domingo, abril 22, 2007

22 DE ABRIL, OLHA SÓ QUE DEGRAÇA O CABRAL DESCOBRIU

22 DE ABRIL, OLHA SÓ QUE DEGRAÇA O CABRAL DESCOBRIU...



Hoje, 22 de abril, com muito pesar, comemora-se o descobrimento do Brasil. Deveria haver festa, mas a preocupação com arrastões faz com que aglomerações sejam evitadas. É lógico que o presidente deveria fazer um longo pronunciamento, dividindo a história do Brasil em duas partes: de Cabral até 31/12/2002 e de 1º de janeiro de 2003 até os bocós (cidadãos de bem) deixarem. A primeira parte da história é enfadonha cheia de nomes e datas, missas, enterros, bailes em Ilha fiscal e outras chatices. A segunda parte da história do Brasil é muito mais emocionante. Todos os dias é possível escrever-se uma Íliada; dentro de um distrito policial; mas não deixa de ser uma grande história. O brasileiro nunca teve tantas informações diárias sôbre corrupção, como nesta segunda parte da história do Brasil. São tantas sacanagens que é preciso muita memória; e é aí que esse governo bate os anteriores: nas eleições ninguém mais se lembra dos nomes que meteram a mão no nosso dinheiro e acabam sendo novamente eleitos.

Ninguém mais se lembra do deputado dono da cueca cheia de dólares. Quem era mesmo o assessor daquele ex-ministro - que mudou de cara quando veio de Cuba ou da Abissínia - e que foi pego chantageando? Quem estava envolvido na compra daquele dossiê contra pica-paus (ou seriam tucanos ou carcarás) e de quem eram os euros (ou seriam marcos, pesetas...)?. E aquele deputado que assinou promissória (ou seria contrato de empréstimo ou cheque) sem ler, com um banco beneficiado pelo governo do Epitácio Pessoa (ou seria Deodoro da Silva ou Lula Bernardes)?


O Cabral bem poderia ter passado "batido" por aqui e seguir para as Índias numa nice; ficaria na história de qualquer forma. 


Pensando bem, a nossa história não seria tão diferente, se não fôsse o Cabral a nos descobrir. Os espanhóis teriam espandido seu império por aqui e hoje poderiamos tanto ser parte da Bolívia como da Venezuela ou mesmo da Argentina. Já imaginaram o Hugo Chaves dono disso tudo? Ele declararia guerra ao Bush sem pestanejar, se esconderia na Amazônia e ninguém o acharia. E se fôssemos uma Boliviazona (nos dois sentidos)? Olha só o Evo plantando coca, maconha, papoulas e imensos laboratórios para refino da marvada: o maior e único exportador de morte para todo o planeta. 
E se fôssemos uma imensa Argentina? Tenho a impressão que continuaríamos os bocós de sempre, só que mais elegantes. Comeríamos mortadela e, elegantemente, arrotaríamos caviar.


Não tem jeito. De qualquer lado que se veja a história do Brasil sem a descoberta feita pelo Cabral, o resultado é o mesmo ou pior. Nosso destino mesmo é sermos piada: de mau gosto.

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