sábado, abril 14, 2007

Reformas, Reeleição e PAC






Por quê no Brasil é sempre assim? Uma reforma tributária é realmente necessária? Sim, é importantíssima para que o Brasil deslanche. O que se faz então? Adia-se a CPMF para mais quatro anos, que será prorrogada por mais quatro e mais quatro e mais quatro, crie-se o IVA (Imposto sôbre Valor Agregado) e mais outros tantos. E a diminuição da Carga Tributária? Ora, os institutos de pesquisa, tão corretos, demonstram que se o presidente declarar guerra aos EUA, fabricar bombas atômicas ou proclamar a Monarquia, ninguém se importará. Os sessenta e tantos porcento de aprovação lhe darão respaldo até mesmo se ele fechar o Congresso; afinal o próprio Congresso produz tanta lama - incentivado pela presidência - que ficaria difícil não apoiá-lo. A margem de apoio ao presidente é tanta(!?), que não me surpreenderia que "o clamor popular" pedisse a Bento XVI sua canonização: habemus Sanctum - Asinus Sanctum, Amen.


Diminuir a carga tributária e corrigir a tabela do IR para quê? Ninguém se opõe, nem mesmo os governadores - dito oposicionistas, pero no mucho - estão preocupados, querem mais é que o cidadão se exploda enquanto o circo pega fogo. O setor produtivo vai levando; não é ele quem paga o imposto e sim o consumidor e enquanto existir quem compre, tudo bem; quando a coisa apertar e o lucro diminuir eles passam a importar da China diminuem os empregados ou se mudam para lá, como fez o vice-presidente que não é besta; resta saber quem serão os consumidores.


E a reeleição, acaba ou não? Terminará se ajeitarem as coisas entre Aécio e Serra. Alguém perde, alguém ganha. Aumente-se o mandato para os cargos executivos para cinco anos. Mas aí um governo pega um legislativo em andamento e para negociar sairá mais caro, para nós, é claro. Aumente-se o mandato dos deputados para cinco anos. E os senadores? Oito anos? Problemas à vista. Aumente-se o mandato para dez anos; ou acham que eles vão querer diminuir para cinco?


Nossos bravos políticos estão planejando tudo isso, para o bem estar da nação, é claro. Mas, como em política tudo vale a pena, quando a vergonha na cara for pequena, tudo pode sair ao contrário e o bravo melhor presidente, desde que os fenícios deram uma esticadinha por aqui, pode não querer sair ou resolver eleger quem ele bem entender: a informática pode tudo e está aí para ajudá-LLO.


E o PAC? Ora, ora; se ninguém sabe o que é o PAC - muito menos o governo - qualquer coisa, de um buraco tapado a um band-aid comprado, tudo será PAC. Assim foi com o Fome Zero, que não acabou com a Fome, mas encheu os bolsos de muitos cumpanhêros. Porque no Brasil é assim mesmo!.



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