Samuel Blaustein, personagem imortalizado pelo ator Marcos Plonka desde a Escolinha do Professor Raimundo, fazia realmente qualquer negócio.
Descendente de judeus, o humorista conseguiu transformar o seu bordão especialmente judaico em algo popular que atingia todo o seu público.
Marcos Plonka, era filho de judeus poloneses que migraram para o Brasil pouco antes da Segunda Guerra Mundial. Plonka nasceu no bairro do Tatuapé os 26 de setembro de 1939. Seus pais eram comerciantes e passaram a ser chamados "turcos da prestação", designação dada a todo "mascate" ou vendedor de porta a porta.
O sonho de Marcos Plonka era ser locutor de rádio, nunca conseguiu. Plonka fez 25 novelas, entre 1963 - Terror nas Trevas - e 1995 - Sangue do Meu sangue; 5 programas de televisão; 3 minisséries; 2 seriados e 7 filmes.
Samuel Blaustein, nascido na Escolinha do Professor Raimundo (Chico Anísio), foi uma representação que unia a caricatura do judeu que sempre pensa em lucrar, qualquer que seja o negócio, à elegância do humor judaico, que, no fundo, sempre deu risada de si mesmo.
Fazendo dupla com o turco Salim Muchiba, interpretado pelo amigo João Ellyas, também na Escolinha do Gugu, Plonka ria das situações hilárias que os dois povos (judeus e árabes) têm a contar ao longo de tantos séculos.
Acima de tudo, mostrava que, mais do que diferenças, judeus e árabes têm muito em comum e não há melhor maneira do que evidenciar isso senão pelo riso.
Blaustein até preferia ter lucro, mas, antes de tudo, que Muchiba tivesse muito prejuízo. Era melhor o prejuízo do "inimigo" ao lucro próprio.
Marcos Plonka era casado com a ex-atriz Olivia Camargo deixa os filhos Fatima e Sidney e dois netos. O Brasil perde um grande humorista, São Paulo perde um paulistano e o SC Corinthians Paulista, perde um torcedor.
Que D'Us o receba em seus braços. Shabat Shalom
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