terça-feira, junho 06, 2006


Você conheceu este jovem? Provavelmente não. O que poderia este jovem fazer por aqueles que o amavam, seus amigos, sua comunidade ou pelo seu país? Nunca saberemos:

Rodrigo Balsalobre Damus, nascido em 19 de janeiro de 1979, trabalhava e estudava jornalismo na FIAM em S.Paulo. Como todo jovem tinha sonhos para sua vida; seus pais também tinham sonhos de vida para ele.

Em 27 de setembro de 1999, foi vítima de latrocínio na Av. Giovani Gronchi em SP, cometido por 3 criminosos maiores de 18 anos e um menor de 18 que confessou ter atirado no Rodrigo.
Jorge Damus, pai de Rodrigo, relata o que pensa a respeito da impunidade:

JD - Olha, eu gostaria de saber o seguinte: que culpa tenho eu, minha família, você, enfim, a sociedade como um todo, se alguns pais decidiram ter uma quantidade de filhos que não poderiam criar adequadamente? Eu tive dois filhos porque foi o número que eu e minha esposa tínhamos condições de criar. E eu não sou rico ou privilegiado, não! Eu perdi meu pai quando tinha seis anos de idade. Minha mãe e meu irmão mais velho trabalhavam para manter a casa. Eu levava marmita para eles no trabalho. Comecei a trabalhar aos 16 anos porque meu irmão queria que eu fosse estudar, senão teria começado antes. Muitas vezes, durante a minha juventude, estive em ambientes onde a droga e a bebida dominavam, mas eu não me deixei envolver. Eu sempre pensava: "Puxa, eu não posso fazer isso com minha mãe e meu irmão". Além disso, essa história de que os criminosos são vítimas da sociedade, muitas vezes não condiz com a realidade. Por exemplo, eu procurei saber quem eram os envolvidos no assassinato do Rodrigo. Dos quatro, um era menor de idade. Três trabalhavam, todos tinham casa própria, por certo não eram casas luxuosas, mas eram suas casas. Simplesmente, decidiram roubar um carro para vender num desmanche, em troca de quinhentos reais, para fazer uma festa e comemorar o aniversário de um deles. Portanto, onde é que está o aspecto social que justifica um crime como esse? Simplesmente a perversidade falou mais alto, e não apenas no caso do Rodrigo, mas em inúmeros outros.
Sofro ameaças de familiares dos assassinos de meu filho, e tenho procurado enfrentar o problema recorrendo à justiça. Mas acredito que se os cidadãos de bem se unirem, a situação pode ser mudada. Só espero que cada família brasileira não tenha de enterrar um filho para que essa mudança ocorra.

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MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA AO CRIME e participe desta luta, a VIDA AGRADECE!!!

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