terça-feira, abril 24, 2007

GENOCÍDIO ARMÊNIO






1.500.000 (um milhão e meio) de Armênios foram friamente assassinados por ordem de Talaat Paxá, Ministro do Interior da Turquia em 1915.


Lembrar sempre, para que jamais aconteça:


TURQUIA FAZ LOBBY PARA "APAGAR" GENOCÍDIO ARMÊNIO.
Os esforços feitos pela Turquia para apagar a memória do genocídio dos Armênios sofreram um revés nos EUA. A Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) recusou-se a permitir que Ancara financie uma cadeira de "estudos otomanos" porque o governo turco condicionara doação de US$ 1 milhão à exigência de que os acadêmicos ignorem o massacre ocorrido em 1915.

O banho de sangue ocorreu em 1915, quando centenas de milhares de homens armênios foram massacrados pelas forças turcas, enquanto suas mulheres e seus filhos foram despachados em número igual para o deserto sírio para morrerem nas mãos de estupradores ou da polícia turca. É um fato histórico aceito como tal em todos os países, menos a Turquia.

No deserto da região que é hoje o norte da Síria os turcos até inventaram a primeira câmara de gás do mundo: uma caverna subterrânea na qual encerraram milhares de prisioneiros e para a qual policiais turcos canalizaram fumaça, para completar o genocídio.
A reação da UCLA deve ter sido um choque para os Turcos. Afinal eles fizeram doações às universidades de Princeton, Georgetown, Indiana e Chicago, com exigências quase idênticas: que os acadêmicos que ocupam a cadeira devem usar arquivos turcos e manter “relações estreitas e cordiais com círculos acadêmicos na Turquia”.

Qualquer estudioso que admita o Holocausto armênio não poderá ter relação cordial com acadêmicos turcos, muito menos obter acesso a arquivos otomanos. Assim, quando a UCLA recusou a oferta de Ancara, criou um precedente.

O embaixador turco nos EUA, Nuzhet Kandemir, já havia pago um quarto do valor total de US$ 1 milhão para uma cadeira no departamento de história da UCLA.
Mas acadêmicos armênios imediatamente apontaram que o acesso aos arquivos otomanos é rigidamente controlado pela Turquia, além de ser negado a qualquer pessoa que critique o tratamento dado pelos Turcos aos Armênios ou às violações dos direitos humanos hoje cometidas no país.

A seguir, o embaixador Kandemir foi identificado como tendo sido o diplomata que enviou cartas a organizações judaicas, afirmando que o Holocausto armênio, diferentemente do extermínio dos Judeus por Hitler, foi falso.
Consta que Hitler, antes de dar início ao genocídio dos Judeus da Europa, teria perguntado:”Quem ainda se lembra dos Armênios?”
Até 1920, estimados 1,5 milhão de Armênios haviam morrido. Os Turcos afirmam que foram vítimas de uma guerra civil.

Quando a UCLA primeiro aceitou a oferta turca (lamentavelmente, as discussões iniciais foram mantidas a portas fechadas), o campus foi invadido por uma enxurrada de abaixo-assinados.
Um deles, assinado por 57 acadêmicos e escritores, condena a proposta porque “o governo turco proíbe a liberdade intelectual, exclui investigações sobre o país e sua história, encarcera seus intelectuais e possui um dos piores históricos de violações de direitos humanos do mundo atual”.

Um abaixo-assinado criticando a criação da cadeira foi assinado pelos escritores Norman Mailer, Kurt Vonnegut, Artur Miller e Susan Sontag. O corpo docente rejeitou a doação turca por uma margem estreita de votos: 18 a 17. 




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