatura Alckmin, o presidente nacional do PMDB - Michel Temer - exerce a sua liderança, sai na frente e deixa claro que parte importante desse partido segue a cartilha da ética e da moralidade, repudiando veementemente os acordos espúrios, indo em busca de um país muito melhor, ao contrário de outros filiados, que o descaracteriza, e, insistem no fisiologismo, no oportunismo e na conquista de vantagens pessoais, alugando e trocando seus votos e apoios.
Faz mais de quatro décadas que José Sarney, e este é um dos exemplos marcantes, transita na política tendo participado de todos os governos, independentemente de ideologias, sempre dotado de muito poder e trânsito fácil. O fato é que o senador ao longo da sua vida pública muito pouco produziu para a Nação e muito menos para o seu estado natal. A sua especialidade é fechar bons acordos, como por exemplo esse último que se refere ao apoio à reeleição de Lula em troca de cargos de diretoria nos Correios.
O PMDB é considerado o maior partido existente no Brasil. Certamente que possui um número muito elevado de parlamentares em todos os níveis legislativos, assim como, nos executivos. O PMDB de Temer, os seus correligionários e parlamentares agem corretamente e com muita lealdade, quando adotam a postura de opositores contra tudo aquilo de ruim que está acontecendo no governo atual, sempre respaldado na leniencia, no "não sei de nada", na conivência, na corrupção desenfreada, na impunidade, no desinteresse, na desinformação e na ignorância do povo brasileiro, marcas registradas na atual legislatura.
Só para lembrar algumas expressões: mensalão e sanguessugas. Ao mesmo tempo, a mídia impressa divulga que 22% dos parlamentares estão sob a suspeita de ter cometido algum tipo de crime. Somente essa suspeição já deveria ser o bastante para que os partidos políticos não liberassem as legendas necessárias para que esses fossem ao encontro de um novo mandato. A reforma política deveria contemplar a tese de que suspeitos, processados e condenados não podem concorrer a cargos publicos. De maneira bastante transparente fotos e nomes dos parlamentares acusados e indiciados - uma lista de 94 parlamentares - em crimes citados como estelionato, apropriação indébita, extorsão, seqüestro, improbidade administrativa, homicídio (pasmem) e outros, estão sendo veiculadas pela imprensa.
Reitero ser incompreensível o porque de, a despeito desses parlamentares estarem sendo processados criminalmente, seguirem com enorme facilidade em busca de um novo mandato, que, certamente, a maioria haverá de conquistar, o que os colocará na posição do foro privilegiado, da imunidade, da manutenção do poder para contribuir com a mudança dos rumos dos seus processos, o que gerará, sem duvida nenhuma, a impunidade. Além disso estando de posse de um novo mandato, seguirão realizando aquilo que sempre fizeram com enorme habilidade, qual seja acordos condenáveis, o que, em última análise, significa seguirem descaradamente metendo a mão no dinheiro publico e no bolso do brasileiro, nada produzindo de efetivo, aliás como de hábito, para a Nação.
Cabe agora, a cada cidadão brasileiro, aquele que ama e venera a democracia, a liberdade, que almeja um Brasil desenvolvido, igualitário, equânime, justo, com oportunidades iguais para todos, não votar nos indignos, bem como exercer a sua cidadania na mais intensa plenitude, informando aos mais desavisados a respeito desses nomes, fazendo uma verdadeira campanha contra. Uma maneira simples, porém efetiva em desenvolver esse trabalho está em tirar cópias das publicações que contenham os nomes e os históricos desses parlamentares e , em uma cadeia infinita, distribuir tais cópias (10 para cada eleitor gerará uma progressão geométrica astronomica) dentro da sociedade. Quem sabe, assim, muitos não terão os seu diplomas renovados.
É hora de cada um de nós colocar a mão na consciência, e contribuir para que o Brasil tenha uma mudança definitiva de rumo, para melhor, é claro!...



Dr. David NetoMédico e Jornalista - ex- Secretário de Saúde e Medicina Preventiva

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