sexta-feira, junho 02, 2006


• Índios mortos e demarcação de terras
O número de índios assassinados dobrou no governo Lula. Relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) diz que, entre 2003 e 2005, a média anual de homicídios de índios foi de 40,67 mortes, contra 20,65 mortos em média do governo FHC. A diferença básica é que no governo tucano FHC ouvia as críticas, mostrava o que havia sido feito e as organizações não-governamentais denunciavam o que ele deixara de fazer. No governo Lula, o vice-presidente do Cimi, Saulo Feitosa, inoculado com o cinismo petista, faz o seguinte raciocínio: o aumento das mortes resulta da estagnação da demarcação de terras indígenas. Como isso, porém, denuncia a inépcia do petismo lulista, Feitosa vai além na explicação e segue o manual nefelibata da defesa do mensalão: existiu, mas ninguém é responsável pelo que aconteceu. Os responsáveis estão sempre ou nas nuvens ou são os outros. Assim, Feitosa complementa a explicação: Lula não fez o que prometera aos companheiros do Cimi, mas a culpa seria dos fazendeiros que teriam mobilizado seus pistoleiros. Dom Odilo Scherer, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ataca pelo outro flanco, mas na mesma direção, e arremata: essa violência é incentivada pelo agronegócio. Santo Deus! As taxas de homicídios de índios, de mortes de sem-terra e de invasões no campo nunca caíram tanto quanto no governo FHC, quando o agronegócio mais cresceu. Originais as explicações do Cimi, não? O governo Lula agradece.Texto de Rui Nogueira

Imagem:Batalha de Little Bighorn (1877)...Nessa batalha o general Custer dançou. Mas aqui em Littlefrogland não temos nem Touro Sentado nem o chefe Cavalo Louco. E o general daqui, Custer o que Custar tem que cair fora! UR-GEN-TE-MEN-TE!!!

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