quarta-feira, maio 03, 2006




BILHETES DE BRISTOL

Estados Unidos, 3 de maio



Aos nossos ideólogos de esquerda, nada resta a fazer senão aplaudir a expropriação da Petrobrás na Bolívia por Evo Morales. Vêem-se obrigados a argumentar que os países que se consideram lesados por contratos desvantajosos têm o direito de melhorar suas condições.



Como ideologia, está certo. Na prática, está errado, pois contratos não podem ser modificados unilateralmente. Há conseqüências e resta agora esperar para ver o que se passa entre Brasília e La Paz.



A Bolívia está montada em um grande recurso natural, que são suas reservas de gás. Mas recursos naturais não fazem um país próspero e aí está o exemplo do Japão como prova incontestável. O que torna um país rico, avançado, desenvolvido, é a competência de seu povo e de seus governantes.



A Bolívia nunca teve muito a oferecer em tal quesito e nacionalizações, expropriações, estatizações ou que nome tais providências adotem sempre foram recursos apenas populistas quando não se encontram apoiados por governos sérios e responsáveis. Os investimentos internacionais na Bolívia, que tinham chegado a um bilhão de dólares em 1999, caíram para $103 milhões no ano passado exatamente porque companhias estrangeiras começaram a desconfiar que a eleição de Evo Morales se aproximava.



Todos pareciam saber o que ia se passar, com exceção talvez do presidente Lula e seus auxiliares. Eles agora têm que arranjar um jeito de se desvencilhar da barafunda em que se meteram. Seria ótimo se tomassem providências que nos permitissem, em um futuro próximo, dispensar a importação de gás boliviano. Aí Morales veria que gás no subsolo não resolve os seus problemas.


José Inácio Werneck
Editado por Adriana Vandoni Curvo ---- 03/05/2006 - 18:23


Impossivel acreditar que Lulla pudesse saber de qualquer coisa que não
seja o bla bla bla incansavel.
Elle e seu aspone-internacional (M.A.Garcia) ainda vão
nos meter em uma encreca das grandes

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