Ilustração mostra como ficará linha do horizonte de Manhattan após conclusão de novo complexo do World Trade Center, que substituirá o destruído no 11 de Setembro |
Em 2003, foi aberto um concurso para escolher o projeto do novo WTC, que foi então apelidado de Freedom Tower (Torre da Liberdade). O arquiteto Daniel Libeskind apresentou o projeto vencedor, que veio a ser modificado diversas vezes pelo arquiteto contratado David M. Childs até chegar à sua versão final, em 2005.
Em maio do ano seguinte, a construção no Marco Zero (onde ficavam as Torres Gêmeas) foi iniciada. Além do prédio mais alto - o One World Trade Center -, o novo WTC será composto por mais três edifícios e terá como vizinhos uma estação de transportes, um centro de apresentações culturais e um memorial e museu para as vítimas dos ataques.
Quando concluído, em 2013, o One World Trade Center será o prédio mais alto dos EUA e o terceiro do mundo, com 1.776 pés de altura (quase 542 metros) - uma homenagem ao ano em que os EUA declararam sua independência. Contando com a antena que será colocada no seu topo, ela será ligeiramente mais alto que as Torres Gêmeas.
Bloomberg quando a nova torre chegou ao 50º andar, em julho. Mas, pelo lado comercial, reconstruir o complexo de prédios talvez não faça muito sentido. Em primeiro lugar, os EUA ainda estão no meio de uma profunda crise econômica e apresentam altos índices de desemprego. Em segundo, quem pagaria para se mudar para o topo de um prédio que substituirá o maior alvo terrorista de todos os tempos? Medo nunca vendeu bem, e em maio o chefe do Departamento de Polícia de Nova York, Ray Kelly, publicamente descreveu o novo WTC como “o alvo terrorista número um da nação”.
Promessa de segurança
Para atrair inquilinos, a Autoridade Portuária, agência pública proprietária do WTC, terá de convencer a todos que a nova torre será infinitamente mais segura que as Torres Gêmeas.
O primeiro passo foi contratando a consultoria de uma equipe da Universidade de Illinois, constituída por engenheiros, arquitetos, policiais e bombeiros especializados em emergências em espigões. John Norman, um ex-chefe do Departamento de Bombeiros de Nova York, fez parte dessa equipe e afirma:
“Prédios muito altos podem resistir a um grande incêndio, mas não podem seguir as regras da construção atual; têm de ser construídos de forma mais conservadora”, disse. “Um exemplo disso é o prédio número 70 da rua Pine em Nova York. No 11 de Setembro, ele queimou por 24 horas descontroladamente, mas não entrou em colapso como as Torres Gêmeas, e continua em uso até hoje.”As recomendações de Norman:
1. proteger as escadas de emergência com concreto reforçado;2. construí-las mais largas e espaçosas, incluindo saídas de água para mangueiras e sprinklers (sistema anti-incêndio), além de exaustores de fumaça;
3. instalar cabos elétricos de emergência para o caso dos normais serem cortados ou interrompidos;
4. ter certeza de que os elevadores abrem as portas automaticamente em caso de emergência, e de que existem aberturas a cada três andares na parede da coluna de cada elevador (para que possam ser localizados rapidamente em caso de pane geral);
5. usar a maior parte do aço da construção dentro de armaduras de concreto em vez de simplesmente protegê-lo com spray anti-incêndio;
6. instalar detectores de fumaça, de agentes químicos, de agentes biológicos e de radiação em todas as salas de todos os andares.
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