segunda-feira, fevereiro 12, 2007

TURISMO PRECONCEITUOSO





TURISMO SELETIVO (E PRECONCEITUOSO)

É certo que a grande maioria das cidades litorâneas, pouco ou nada fazem quanto ao saneamento básico. Também não cuidam convenientemente da flora nativa. Resta ao turista as belezas que (ainda não foram destruídas) se pode ver em direção ao oceano; pelo menos superficialmente, já que, se analisada a qualidade da água, muitos turistas simplesmente não ousariam entrar sem a proteção de um escafandro.

O amadorismo com relação ao Turismo no Brasil faz escola. Das prefeituras ao Governo Federal, esse importante segmento econômico vive do impulso emocional do eventual turista. Não se deve esquecer que, dentre os motivos que trazem a ridícula cifra de 5 milhões de turistas, se encontra o "turismo sexual", muitas vezes citado, mas contra o qual nada ou muito pouco é feito para reverter essa humilhante situação. O Brasil com 8 mil quilômetros de litoral (só para citar esse atrativo) recebe menos de 10% dos turistas que demandam à França (73 milhões).

A sanha em arrecadar taxas, tributos, impostos e demais penduricalhos, tem sido uma política de governo (todos, do descobrimento aos dias atuais); ninguém desconhece o fato. Algumas cidades como Ubatuba-SP (R$ 300,00 por ônibus), Ilhabela-SP (R$ 775,00 por ônibus, R$ 515,00 por micro ônibus e R$ 300,00 por vans), Hidrelétrica de Itaipu (R$ 15,00 por pessoa a partir de junho próximo) cobram para que os turistas de "um dia" (ou farofeiros como são tratados preconceituosamente) possam exercer o sagrado direito de ir e vir. 

As justificativas para essa cobrança são as mais diversas, mas nenhuma delas consegue encobrir a rapinagem e o preconceito desses "gestores". Se os problemas forem a sujeira deixada por esses "turistas", fiscalize-se e cumpra-se a lei de posturas que qualquer município tem. Se, por outro lado, a justificativa for de cunho social (e é lógico que não dirão), que o Ministério Público faça a sua parte, enquadrando prefeitos e fazendo derrubar essas injustas "taxas" (do ponto de vista legal e moral).

Escolher quem pode ou não adentrar em uma cidade, ainda não está na Constituição; mais à frente quem sabe? Tudo é possivel neshhti paizz de Chinaglias, Renans, Sarneys e do lulopetismo.

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