segunda-feira, junho 12, 2006







SANGUE ?

Alguns analistas de politica ou querem sangue escorrendo pelo chão ou vivem distantes da realidade ou o que é pior estão a serviço de "interesses" não muito democráticos.

Analisaram a convenção do PSDB como "morna", sem discursos inflamados sem agitar a "galera".

As convenções, como se sabe, apenas ratificam uma posição já assumida pelos partidos. Não há surpresas. Quem já se declarou candidato é candidato e ponto final. É obvio que o PMDB é um caso a parte: aguardam o "quem der mais leva a legenda - e alma também -, mas isto é outra historia.

Se ainda criticassem a posição ambígua do Governador Aecio Neves acertariam em cheio. Aecio Neves acende uma vela aos céus (seu partido) e outra para o inferno (Lulla). Se Alckmin vencer, os sonhos de Aecio podem ficar para daqui há oito longinquos anos.

Enfim, se não foram carregadas de sangue, as declarações de Alckmin pelo menos foram um pouco mais duras em relação ao (des)governo que reina impávido:


Seus aliados e simpatizantes se queixam de que na campanha o senhor usa luvas de pelica...
-Não uso luvas de pelica. Tenho agido com absoluta firmeza e contundência. Campanha não se faz com gritaria. Eu disputei nove eleições, ganhei oito. Minha campanha nem começou, estamos ainda numa fase preparatória. A campanha começa mesmo no dia 5 de julho.
Mas o senhor não disse nada quando o presidente Hugo Chávez pediu, no Paraná, mais invasões de terras. No Peru, Alan García se elegeu repudiando as interferências de Chávez. Por que o senhor opta sempre pelo caminho mais suave?
-Eu respondo ao que sou indagado. Na crise do gás com a Bolívia, eu declarei que o presidente Lula foi dúbio e submisso; pôs à frente do interesse nacional seu interesse ideológico e político. A expropriação dos ativos da Petrobrás na Bolívia é uma barbárie, é ruim para toda a América Latina, porque cria insegurança política. Espantar investimentos e rasgar contratos não é uma forma de diminuir a pobreza. E o pior: quem vai pagar a conta é o povo brasileiro. É óbvio que eles querem é aumentar o preço do gás. No caso do presidente Chávez, a crítica vale para o Lula, porque na verdade Chávez decretou que era chefe de Lula e Lula aceitou.
Como será sua relação com Chávez?
-No meu governo ele não vai se meter em assuntos do Brasil. Temos de respeitar os países vizinhos e suas políticas internas, mas o Brasil vai se pautar pelo interesse nacional, e não por questões ideológicas e políticas. Não vai se submeter a interesses menores, como no caso da Bolívia. Se eleito, o senhor vai mandar investigar o governo Lula? Claro. Nós temos o dever de investigar todas as irregularidades e elas não são poucas. São ministérios diferentes, estatais diferentes, amigos diferentes, malversação de diversos níveis. Dá para encher um caderno de irregularidades. É óbvio que elas serão investigadas, esse é um princípio da República. Nós andamos para trás dos pontos de vista ético e da gestão: o aparelhamento do Estado, a criação de muitos ministérios, loteamento de cargos públicos. Mas o que mais chama a atenção é a questão ética. A filosofia deles é que os fins justificam os meios. Eles são abusados, não têm limite. E a seqüência dos atos acaba passando à sociedade um sentimento de impunidade. Não pode. O primeiro mandatário do País tem de dar exemplo.
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-Diegocasagrande.com.br.

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